Estava sendo mais um dia de verão chuvoso na cidade, o primeiro daquela semana e de vários que viriam. Mas não era como se a chuva fizesse muita diferença, porque mesmo que fosse férias escolares, o calor irritante das primeiras semanas tirava toda a vontade que S/N tinha de sair, que nunca foi realmente alta - para não se dizer totalmente precária -, então ele nem sequer aproveitou antes dos dias chuvosos começarem.S/n sempre preferiu mil vezes mais as estações frias e até que tolerava bem a primavera, pois as cores vibrantes que ela trazia consigo eram magníficas e inspiradoras, e era exatamente isso que tentava colocar no quadro a qual pintava no momento, cores, as mais diversas e belas. S/n havia passado basicamente o dia inteiro dentro de seu confortável e fresco ateliê, pintando, colando, rabiscando e se distraindo dos assustadores e estrondosos trovões que começaram a soar no início da tarde. Em seus ouvidos seu headphone anti ruído agora soava a melodia gostosa de 'Youth - Troye Sivan', que abafava os sons do lado de fora e fazia o adolescente focar somente em seu terceiro quadro do dia, o ar condicionado ligado o permitia não se incomodar com o calor, afinal odiava suar, era nojento e grudento demais.
Deslizando o pincel de modo preciso sobre a tela com a tinta a óleo de cor verde azulado, S/n fazia alguns detalhes na água do lago de sua pintura, onde dois belos cisnes flutuavam, ao fundo um casal andava de mãos dadas pela trilha de pedrinhas cinzas e muitas árvores com cores diversas preenchiam a paisagem. Mantendo a concentração para não errar os movimentos - pois apesar da tinta a óleo ser fácil de ser controlada, para trabalhar com ela é preciso ter muita técnica, porque no caso de erro é muito difícil de se consertar -, de repente uma luz forte irrompeu o céu e tudo ficou escuro no mesmo instante. S/n levou um grande susto e por isso acabou fazendo um traço bruto em seu quadro.
- Não, não, não! Merda!! - ele tentava procurar seu celular pelo ateliê, mas acabou tropeçando em algumas sedas de sua mãe, batendo o quadril na mesinha que a mais velha usava para apoiar suas costuras - Porra!!
Bufando pela dor, S/n conseguiu pegar o celular que estava sobre uma cômoda carregando, tirando os fones e os apoiando no pescoço, viu que já eram quase oito horas da noite, o temporal lá fora parecia não ter momento certo para realmente acabar ou diminuir um pouco. Tirando o celular da tomada, S/n se sentou no chão ao lado da cômoda e viu que sua mãe havia lhe mandado novas mensagens desde as seis, pelo menos a área ainda funcionava e por isso conseguiria responder a mais velha, que estava bem preocupada.
S/n conseguiu mandar apenas duas mensagens para a mãe antes do céu se acender mais uma vez, o que fez a área cair e no mesmo momento um alto trovão ressoou, lhe fazendo se assustar e levar ambas as mãos paras as orelhas. Quando ainda era criança acabou desenvolvendo astrofobia por um evento traumático e, mesmo com a ajuda de terapia, o barulho alto dos trovões o fazia ter algumas crises de pânico as vezes; por muito tempo sua irmã mais velha foi sua protetora nos dias chuvosos e que os pais não estavam em casa por conta do trabalho, mas agora estava só e teria que lidar com isso desta fora, mesmo que fosse difícil ainda.
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Imagines Stray Kids & TXT
FanfictionMALE READER (Fanboy ver) [mas se você é garota/pessoa inclinada para o feminino, fique a vontade para ler também 😉] Ei você 🫵🏻! Isso mesmo, você aí que vai ler minhas ilusões diárias! Se você é um Moa ou Stay (ou os dois porque eu também sou) sej...