Sequestrada pela Mafiosa

Capítulo 21

POV CAT

Meu mundo acabou quando eu vi Thomas caído no chão, Henrique levantou com a arma em punho e apontou ela para a minha direção, sem pensar duas vezes saquei a minha arma e apontei para Henrique.

Nós apertamos o gatilho ao mesmo tempo, senti uma forte dor no meu ombro esquerdo e quando olhei percebi que o tiro que Henrique havia me dado passou de raspão já o meu acertou o homem no peito fazendo ele cair no chão.

Corri em sua direção e chutei a arma dele para longe, ele me olhou assustado enquanto sangue escorria pela sua boca, sem remocio nenhum mirei em sua cabeça e apertei o gatilho, apreciei a bela obra de arte que eu havia feito e em seguida corri até Thomas que respirava com dificuldade.

Ele tinha a mão no tórax numa tentativa falha de estancar o sangue, me partiu o coração ver ele assim.

- Meu Deus, Thomas aguenta firme que eu vou te levar para o hospital - digo desesperada ao vê-lo naquele estado.

- Eu vou morrer, Cat - Thomas diz com dificuldade enquanto pressiona o seu ferimento.

- Pare de falar besteira, você não vai morrer - digo olhando para os lados enquanto proucuro alguém para me ajudar a tirar Thomas daqui.

- A minha hora chegou, cuide do nosso filho e dê uma chance ao Ricardo, ele te ama de verdade - ele diz delirando, antes do tiro ele já falava coisa com coisa depois que foi baleado perdeu o resto da sanidade que tinha.

- Para de brincadeira, Thomas, eu tenho que te tirar daqui, você precisa de um médico  urgente - digo tentando achar uma saída desse lugar, eu não posso simplesmente arrastar Thomas daqui até o hospital.

- Me promete, Cat - Thomas pedi ficando com a respiração cada vez mais fraca.

- O que? - pergunto meio desnorteada.

- Que quando você e o Ricardo tiverem um filho vão colocar o meu nome nele - ele diz sorrindo de lado e eu juro que se ele não tivesse levado um tiro eu mesma iria querer dar um tiro nele.

- Porra Thomas, nem baleado você não para com essas brincadeiras - falo com raiva pois enquanto ele está brincando nós estamos no meio de um fogo cruzado do qual podemos morrer a qualquer momento.

- Não estou brincando, Cat, eu estou falando sério - ele diz fechando os olhos.

- Jamais existirá Ricardo e eu - falo de forma convincente para que ele pare com essas ideias.

- Se você tem tanta certeza disso não custa prometer - Thomas diz ainda de olhos fechados, às vezes esse homem é cabeça dura, viu.

- Tá bom Thomas, prometo - digo dando o braço a torcer pois eu sei que se continuasse a dar ideia para ele não iria parar por aí.

- Diga para o nosso filho que eu irei amá-lo para todo o sempre - ele fala abrindo os olhos e me encarando de forma intensa.

- Não fala assim, parece que você está se despedindo - digo deixando as lágrimas rolar pelo meu rosto.

- Eu te amo, Catherine, apesar de tudo que aconteceu entre nós, eu ainda te amo - Thomas diz acariciando o meu rosto de uma forma tão delicada, igual ele fazia no passado.

- Eu também te amo, Tom - falo para ele.

- Adeus... - me desespero ao ouvir ele dizer isso e fechar os olhos em seguida.

- Thomas...Thomas...por favor não se vai...fala comigo...Thomas!!! - começo a sacudir o corpo de Thomas enquanto imploro para que ele não me deixe.

(...)

Após a morte de Henrique a guerra parou, Naomi recuperou sua máfia e ordenou que os seus homens fossem embora, Ricardo apareceu logo em seguida, uma ambulância parou ali perto de nós, Thomas foi levado, ele chegou no hospital quase morto.

Ricardo não saiu do meu lado um segundo sequer, Naomi me disse que precisava voltar para Los Angeles pois tinha que botar a máfia nos trilhos novamente, ela prometeu que voltaria daqui a duas semanas e eu apenas concordei.

O médico que estava cuidando do Thomas apareceu já de madrugada para nos dizer que apesar de Thomas ter perdido muito sangue a cirurgia foi um sucesso, a bala foi retirada sem nenhum problema porém ele havia entrado em coma.

O médico disse que isso é normal nesses casos, ele não corria risco de vida e poderia acordar qualquer momento, talvez em alguns dias, semanas ou em último caso alguns anos, quem sabe, isso iria depender dele.
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