Capítulo 11

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O sol penetrava pelas cortinas entreabertas da sala, enviando raios intrusivos diretamente para meus olhos, resmunguei apertando os olhos e tentando me ajustar com a claridade repentina, a dor latejante em minha cabeça era um lembrete cruel dos vários copos de ontem a noite, retirei o braço de BIBI da minha cintura, olhando a menina dormindo tranquilamente ao meu lado no sofá.

Suspirei profundamente, tentando me levantar, mas o mundo ao meu redor girava como se estivesse em uma montanha-russa desgovernada, passei os olhos pela sala encontrando as outras pessoas da casa jogadas pela sala das piores formas possíveis.

Cautelosamente, me levantei tropeçando em próprios pés enquanto tentava ao máximo não pisar em Ahrin e Hyo-jin que dormiam abraçadas no chão ao lado do sofá, Sanghun estava na mesma posição de ontem a noite quando ele simplesmente encostou a cabeça na mesa e não levantou mais.

O chão frio do quarto enviou um arrepio para minha espinha, enquanto me dirigia a cozinha, passei as mãos pelo meu cabelo desgrenhados tentando domar os fios pretos que caiam sobre meus olhos.

– Porra !! -xinguei dando um pulo assustada com as mãos em meu coração. – Você me assustou.

– Desculpa. -senhora Bo-kyung pediu-me, olhando com um olhar vazio e os cabelos para o alto. – Fiz café.

Murmurei um agradecimento enchendo minha xícara e me sentando na bancada da cozinha, contemplando a xícara cheia do líquido marrom como se fosse uma poção mágica, o primeiro gole da bebida quente era como uma benção dos deuses para o meu estômago revoltado.

– É sempre assim? -meu olhar perdido se focou no senhor Park parado na entrada da cozinha com a camisa abotoada torta.

– É pior. -senhora Bo-kyung respondeu bebendo seu café fazendo uma careta, ela odeia cafe. – Nós envelhecemos e ficamos mais calmas.

– Eu não sou velha. -resmunguei descendo da bancada e fazendo língua para ela.

Passei por ele dando um leve tapinha em seu ombro e caminhando na ponta dos pés para meu quarto, a água quente do chuveiro caindo sobre minha cabeça trazia uma sensação de paz e relaxamento para meus músculos doloridos, a recordação de dançar durante horas no karaokê com Ahrin surgia em flashes em minha cabeça.

Ao sair do chuveiro, uma toalha felpuda abraçou meu corpo quente e molhado, caminhei em direção ao meu quarto, deixando pingos de água por onde andava, deitar na cama de toalha depois de uma noite de bebedeira é a melhor sensação do universo, fechei os olhos sentindo a sensação de ser abraçada pelas cobertas e afundar no colchão macio.

– Posso tomar banho no seu banheiro? -Sanghun perguntou como uma assombração na porta do meu quarto, me assustando.

Concordei com a cabeça me virando de lado na cama e fechando os olhos, minha cabeça ainda latejava fortemente mas meu corpo estava finalmente descansando e talvez mais três horas deitada em silêncio nesta cama, me possibilite de manter uma conversa por mais de duas frases com alguém.

– Você não trabalha hoje? -me virei para ver o homem alto com uma toalha enrolada na cintura enquanto secava furiosamente seu cabelo.

– Só de tarde. -respondi desviando meu olhar de sua barriga trincada. – Viu meu celular?

– Não, deve estar na sala. -respondeu enquanto vestia sua roupa. – Vou indo, te vejo no hospital.

Fechei os olhos novamente, me ajeitando na cama confortavelmente para dormir um pouco mais, suspirei irritada quando a porta do meu quarto se abriu em um estrondo.

– Emy está ligando. -Hyo falou me estendendo o celular dela. – Porque não atendeu seu celular??

– Eu não sei onde ele está. -respondi colocando o telefone na orelha. – Oi mãe.

Casamento ArranjadoOnde histórias criam vida. Descubra agora