𝐶𝑎𝑝í𝑡𝑢𝑙𝑜 25 "𝑃𝑜𝑟 𝑖𝑠𝑠𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑡𝑖"

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Truta

"Preciso de um tempo." Foi o que ela disse...

Não chamaria de motivo bobo; pelo contrário, era um motivo que eu respeitava, assim como respeitaria qualquer decisão dela.

O problema é que eu estava cego... Cego de amor. Confesso que mesmo que parecesse tão claro o que aconteceria em seguir, ainda me restou uma dúvida, uma esperança.

Foi como se ela me jogasse de um precipício, mas segurasse uma de minhas mãos enquanto eu estava pendurado e a esperança de que ela me desse sua outra mão, e me puxasse de volta, não passou de uma ilusão. Eu cai.

De que adiantaria a ter do meu lado, se o que, ou quem, ela queria não estava ali? Eu mesmo respondo: nada. Eu apenas estaria me enganando.

Faz exatamente duas semanas, duas semanas que ela pediu esse tempo.

Minha vida literalmente tá sendo indo pra boca, voltar pra casa, me encher de cachaça e fumar. Ir pra boca, casa e cachaça.

Aí mané, ficar de quatro por uma mulher não é bobeira. E o pior, fazer burrada e saber que errou.

Suspiro assim que chego em casa, levo um susto com a batida na porta. Levanto do sofá, abro a porta e minha mãe entra igual furacão.

Marta: Se eu ver você mais um dia enfurnado nessa casa, amarro você em uma cadeira lá fora, tá me ouvindo? _Reviro o olho, fecho a porta e ela coloca a bolsa no sofá._ Olha que zona, não tem uma janela aberta, um vento.

Só me jogo no sofá, ela abria tudo iluminando a casa.

Marta: O que tá acontecendo? _Ela senta do meu lado e me viro pra ela._

Truta: A gente não vai ter essa conversa, mãe.

Marta: Sim, nós vamos. _Encaro ela._ O que tá acontecendo?

Truta: Eu sinto falta dela. _Olho pra frente olhando pro nada._ Sempre dávamos um jeito, sempre caçava aquele jeitinho, e no final, tudo dava certo.

Marta: Você sabe que errou? _Olho ela sem entender._ Você entender aonde errou? O por que ambos fizeram isso dar errado?

Truta: Eu errei mãe, quis me mudar, quis ser algo que não era, por isso menti. _Dona Marta prestava atenção em tudo que falava._ Eu não fui sincero, não fui sincero comigo mesmo.

Marta: Faça esse término fazer pelo menos um único sentido. _Ela coloca sua mão na minha coxa._ Ela só precisa de um tempo pra ela, se organizar, Laura te ama e independente da decisão ela não vai deixar te avisar, não vai deixar de te amar.

Truta: Mãe..._Ela me corta._

Marta: Faz o que você sempre soube fazer, comanda isso tudo que você diz que se orgulha demais, coloca brinquedo todo final de semana pras crianças, organizar baile, festas, campeonato de futebol. Seu pai, não era isso que você sempre diz que é motivo de se erguer? _Assenti e pego sua mão._

Marta: Você assumiu que errou, você sabe que maior parte foi por erro. Mas se você quer realmente isso tudo, você vai atrás dela, tentar reconquistar a mulher da sua vida.

Razões de uma noite 2Onde histórias criam vida. Descubra agora