𝐶𝑎𝑝í𝑡𝑢𝑙𝑜 49 "𝐽á 𝑒𝑟𝑎 𝑝𝑟𝑎 𝑣𝑜𝑐ê."

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Truta

Truta: Quero saber como no mesmo momento que minha mulher liga falando de uma mensagem, e logo depois um dos meus é encontrado cheio de bala na testa. _Cruzo os braços._

Mano, nunca fiquei tão puto e preocupado quanto assim que a Laura desligou o celular. Tem algum filha da puta atrás da Laura, e algum filha da puta de olho em mim.

Dadinho: Geral foi acionado, ninguém de diferente aqui. _Soco a mesa._ Já olhamos tudo mais de três vezes.

Muralha: Calmo Truta, nervoso ninguém vai pensar em nada, pensar em parada nenhuma. _Encaro ele._

Truta: Irmão, mexeu com a minha mulher, a parada muda de figura. _Coloco a mão na cintura._ Não tinha mais rival nessa merda, ninguém querendo guerra.

Dadinho: Aí pai, reservei quatro quatros no resort que pediu. _Me mostra a tela do celular._ Mando pra quem as parada?

Muralha: Manda pra Mila, dei um celular pra ela que não tem como clonar. _Ela assente e faz o que pede._ Fica suave irmão, patroa tá bem. _Vem perto de mim e coloca a mão no meu ombro._

Truta: Se alguém encostar nela, eu juro que vou fazer o desgraçado sentir o que é dor de verdade. Não tô pra brincar não. _Aperto minhas mãos._

Muralha: Calma! Não é só chegar e meter o pé na porta. Esse cara tem a cidade nas mãos. Um movimento errado e a gente tá no fundo da vala. _Respiro fundo._

Truta: Eu não tenho medo de ir pra vala, Muralha. O que me mata é saber que ela tá em perigo. Não sei quem é, não sei do que é capaz. _Anda pela sala._

Dadinho: Então vamos pensar. _Ele se apoia na cadeira._ O que podem estar querendo? Dinheiro?Poder? Dar um susto? A gente tem que saber antes de agir.

Truta: Eu não fico esperando o tiro sair. Vamos pra cima, do jeito que merece. _Paro no meio da sala._

Muralha: Escuta, cara. Não é só você na briga. Sua mulher precisa de você vivo. Vamos montar um plano, entrar na mente do cara. Se a gente der um passo em falso, é jogo perdido. _Encaro ele._

Truta: Se a gente demorar demais? É minha mulher que está em risco porra. _Passo a mão na minha testa._

Dadinho: Presta atenção, vamos pegar uns aliados. Gente que conhece esse mundo. Juntos, a gente faz o cara pensar. _Assenti._

Falando em aliado TG entra na sala, pedi ajuda pra ele, vê se conseguia ter a certeza que a Laura não ia ser seguida até o resort, o cara já veio com geral pra ajudar.

TG: Suave pai? _Estica a mão e aperto._

Truta: Tô não, minha mulher pô. _Engulo a seco._

TG: Tem uma parada aqui. _Me entrega o celular e pego mexendo._ Esse cara aí é o Carlos, um dos caras do Rodrigo, ele estava no dia que entraram na sua casa, mas conseguiu fugir.

Entrego o celular pra ele e viro, chupo aquela parede dura do caralho e vira passando a mão no cabelo. Esses desgraçado não para, esse desgraçado mesmo morto está atrás de mim.

Dadinho: Os cara tão dando ordem e fazendo merda sem necessidade, isso não condiz com a nossa palavra, Truta. _Assenti._

Muralha: A gente não pode sair na loucura, plano, idéias. _Volto atrás da mesa e pego um bolado._

Truta: Tô cansado desses malucos fazendo o que querem, vingar a morte de um cara que já tá sem unha? _Respiro fundo._ A gente tem que meter o pé na porta e mostrar que a gente não tá pra brincadeira!

Razões de uma noite 2Onde histórias criam vida. Descubra agora