𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 18 "𝑃𝑜𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑟?"

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Laura

As semanas passaram tão rápido, tantas coisas pra fazer que nem lembrava de fazer as coisas de casa. Eu estava ocupada, Willian mais ainda.

Hoje é a inauguração da loja dele, nem dormir direito ele dormiu, percebi que ele ficava pra lá e pra cá a noite toda. Levantou super cedo e já era.

Ele simplesmente me mandou mensagem que passaria aqui pra se arrumar e já me pegava.

Dou uma última olhada no espelho enquanto eu terminava de me maquiar. Olho aquele conjunto roxo que eu usava, não estou me sentindo confortável, iria trocar, mas assim que escuto o carro do Willian parando na frente de casa eu desisto. 

Coloco meus acessórios, não dá minutos e ele entra no banheiro falando no celular. Ele me abraça por trás, beija meu ombro e sorrio pra ele pelo espelho. Willian desliga o celular e liga o chuveiro.

Truta: Os cara já estão lá, tive que resolver maior bo lá. _Suspira entrando no box._ Vê uma roupa ai pra mim? 

Apenas assenti, fui até o closet e procuro uma roupa pra ele, graças a deus ele não é chato com roupas. Peguei uma calça preta, uma blusa normal branca, uma cueca, a meia. Assim que abaixo pra pegar seu sapato ele já entra no closet.

Laura: Sua mãe vai ir como? _Digo enquanto vejo ele se trocar._

Truta: Com o Muralha, já estão chegando. 

Deixo ele se arrumando, pego minha bolsa colocando o celular dentro. Fecho o quarto, desço e tranco toda casa, assim que termino de fechar a porta de vidro da piscina escuto ele descendo as escadas. 

Juro, tem como esse cara não ficar cada vez mais gostoso? Parecia que aquele perfume o deixava mais atraente ainda. Me aproximo dele sorrindo, ele percebe, guarda o celular no bolso e sorri.

Laura: Estou tão orgulhosa de você. _Coloco minha mãos em seu peito._

Truta: Tenho que agradecer tu, pô. _Suas mãos quente seguram minha cintura me aproximando do seu corpo._ Eu te amo pra caralho, Laura.

Simplesmente sorri, fiquei um pouco na ponta dos pés. Dou um selinho em seu lábios, mas sua mão desce para minha bunda apertando com força, isso me faz desconcentrar, gemi baixinho e ele morde meu lábio.

Truta: Comemorar só eu e tu seria tão mais interessante. _Sua outra mão passeia pelas minhas costas._ 

Laura: Agora vamos comemorar com todo mundo. _Ele afunda seu rosto no meu pescoço deixando um beijo ali._ Depois nós dois aqui, pode ser? _Seus dente prendem a pele do meu pescoço, aquele arrepio entra por todo meu corpo._

Truta: Jaé. _Me dá um selinho._

Ele egura minha mão, entrelaço elas e saímos de casa.

...

Marta: Eu sou grata demais por ter entrado na vida do meu filho, Laura. _Me encara enquanto todos nós estamos sentados em uma mesa enorme._ Você tirou ele daquele mundo, fazendo ele ter essa vida digna hoje. _Sorrio pra ela, Willian que está do meu lado aperta minha coxa e depois sorri pra mim._

Truta: Eu sempre tive uma vida digna, mãe. _Marta sorri pro filho._ Mesmo estando no lugar errado, a senhora me deu uma vida digna. 

É tão gratificante ver o amor entre eles, o carinho e o respeito. Sei que o Willian não saiu só do crime por minha causa, é sim pela mãe e irmã também.

Alma: Vocês estão me fazendo chorar. _Ri também emocionada enquanto ela limpa o rosto._ Agora pra vida está completa só falta um bebê. 

Truta: Calma. _Fala rindo pra irmã e ele se vira pra mim._ Isso está em planos próximos, né? _Assenti e coloco a mão encima da sua._

Mila: Fazem logo então, pra esses nenéns crescerem juntos. _Acaricia sua barriga que já está grandinha._

Muralha: Já era, meu filho vai acabar com a sua filha. _Willian da um chute na perna dele embaixo da mesa._

Truta: Respeita minha filha que nem foi feita ainda. _Ri._

Marta: Já sabe o que é? _Ela pergunta pra Mila que está do meu lado._

Mila: Ainda não, semana que vem já faço exame pra saber. _Fala sorrindo._ E aí, vamos fazer o chá revelação.

Apolo: Ainda bem, essa criança nem nasceu e já dá trabalho. _Rimos._ Se for mais chato que a mãe, coitado. _ Mila taca um guardanapo na cara dele._

•••

Estamos a caminho de casa, foi um noite tranquila, gostosa de muita conversa e riso. Tão bom saber que depois de muito tempo tenho pessoas pra chamar de família.

Laura: Eu tenho uma coisa pra te contar. _Falo sem jeito, ele me olha de relance e logo me encara._

Truta: Ih, tô gostando dessa cara aí não, fala aí. _Dou um sorriso._

Laura: Calma cara. _Ele para no semáforo._ Eu tirei o diu semana passada, estava tão na correria que não consegui te contar, fiz os exames, está tudo certo.

Ele sorri com uns brilhos nos olhos, pega minha mãe que está na sua coxa a beija.

Truta: Tu é foda pra caralho. _Fala rindo e da partida assim que o sinal abre._

Laura: A gente quer, está tudo certo, não tem o por que não dar certo, não é? _Ele assenti._

Fomos até em casa cantando o pagode que tocava no rádio, olho o relógio no pulso e não onze e pouca da noite.

A rua estava movimentada por aqui, vários carros, os bares abertos e pessoas até mesmo caminhando. Amanhã não trabalho, deixei um espaço pra tirar um tempo pra mim, então, eu, Mila, Alma e Apolo vamos ter um dia no SPA e salão.

Truta: A gente podia viajar, né? _Franzo o cenho._ Qualé, curtir um bagulho eu e tu.

Laura: Não temos tempo nem pra ficar em casa, quem dirá viajar. _Resmungo._

Truta: Não precisa ser muito tempo, uns três dias em um lugar distante, só pra esvaziar a mente e ficar suave memo.

Laura: Vamos ver direitinho, curtir esse final de semana, depois a gente vê. _Ele assente._

Pego meu celular no bolso, todo mundo enchendo o saco pra ir no pagode amanhã no morro, confirmei minha presença e do Willian, precisamos sair um pouco.

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