Capítulo 30

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POV CAT

Depois de contar a minha verdadeira história ao Thomas nós permanecemos no mesmo lugar em silêncio até que Thomas resolve relembrar os velhos tempos.

- Se lembra de quando você quebrou as pernas do John? - Thomas pergunta ainda abraçado a mim.

- Quem? - pergunto para ele com o cenho franzido.

- O dono da boate Flor de Lótus - Thomas diz e eu rapidamente me lembro do homem.

- O nome dele era John? - pergunto ainda com o cenho franzido e Thomas confirma com a cabeça dizendo sim - eu pensava que era Bob - digo rindo enquanto que Thomas sorrir negando com a cabeça.

(Lembranças on)

Thomas e eu havíamos ido a uma boate chamada flor de lótus para poder comemorar o nosso namoro de 2 meses e a minha pós-graduação em Psiquiatria, tudo estava correndo bem como deveria ser até que começou a tocar In This Life, e eu logo fiquei louca para dançar.

- Tom, eu amo essa música. Vamos dançar? - pergunto já pegando na mão de Thomas para levar ele para a pista de dança.

- Eu não sei dançar, amor - ele diz negando.

- Eu te ensino - eu digo empolgada.

- Olha, vamos fazer assim, você vai que eu fico aqui te admirando - Thomas diz e eu acabo concordando afinal eu estava ali para me divertir.

- Tá bom, mas não sai daí - digo de forma séria.

- Ficarei aqui quietinho, a sua espera - me despedi de Thomas com um rápido selinho e fui dançar

Acabei me empolgando um pouco mais do que eu deveria e ao invés de dançar uma acabei dançando cinco músicas, até que sinto uma mão na minha cintura, sabia que não era Thomas pois a pegada era diferente, olhei para trás e vi um ruivo alto com sorriso malicioso nos lábios.

- Olá, gatinha - um homem ruivo diz sorrindo de forma galantiadora.

- Dá licença, eu estou acompanhada - digo tirando as suas mãos de mim, não gosto que pessoas estranhas me toquem.

- É mesmo? E cadê o seu acompanhante? - Ele me pergunta e quando eu olho para a direção em que Thomas estava não vejo ele ali - vem comigo - ele diz me agarrando e me levando com ele.

- Me solta, eu já disse que estou acompanhada, eu tenho namorado, sabia? - digo tentando me soltar.

- Não sou ciumento - ele diz e logo em seguida rir.

- Idiota - digo arranhando o seu braço com as minhas unhas.

- Chefe, olha só o que eu achei - ele diz me jogando na frente de um homem tão magro quanto um palito de fósforo, careca e mal encarado.

- Quem é a puta? - o homem diz e eu sinto o meu sangue ferver ao ouvir isso.

- Quem você chamou de puta, seu velho raquítico? - pergunto já com sangue nos olhos.

- Você. Sua puta, ninfetinha do caralho - o homem diz pondo as pernas sobre a mesa e se encostando no estofado do sofá em que estava sentado.

- Puta é a tua mãe - digo com raiva pulando nas pernas do homem fazendo com que elas se quebrassem.

- Aaarg!!! - ele grita de dor e eu dou risada do seu sofrimento.

- Eu sou doutora, filho da puta - digo me afastando dela.

- Pega ela - ele diz então o ruivo e um moreno que eu ainda não tinha visto me seguraram.

- Soltem ela - ouço a voz do meu namorado bem atrás de mim - o que aconteceu aqui? - ele pergunta.

- Ela quebrou as minhas pernas - o homem diz entre os dentes enquanto se contorcer de dor no chão.

- Eu perguntei para minha namorada e não para você - ele diz e todos olham pra mim com olhos arregalados.

- Esse babaca me agarrou e me trouxe para cá - digo apontando para o ruivo ao meu lado - já esse outro babaca me chamou de puta e ninfetinha do caralho - digo apontando para o homem com as pernas quebradas que agora estava desacordado devido a forte dor que sentiu.

- Eu não sabia que ela era sua companheira, Sr.Romanova - o homem ruivo que havia me arrastado para o seu chefe fala quase borrando as calças de tanto medo que sentia.

- Tenho certeza de que ela mencionou que era comprometida. Não é mesmo, amor? - Thomas fala.

- Sim. eu falei, duas vezes, porém ele não deu ouvidos - digo e vejo o homem tremer igual a uma vara verde.

- Sr. Romanova, eu... - ele tenta argumentar porém Thomas impede o mesmo de proceguir.

- Sabe o que acontece quando alguém toca no que é meu? - meu namorado pergunta ficando cara a cara com o ruivo.

- Não senhor - ele responde Thomas.

- Esse alguém não amanhece vivo para contar história - Thomas diz de forma ameaçadora e o homem entra em pânico.

- Piedade senhor, eu não sabia - ele diz se ajoelhando diante do meu namorado.

- Ernesto - Thomas chama pelo seu braço direito.

- Sim senhor - Ernesto diz aparecendo atrás do homem ajoelhado.

- Leve esses senhores para o nosso galpão - Thomas diz para o seu braço direito.

- Sim senhor - Ernesto diz e chama mais dois homens para levar o dono da boate que estava desmaiado enquanto que o mesmo arrasta o homem ruivo dali.

- Cat, meu amor - Thomas diz de forma doce.

- Sim, querido - digo rodeando os meus braços em seu pescoço.

- Chega de quebrar as pernas das pessoas por hoje. Vamos para casa - ele diz e em seguida me pega no colo no estilo noiva e me leva para fora da boate.

(lembranças off)

- Você era muito ciumento - digo ao me lembrar da época em que namoravamos, bons tempos.

- E você era bastante possessiva - ele diz e eu reviro os olhos ao ouvir isso.

- Apenas cuidava do que era meu - digo e o vejo sorrir de lado e se aproximar mais de mim.

- Eu ainda sou seu - ele diz ao pé do meu ouvido e eu acabo me arrepiado com isso.

- Thomas... - tento me afastar porém ele passa um dos seus braços ao redor da minha cintura me mantendo perto dele.

- Apesar do nosso romance ter acabado e você ter me trocado pela máfia, a verdade é que você nunca deixou de me ter em suas mãos, eu sou capaz de fazer qualquer coisa por você - ele diz com a voz baixa e rouca.

- Qualquer coisa? - pergunto olhando em seus olhos.

- Qualquer coisa - ele diz sem desviar o seu olhar do meu.

Nós estávamos tão perto um do outro que de repente eu sinto os lábios de Thomas nos meus, sua língua pedindo passagem e sem hesitar eu me deixo levar pelo momento.

Nosso beijo foi ganhando vida, uma coisa que começou de uma forma tímida e lenta ganhou tamanha intensidade que eu até me esqueci que estavamos no jardim e que alguém poderia nos ver.

E nesse momento eu não estou me importando com nada, apenas quero sentir os lábios de Thomas nos meus depois de tanto tempo.

Sequestrada pela Mafiosa Onde histórias criam vida. Descubra agora