𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 21 "𝑉𝑎𝑚𝑜 𝑒𝑚𝑏𝑜𝑟𝑎"

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Truta

Decidi tirar um tempo com a Laura, essas parada de abrir a loja, ficar atrás pra lá e pra cá não tive tempo pra nada. E pode crê que não sei quando vou ter esse tempo de novo.

A patroa tirou o dia pra ficar no salão, só mandei mensagem pra chegar em casa que temos um compromisso.

Laura: Cheguei o mais rápido que eu pude. _Diz entrando no quarto._ O que houve? _Coloca a bolsa na cama._

Truta: Nada. _Sento na cama e ela franze a testa._

Laura: Willian..._Nem deixo ela terminar._

Truta: Você tem trinta minutos pra arrumar uma mala, já é? _Levanto da cama._ Sem essas parada chique, coisas pra ficar em casa memo e biquíni.

Não digo mais nada e desço pra sala. Arrumo todas as parada pra levar, umas coisas de emergência e pá, passei no mercado e comprei tudo deixando no carro.

Já arrumei minha mala também, suave, só bermuda e blusa. Mulher que tem toda essa necessidade, nunca vi.

Olho o relógio no pulso e são cinco e pouca da tarde, pela distância, umas dez horas da noite a gente chega ou pra mais dependendo do trânsito.

Laura: Da pra falar aonde estamos indo? _Diz descendo as escadas com a mochila nas costas._

Encaro ela e dou uma risada de lado. Tava gatona pô, cabelo lisão e brilhando de longe, a marquinha mais forte bem destacada pela blusinha que usava, o rosto bem brilhoso mais sem maquiagem, sobrancelhas marcadas e cílios cheios.

Truta: Vai saber assim que a gente chegar. _Paro já sua frente e pego a mochila do seu ombro._ Tá gatona. Vamo embora. _Apago as luzes._

Saímos de casa trancando tudo, entro no carro, espero ela se ajeitar e dou partida no carro.

•••

Na moral, se pudesse contratava alguém pra dirigir. Suspiro cansado assim que paro o carro, bocejo e vejo o relógio dez e quarenta e seis.

Laura dormiu a viagem toda, deixei, ia ficar perguntando de cinco e cinco minutos para aonde estamos indo.

Desço do carro, pego o celular e vejo aonde o dono do chalé deixou as chaves. Vou até lá, abro tudo e acendo as luzes.

Abro o portão malas e tiro toda as compras, vou levando até o chalé deixando encima da mesa. Pego por último as bolsas e deixo na cama.

Truta: Amor? _Tiro seus cabelos do seu rosto._ Vem vida, chegamos. _Ela se mexe._

Ela abre seus olhos se espreguiçando, tiro seu cinto e ela sorri com a cara de sono. Me afasto e ela desce do carro. Tranco o mesmo e guio ela pra dentro.

Laura: Que delícia, isso aqui de dia deve ser incrível. _Diz olhando envolta a vista._

Truta: Vamo descansar, amanhã a gente aproveita tudo. _Beijo seu ombro._

Quarto só as coisas necessárias para geladeira, Laura bia manual de onde estavam umas coisas ou ligava. Ela fecha todas cortinas, liga o ar.

Não tomamos banho, só jogamos a bolsa no chão e deitamos.

•••

Acordei com um baita baralho de panela caindo, dou uma risadinha ao escutar a Laura xingando. Me ajeito na cama, vejo ela pegando as panelas no chão.

Reparo mais chalé, pequeno memo, da entrada já vê a cozinha, a cama com uma televisão no teto. Tinha uma porta do lado, que é o banheiro.

Truta: Já entendi que esse despertador é ótimo.  _Me levanto da cama e ela me olha._

Laura: Desculpa, essas panelas estavam guardadas de qualquer jeito. _Chego por trás dela abraçando seu corpo._ Bom dia, amor. _Vira a cabeça e me dá um selinho._

Truta: Bom dia. _Aperto seus ombros._ Tá fazendo o que?

Laura: Pão com manteiga, quer? _Assenti e abro a geladeira._

A patroa guardou tudo, tava tudo ajeitado. Aproveito pra abrir todas as cortinas, a vista era mil grau, tudo verde e a vista para uma cachoeira e um morro. Sério, que parada daora.

Desligo o ar, ajeito a cama e me sento na mesa esperando ela.

Laura: Decidiu vim pra cá por quê? _Diz me entrando uma xícara com café._

Truta: Falei pra tu que a gente precisava disso. _Tomo um gole de café._ Gostou não? Queria ir pra umugar mais daora, mas não dá pra ficar muito tempo longe.

Laura: Eu amei, aqui é tranquilo. _Diz olhando a vista._ E quais os planos pra hoje? _Sorri._

•••

Papo reto, a nossa manhã foi mó daora. Decidimos descer até a cachoeira, mas a gente andava andava e não chegava. Demorou, mas chegamos e aproveitamos até que bem.

Laura: Nunca mais eu faço trilha. _Diz se jogando em uma das cadeiras que tinha no deque ali fora._

Truta: Vamo entrar na piscina. _Olho no relógio e são uma e pouca da tarde._ Churrasco?

Ela assenti. Vou pra dentro de casa pegar a churrasqueira elétrica que tinha aqui, coloca na mesinha lá fora e Laura entra pra dentro.

Nunca na minha vida achei que em um domingo, a tarde, estaria em um chalé afastado de tudo, com a mulher da minha vida fazendo um churrasco.

É que eu me amarro nela. Não tenho meio termo com isso. Sou complicado, impulsivo e difícil de conviver. Não sei tomar decisões e me comporto feito uma criança de 5 anos a maioria das vezes. Mas me amarro nela. Desse jeito difícil mesmo. Desse jeito que nem eu sei explicar o que é.

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Razões de uma noite 2Onde histórias criam vida. Descubra agora