𝐶𝑎𝑝í𝑡𝑢𝑙𝑜 12 "𝑇á 𝑔𝑟á𝑣𝑖𝑑𝑎?"

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Laura

Sério, que noite gostosa, que dia gostoso. Me acabei na feijoada, uma couve com bastante alho me faz salivar de novo. Bebemos tranquilo. conversamos sobre tudo e rimos até das histórias de todo mundo.

Truta: Mãe, tenho uma parada pra tu. _Diz na cozinha, enquanto ele, eu, Marta e Alma arrumamos as coisas aqui._

Faço um sinal pra ele que tem o envelope na bolsa. Ele vai até o sofá, abre a mesma e pega o envelope vermelho.

Alma: Muito chique, dólares? _Diz secando a louça._

Willian vem perto da mãe, entrega o envelope que pega toda desconfiada. Ela abre e tira as passagens de dentro, mas fica sem entender nada.

Truta: Duas passagens pra Portugal, pra você e dona Mercedes. _Ela fica chocada._ Sei que tem essa vontade de conhecer, chegou a hora pô.

Marta: Filho do céu..._Ela abraça o filho com toda força e sorrio vendo os dois._ Não sei nem como agradecer, isso deve ter sido caro demais filho, não precisava.

Truta: Precisava sim, por anos a senhora só viveu pra mim, minha irmã e meu pai. Vai curtir a vida. _Ela ainda olha chocada os papéis._

Alma: Dona Mercedes, podia ser é pra mim. _Revira os olhos._

Truta: Sossega aí parceira. _Ela tava o guardanapo de pano nele._

Conversamos mais um pouco entre nós ali, Marta ficou toda feliz e não parava de falar da viagem um minuto.

Acabamos de arrumar tudo, já eram duas e pouca da manhã. Dona Marta fez um marmitinha pra gente levar, já que sobrou muita feijoada e couve, nós despedimos deles e fomos embora.

Truta: Vamo fazer um churrasco em casa hoje? _Diz do nada no carro._

Laura: Do nada? _Rio fraco._

Truta: Comemorar a casa nova pô, ninguém conhece lá ainda. _Concordo pensativa._

Laura: Acho uma boa, não temos nada pra fazer mesmo.

Ficamos mais um tempo em silêncio, eu olhava aquela avenida toda escura e sem movimento nenhum.

A conversa na cozinha vem na minha cabeça, Apolo perguntando sobre ter filhos. Queremos ter filhos? Isso vem na minha cabeça toda vez que subo as escadas de casa, a porta bem na frente é do nosso futuro filho, não sei.

Laura: A gente quer ter filhos? _Pergunto sem tirar os olhos da rua, percebo ele me olhar rápido._

Truta: Por que tá falando isso? Tá grávida? _Pergunta rápido e viro pra ele._

Laura: Não, não estou. Mas e se eu estivesse? _Pergunto calma._ Nunca falamos sobre isso. Você quer ser pai? Queremos ter filhos?  A gente quer colocar alguém no munda? _Falo rápido e ele ri._

Truta: Calmo pô, fez mó rap. _Ele ri olhando pra frente._ Queremos ter filhos? _Manda a pergunta de volta._

Laura: Eu não sei Willian. _Falo nervosa._

Ele não diz nada, sua mão que estava na minha coxa pega minha mão, ele cruza e leva minha mãe até sua boca deixando um beijo calmo ali, me trazendo uma calmaria.

Truta: Eu quero ser pai! Você quer ser mãe? _Pergunta me olhando rapidinho._

Eu quero ser mãe?

Quero fica nove meses com uma criança dentro de mim? Quero ter essa responsabilidade? Eu quero ficar noites e noites sem dormir? Com o peito todo caído depois da amamentação, meu corpo sem voltar ao normal, cuidar de outra pessoa, eu quero isso?

Sorrio ou me imaginar nessa situação toda.

Laura: Quero. _Falo baixo._ Eu quero. _Falo mais alto._

Truta: Já é, pô. _Ele aperta minha mão e volta pra minha coxa._ Não quero perder tempo com você não, quero nosso pivete e ser feliz com a nossa rotina, sacou?

Sorrio com a sua resposta, me inclino um pouco e beijo seu pescoço rápido.

Dia Seguinte...

O dia foi uma correria, cheia de coisa pra fazer aqui em casa enquanto o Willian ficou fora de casa.

Decidimos fazer o churrasco aqui em casa hoje, então fiquei em casa pra arrumar tudo e fazer algumas comidas. Claro, dona Marta vai trazer a maionese gostosa dela e uma farofa fria, tem coisa melhor?

Truta: Não tenho paciência mais pra mercado não. _Diz entrando em casa._

Laura: E você tem paciência pra quê? _Dou risada e ele coloca as sacolas na bancada._

Truta: Já é parceira, não vou dar nem o chocolate que eu trouxe pra você. _Ele pega o mesmo na sacola._ Todinho meu. _Balança aquele chocolate no ar._

Laura: Willian, não. _Coloco a mão na cintura._ Poxa cara, chocolate não se nega a ninguém. _Falo xoxa._

Truta: Eu nego, sou mal. _Fecho a cara._

Laura: Não tem sexo hoje, sou mal. _Ele tira o sorriso só rosto._

Truta: Pô nega, aí também não. _Coloca o chocolate encima da bancada._ Isso não pode não. _Dá a volta e para na minha frente._

Laura: Negar chocolate também não pode. _Pego guardanapo no ombro e bato de levo em sua barriga com ele._

Truta: Tu não está naqueles dias, maluca? _Se encosta na bancada._

Laura: Não estou mais. _Balanço os ombros._ Por isso, me negou chocolate e vou negar buceta, simples. _Sorrio._

Truta: Não seja por isso. _Ele pga umas sacolas._ Tem aqui, m&m, chocolate branco, ao leite, diamante negro e se quiser até Nutela. _Tira tudo da sacola._

Homem quando sabe que vai ficar ser um sexo faz de tudo pra ter, né? E olha só, esse cara é justamente com quem estou namorando.

Laura: Vou subir e tomar um banho, daqui uns cinco minutos desliga o arroz pra mim? _Digo fechando a panela._

Truta: Vai lá pô. _Diz guardando algumas coisas no armário._

Deixo o guardanapo encima da bancada, subo as escadas indo pro quarto. Eu estou tão suada, que tudo que eu precisava era um banho completo.

Vou direto pro banheiro, tiro minha roupa deixando tudo no cesto de roupa. Ligo o chuveiro em uma água gelada, estava necessitada de água gelada.

Pego meu kit completo do cabelo, meu esfoliante e o óleo corporal. Sábado, banho Premium.

Minha mãe sempre que era dia de fazer hidratação ela fazia no meu cabelo também, lembro que tínhamos um chuveirão no quintal de fora, enquanto ela tomava o banho com direito a tudo eu brincava com as Barbies no chão.

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Razões de uma noite 2Onde histórias criam vida. Descubra agora