𝐶𝑎𝑝í𝑡𝑢𝑙𝑜 2 "É 𝑛𝑜𝑠𝑠𝑎?"

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Laura

Eu não estava afim de falar com o Willian, percebia que ele estava bem apreensivo com alguma coisa, mas também quero colocar uma pressão nessa situação toda. Poxa, eu sou muito surtada e problemática ou literalmente não é normal.

Laura: Aonde estamos indo? Nunca mais chegamos. _Suspiro e cruzo os braços._ 

Truta: Calma, minha gata. _Diz sem olhar pra mim._ Sei que tu ta toda desconfiada ai, mas suave.

"Fica suave" Fácil falar assim né?

Pego meu celular e fico conversando com a Mila, Apolo e Alma. Do nada uma baita fofoca la no morro, com print, vídeos e tudo mais. Percebo que o Willian para o carro, ele se estica e pega um pano no porta luvas na minha frente.

Desligo o celular, coloco no meu colo e encaro ele.

Truta: Eu preciso que você confia em mim agora, pelo menos um pouco. _Ele mostra o tecido na sua mão._ O caminho a partir daqui não pode ver, coloca essa venda e assim que chegar lá eu te guio para sair do carro, demorô?

Concordei com a cabeça, coloquei a venda arrumando meu cabelo e tendo certeza que não conseguia ver mais nada. Respiro fundo me arrumando no carro, logo sinto ele liga o carro e dar partida.

Não da minutos, Willian para o carro de novo, escuto o barulho do vidro dele ser aberto, não sei o que ele faz mas um barulho de lavanca é acionado, portão de portão abrindo. Logo, ele da partida no carro de novo.

Meu corpo da um arrepio assim que o meu vidro é abaixado e o vento bate no meu rosto, logo a mãõ grande do Willian para na minha coxa me tranquilizando um pouco.

Laura: Me lembra de nunca transar vendada, isso está me dando uma agonia danada. _Seguro na sua mão._

Truta: Pelo menos já está pensando na nossa transa, já evoluímos por aqui. _Bato na sua mão e ele ri._

Já estava começando a ficar nervosa, minha perna já estava tremendo. Não escutava nada, era um silêncio que só ouvia a roda do carro no asfalto. Willian para o carro novamente, tira a mão da minha perna e desce do carro. 

Escuto seus passos e sinto seu perfume forte do meu outro lado.

Truta: Eu vou pegar uma coisa e já volto, seja boa e não tira essa venda. _Ele beija minha bochecha e sorrio._

Só queria ver aonde eu estou.

Volto a prestação no movimento, seus passos eram rápidos e andava em pedras parecia. Não escuto mais nada, levo até um susto quando uma cigarra começa a cantar.

Escuto uma porta bater e logo o passo dele próximo de mim.

Truta: Vem. _Ele abre a porta, seguro meu celular e dou uma mão pra ele._

Consigo descer do carro, Willian me coloca na frente do seu corpo, escuto a porta do carro ser fechada.

Sua mão grossa e gelada pousa na minha cintura, respiro fundo e não sabia mais o que fazer e reagir.

Laura: Aonde estamos Wilian? _Pergunto olhando envolta como se estivesse vendo alguma coisa._

Truta: Eu sei que sou um babaca, faço muito bosta e realmente tô tentando essa parada de relacionamento. _Ela fala no meu ouvido._ Pega a visão, o que eu mais quero e mais priorizo é nós, nosso relacionamento e nosso futuro, sacou? _Assenti._

Truta: O meu real sumiço desses dias é uma coisa que está na sua frente agora, uma delas. _Mordo meu lábio prestando atenção em tudo o que ele fala._

Razões de uma noite 2Onde histórias criam vida. Descubra agora