Capítulo 38

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POV NAOMI

Nathália e eu saímos do galpão e fomos atrás do meu primo, nunca pensei que Ricardo seria capaz de trair a única pessoa que lhe estendeu a mão, mais pelo visto eu me enganei, bom, de uma coisa eu tenho certeza.

Se Lívia Bourbon não conseguiu mata-lo anos atrás, a filha dela vai cumprir a vontade da mãe, nunca vi a Nathália tão insana como eu estou vendo agora.

A minha mulher está irreconhecível, se alguém me contasse que aquela garota fofa, meiga e delicada que eu conheci na faculdade se tornaria essa mulher forte, determinada, decidida, empoderada, corajosa e assassina de sangue frio eu jamais iria acreditar mais agora olhando para ela não consigo imagina-la de outra forma.

- Eu consigo sentir o seu olhar em mim - minha mulher diz concentrada na pista enquanto dirige - o que houve? - ela me pergunta.

- Estava pensando no passado se alguém me dissesse que aquela garota meiga, que lutava por justiça e liberdade iria se tornar uma mafiosa respeitada eu jamais iria acreditar - digo para ela. 

- Sente falta da Nathália de antes? - Nathália pergunta ainda sem olhar pra mim.

- A Nathália de antes é a mesma de agora você só precisou de um tempo para amadurecer - digo e a mesma se mantém em silêncio - eu esperei muito tempo, mas valeu cada segundo - digo e vejo um sorriso surgir nos seus lábios.

- Obrigada, por ter me esperado e não ter desistido de mim - ela diz dando um leve aperto em minha mão.

- Nath, o amor que eu sinto por você não tem tamanho e nem dá pra comparar com algo - falo lhe fazendo um cafuné e a mesma fecha os olhos por um rápido segundo antes de abrir eles novamente e voltar a se concentrar na estrada - você foi e sempre será o meu primeiro e único amor - falo para ela - se fosse preciso eu te esperaria por 20 ou 30 anos, mas jamais desistiria de você até porque desistir de você nunca foi uma opção - digo por fim.

- Te amo - ela diz me encarando.

- Eu também te amo - falo sorrindo para ela.

- Desculpa atrapalhar vocês mais o Ricardo acabou de parar num posto de combustível para abastecer o carro - a nossa atenção vai para o rádio transmissor que estava ligado todo esse tempo, provavelmente a nossa conversa foi ouvida pela metade da máfia.

- Peguem eles - Nathália diz para o Enéias pelo rádio transmissor.

- Sim senhora - ele diz e em seguida tudo fica em silêncio do outro lado da linha.

- O que você vai fazer com ele? - pergunto para a Nathália e espero pela sua resposta.

- Amor, eu sei que ele é seu primo mais a traição dele não vai ficar em pune - ela diz e eu entendo o seu lado, toda ação gera uma reação e agora Ricardo vai sentir na pele o peso das consequências.

- Eu entendo - falo sabendo que não irei poder e nem sinto vontade de me intrometer nisso - quero que sabia que independente de qualquer decisão que você tome eu estarei ao seu lado - falo para ela.

- Obrigada é muito bom saber que eu posso contar com você para qualquer coisa - Nath diz pra mim.

- Sempre meu amor - digo sorrindo de leve para ela.

- Patroa, missão cumprida - ouvimos a voz do Enéias através do rádio transmissor.

- Ótimo, levem eles para o nosso covil, em breve eu estarei lá - Nathália diz e eu quase dou uma risada ao ouvir isso.

- Possitivo e operante patroa - ele diz e desliga em seguida.

- Por que sempre que você diz "covil", eu me sinto num filme de super vilão? - pergunto sorrindo igual a uma retardada.

- Eu nem vou te responder - ela diz revirando os olhos e em seguida sorrir de lado.

- Para onde estamos indo? - pergunto para a minha mulher.

- Vamos ter uma conversa com uma pessoa muito importante que veio visitar um sócio - ela diz e eu logo fico curiosa em saber quem é essa pessoa. 

- E quem seria essa pessoa? - pergunto levemente curiosa em saber de quem se trata.

- Vittorio Ferraz - ela diz e eu olho para ela sem acreditar no que acabei de ouvir.

- O filho do chefe da máfia italiana? - pergunto totalmente desacreditada, minha namorada não seria louca o suficiente para fazer isso né? Se bem que ela é irmã da Cat e já cometeu várias loucuras.

- Esse mesmo - ela diz de forma simples.

- Tá louca Nath? Você quer morrer? - pergunto entrando em desespero, sei que sou uma mafiosa mais daí querer me meter com a máfia italiana não dá, isso é suicídio e eu ainda sou nova para morrer.

- Morrer não mais talvez eu mate ele - ela diz fazendo pouco caso e eu olho para ela sem acreditar, tinha que ser irmã da Cat mesmo.
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Por hj é pessoal

Sequestrada pela Mafiosa Onde histórias criam vida. Descubra agora