A chuva desabava com força, formando poças nas ruas esburacadas da cidade, enquanto raios cortavam o céu, iluminando brevemente os prédios desgastados e sem vida. S/N corria com passos desesperados, sentindo a água fria encharcar suas roupas e pesar contra o corpo, mas ele não se importava. Sua mente estava focada em uma única coisa: encontrar Han Jisung. Era como se seu coração estivesse sendo apertado por uma mão invisível, o sufocando com a angústia de não saber onde seu meio-irmão estava.
Jisung, que sempre avisava quando sairia, sempre voltava para casa no horário certo, sempre respondia as mensagens. Mas agora, havia desaparecido sem deixar rastro, há dois dias completos. O pai de S/N mal se importava, como de costume, sua indiferença habitual, tão cortante quanto qualquer faca, mas para S/N, Jisung era tudo. Ele não conseguia ignorar o vazio que o sumiço do irmão deixava. Não podia simplesmente esperar. E foi assim que ele se viu, na chuva, sem guarda-chuva ou proteção, indo diretamente à delegacia da cidade.
Os postes de luz piscavam com a força da tempestade, e S/N teve que forçar os olhos para se manter no caminho, atravessando a rua quase deserta àquela hora da noite. Os trovões reverberavam, e cada novo estrondo fazia sua respiração acelerar ainda mais. A delegacia estava à vista agora, o prédio pequeno e quadrado com sua fachada simples, praticamente ignorado por qualquer pessoa que passasse por ali. Não era como se houvesse grandes crimes acontecendo naquela cidadezinha antes, exceto, é claro, pelos desaparecimentos, que se tornaram algo mais do que comum nos últimos meses.
Já fazia cerca de seis meses que as primeiras pessoas começaram a sumir. S/N se lembrava de ter ouvido os boatos, a princípio, sobre como a cidade estava ficando mais perigosa. Primeiro, eram apenas moradores de rua ou pessoas solitárias, cujas ausências demoravam a ser notadas, mas logo casos de famílias inteiras desaparecendo começaram a surgir. Era assustador, mas não tão real para ele até agora, até que o nome de Jisung poderia ser acrescentado àquela lista aterrorizante.
Quando finalmente alcançou a porta da delegacia, a chuva escorria pelo seu rosto, se misturando com as lágrimas que ele nem se deu conta de que caíam. Ele empurrou a porta de vidro com força, sentindo um arrepio ao entrar no ambiente frio e mal iluminado. Uma recepcionista o olhou de relance, sem muito interesse, como se visse gente desesperada ali todos os dias.
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Imagines Stray Kids & TXT
FanfictionMALE READER (Fanboy ver) [mas se você é garota/pessoa inclinada para o feminino, fique a vontade para ler também 😉] Ei você 🫵🏻! Isso mesmo, você aí que vai ler minhas ilusões diárias! Se você é um Moa ou Stay (ou os dois porque eu também sou) sej...