53- facing the trauma.

550 57 11
                                    

SN'S POV.

Não parei de pensar por um minuto sequer no que meu pai tinha começado a dizer mas não terminado. Agora vão entrar os dois últimos de uma vez no tribunal e vai ser pior porque vou ter que contar da história toda que envolve Johnathan, uma parte que nem a Jenna sabe.

O juiz, que é um baita nariz empinado, fica fazendo umas caras e bocas o julgamento inteiro, foi rude pra cacete também. Eu sei que ele tem que ser imparcial, mas não precisa ser chato também.

Ele se levantou, engoliu em seco e começou a falar:

- segundo e tercerio réu preso, por favor!

De repente, senti minha cicatriz pulsar, daí lembrei que isso é coisa da minha cabeça e que normalmente eu tenho isso, mas que não deixa de ser horrível. Olhei pra Jenna, foi de impulso, eu faço isso normalmente quando fico nervosa. Ela deu um meio sorriso tentando me tranquilizar.

Olhei pra porta.

Calafrios.

Johnathan carregado por dois policiais.

Atrás dele, uma mulher que eu nunca vi na vida. Deve ser a comparça, também acompanhada por policiais.

O juiz voltou a falar, cada segundo que passava minhas pernas tremiam mais e eu entrava mais em pânico.

- Johnathan Drew Kennedy, nascido em Oakland em 2003, acusado de porte de armas ilegais, tráfico de drogas, abuso sexual, lesão corporal média e invasão domiciliar.

O filho da puta quase gabaritou a ficha criminal.

Mais um suspiro, o juiz novamente falou:

- Alexia Curtis.- escutei o primeiro nome, a descrição batia, loira, razoavelmente alta, olhos claros, dava pra ver que se drogava só de olhar.

Parei de escutar no mesmo segundo, eu estava muito perdida nos meus pensamentos pra entender o que estava acontecendo.

Estava em pé, mas cambaleei ao escutar o nome que, segundo meu pai, era o da minha mãe.

Me sentei na cadeira, olhando pro nada.

Visão escura.

Perdi as forças.

O enjoo voltou.

Minha advogada perguntou:

- quer que eu fale para o seu pai ir depor primeiro?- ela obviamente percebeu o meu estado. Confirmei com a cabeça.

No mesmo instante ela se levantou e rapidamente passou a ideia para secretário que passou para o Juiz, ele confirmou.

Minha advogada me entregou um copo de água.

Era dessa porra que o meu pai estava tentando falar.

O destino é uma merda.

Minha progenitora teve 19 anos e meio de vida para vir até mim, quando eu a encontro, ela está sendo presa por minha causa.

Tudo isso pelo o quê? Vingança? Se vingar do que? De eu ter nascido?

A vida não faz sentido algum.

Meu pai foi autorizado a entrar para depor, durante todo o caminho até a cadeira olhou pra mim, também não larguei o olho dele, era disso que ele queria me alertar.

Se sentou e começou a explicar de toda a história por trás da nossa família, depois da medida restritiva e o porquê ela existe, e por fim, explicou do acontecimento e como ele descobriu de tudo.

Eu já tinha me acalmado. Respirava normalmente, por isso fui chamada a depor.

- vitíma, SN Villard Curry.

on the court.- SN x Jenna Ortega.Onde histórias criam vida. Descubra agora