Capítulo 7

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O som abafado da música vibrava através das paredes do salão onde acontecia a festa dos convidados após desfile, tomei um gole do meu champanhe passando os olhos pela multidão de pessoas, procurando uma pessoa em específica que não via desde a entrada do evento, quando senti uma mão em meu cotovelo.

– Oi. - BIBI disse ao meu lado pegando uma taça de champanhe de um garçom que passava. – O que achou do desfile?

– Interessante. -respondi olhando ao redor. – Mas confesso que não é minha marca de luxo favorita.

– Nem a minha. -sua mão passou em frente aos meus olhos puxando minha atenção para seu rosto. – Quem você está procurando ? Seus pais ? Você precisa de ajuda?

Sua preocupação estava aparente em seu rosto, sobrancelhas franzidas e olhos tristes, sorri com sua capacidade empática com alguém que mal conhece, segurei seu pulso esperando que meu aperto transmitisse veemência em minhas palavras.

– Meus pais não me raptaram, eu não sou uma mocinha em constante perigo, não se preocupe. -sorri a tranquilizando, minhas falas não são cem por cento verdades... mas também não são cem por cento mentiras. – Estou procurando um conhecido que vi na entrada do desfile e depois não vi mais.

– Qual nome? talvez eu conheça. -respondeu se escorando na parede.

– Não sei o nome dele. -a olhei com o semblante baixo.

– Ele é seu conhecido e você não sabe o nome dele ? -perguntou desacreditada. – Você só fica cada vez mais misteriosa.

– Nós nos encontramos apenas uma vez e foi bem ... -enrolei a frase pensando em como explicaria com nosso primeiro encontro foi sem me expor por completo. – Rápido demais.

– Rápido demais? -completou enquanto eu concordava com a cabeça. – Você estava bem ocupada pra poder perguntar, certo? -concordei com a cabeça novamente. – Ocupada talvez... com a sua boca, certo?

– Não é o que você está pensando. -respondi começando a caminhar pelo salão com ela em minha retaguarda.

O salão repleto de pessoas conversando e bebendo se abria à nossa volta enquanto andávamos de braços dados conversando sobre diversos assuntos, inclusive sobre o tópico favorito de Hyung-seo, minha vida pessoal.

À medida que nós nos aproximamos do bar circular no meio do salão, escutei a risada da minha mãe na ponta direita do bar, lá estava ela, rodeada de um grupo de pessoas, com um sorriso caloroso iluminando seu rosto ao lado de meu pai serio porem com um ar brincalhão.

– O'Que foi? - Hyung-seo ao ser puxada quando eu parei de andar.

– Vamos para o outro lado. -falei rapidamente a arrastando para o outro lado do bar.

– Filha ! -congelei quando escutei sua voz se aproximando de minhas costas.

– Sim, mãe? -perguntei me virando para olhá-la, tentando esconder a ansiedade crescente em meu peito.

– Você está bem ? suas bochechas estão um pouco vermelhas. -esquivei-me de sua mão enquanto ela tentava colocá-la em minha bochecha, ela pigarreou sorrindo sem graça da BIBI. – E você quem é ?

– Meu nome é Kim Hyung-seo. -seu tom informal me engasgou uma risada.

Daesong pigarreou com um olhar de desaprovação para mim, apertei o braço de BIBI com um olhar suplicante, minha mãe sorria falsamente para a mulher em meu lado, eu conseguia ver as engrenagens de seu cérebro rodando furiosamente enquanto seus olhos transmitiam uma falsa calmaria.

– Um prazer conhecer alguma amiga da minha filha. -sorriu se aproximando do lado dela, tampando sua boca com a mão como se estivesse prestes a contar um segredo. – Ela sofre alguns probleminhas mentais e por isso não consegue fazer amizades facilmente.

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