𝐶𝑎𝑝í𝑡𝑢𝑙𝑜 27 "É 𝑑𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑙 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑟"

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Truta

Nunca achei que essas parada de filme fosse acontecer comigo não, uma delas era pessoas mais velhas armar planos para ter a gente perto um do outro, não sei se fico puto da vida ou aproveito o momento que tenho com ela.

Truta: Não sei quem teve essa idéia, mas é do caralho. _Dou risada._

Laura: Mila e Muralha fazendo ao que preste juntos. _Olho pra ela com um sorriso._ Não... é...quer dizer.

Truta: Eu sei o que quis dizer. _Me aproximo dela da cama e sento._

Laura: Acho que estamos lidando crianças. _Ela passa as mãos nas coxas._

Truta: A qual é, não é tão estranho estar preso comigo aqui, é? _Ela nega._

Laura: Não é, mas é estranho. _Ela se levanta._ Vou tentar ligar..._Mas logo revira os olhos._ Deixei tudo lá encima, tá com o seu aí? _Nego._

Truta: Relaxa, jaja alguém vem, ninguém faz o chá sem o balão.

Ela se vira pra porta batendo e tentando abrir aquela maçaneta, a mulher só ia conseguir abrir aquilo com magia.

Laura: Com essa música ninguém vai escutar a gente, bater na porta não faz nem cosquinha. _Ela suspira._

Encaro ela na minha frente e sorrio lhe encarando. Tão gata, seria e nervosinha. Se estivéssemos presos em um quarto assim em outro momento, isso seria luxo.

Seria luxo a gente deitado assistindo um filme, ela rindo ou chorando a cada cena que passa. Sentir seu cabelo espalhado por todo meu corpo, iríamos ignorar totalmente o barulho lá de fora.

Ela parece perceber meu olhar, olois arruma o vestido nervosa e me encara com os braços cruzados.

Truta: Você está gata demais. _Ela passa sua língua entre seus lábios._

Laura: Saí pra lá, você é meu ex. _Solta os braços._

Truta: E você a minha ex, e aí? _Me levanto da cama._

Laura: Você não vai me elogiar assim, dessa forma. _Me aproximo e ela se afasta um pouco._

Truta: Assim como? Que está gata? _Ela ergue a cabeça tentando me encarar, mas vai em vão e olho o chão novamente._

Laura: Willian..._Me aproximo mais e ela bate com as costas contra a parede._

Truta: Por que está me evitando? _Fico poucos centímetros longe dela._

Laura abaixa sua cabeça mexendo em seu cabelo, encaro seu movimentos. Eu estava tentando ignorar o sinal que meu corpo dava perto dela, essa mulher me leva a loucuras.

Eu estava tentando ignorar o fato do nosso corpo está pegando fogo nesse quarto minúsculo.

Laura: Eu bebi mais do que deveria, e estar com você perto de mim assim é difícil resistir. _Até que enfim ela me olha._

Seus olhos estão com a pupila dilatada, seu corpo parecia perto do meu. Colocado demais, quando fico perto dela assim, já teria perdido o controle e estaria transando com ela até altas horas.

Coloco minha mão no seu pescoço que está vago, que está sem seu cabelo preto e brilhoso para proteger, faço um carinho em sua nuca fazendo ela simplesmente me encarar.

Truta: Não resiste não, papo reto.

Ela queria, seu corpo dava sinais, e na moral, eu estava pouco me fudendo aonde estávamos e o que poderia acontecer.

Sinto suas mãos um pouco geladas por cima da minha blusa em minha cintura, passo minha língua em meus lábios e encaro os seus.

Em resposta, ela consegue colar mais nossos corpos, mesmo eu achando que já estávamos perto o suficiente. Isso foi como resposta novamente.

Me aproximo do seus lábios, abro minha boca e ela corresponde. Não queria ter pressa, era como se fosse nosso primeiro beijo, calmo, sem pressa, só química e prazer sem ser muito.

Coloco a minha mão em sua cintura, aberto sentindo mais ela em minhas mãos. A outra, dava uma leve apertada com o dedão que estava em seu pescoço.

Suas mão agora estavam dentro da minha camisa, arranhava o suficiente pra me deixar doidão por ela.

Esse beijo sempre será meu preferido.

Apolo: Que cabeça..._Abre a porta rápido e me afasto correndo._ Estava lá no meu quarto. Eu vou indo, tchauzinho. _Escuto ele fechar a porta._

Viro rapidão e a Laura ainda continuava ali na parede, assim que ela percebe meu movimento, se ajeita arrumando seu cabelo.

Laura: Tenho que ir. _Não me dá tempo de dizer nada, abre a porta e sai._

Truta: Morena do caralho. _Saiu do quarto batendo a porta._

Vou até a mesa aonde estava sentado, virei todo meu copo de whisky tentando recuparr algo que nem sei o que é.  

Muralha: Estava aonde? _Faz mais um copo com as coisas que estão encima da mesa._

Truta: Vacilão do caraio. _Ele ri._ 

Percebo a movimentação e encaro o balão preto do lado da decoração. Papo reto, eu tô mais nervoso do que eles, como pode. A gente se aproxima de geral, Muralha e Mila que já riam pra tudo, nem parece que brigam o tempo todo.

Procuro a Laura que está um pouco mais pra frente com celular já em mãos. Coloco a mão no bolso e espero, coração tá acelerado, nego não.

Uma música toda calma começa a tocar, se fosse comigo já estava chorando, sou bobão pô.

Geral começa a contar de 10 a 0, Muralha parecia nervosão, balançava o braço o tempo todo pra lá e pra cá. A contagem parecia longa até pra mim quem dirá pra ele.

3,2,1...

Levo um susto quando o balão é estourado, junto com um pó que o Apolo segurava quase do lado deles. Um menino, meu parceiro vai ser pai de um menino. Sorrio por eles e dou um assovio.

Encaro a Laura novamente que chorava, limpava o rosto e tentava gravar ao mesmo tempo, toda atrapalhada. Papo reto, bonitona demais.

Ah dá uma chateação, já é? Tempos atrás estávamos planejando de ter o nosso, tempos depois estamos em chá revelação distantes.

Tomo outro susto quando fogos começam a disparar pelo céu, podia até ser invasão, mas respiro por simplesmente ser azuis por conta da revelação.

Pela primeira vez os fogos eram de alegria, era por felicidade.

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