Felix caminhava pelas ruas noturnas e úmidas de Seul, com o vento frio acariciando seu rosto já marcado pelo cansaço e pelas lágrimas silenciosas que insistiam em brotar. As luzes da cidade se refletiam nas poças de água espalhadas pelo asfalto, criando um brilho dourado que contrastava com a solidão que ele carregava no peito. Era uma daquelas noites em que o peso das expectativas e da rotina parecia transbordar, como se tudo ao seu redor pressionasse contra ele.Com as mãos escondidas nos bolsos de seu casaco, Felix tentava se aquecer, mas nada parecia aliviar o frio que vinha de dentro. Seu nariz estava avermelhado, tanto pelo vento quanto pelas lágrimas discretas, e ele seguia em frente com o olhar fixo no chão, como se cada passo fosse apenas mais uma tentativa de esquecer o que quer que estivesse corroendo sua mente.
Foi então que uma melodia suave cortou o silêncio da noite, interrompendo os pensamentos que o absorviam. Acompanhada por acordes de violão, uma voz harmoniosa preenchia o ar, cada nota como um bálsamo para a inquietação que ele carregava. Felix ergueu o olhar, intrigado, e avistou uma pequena roda de pessoas reunida mais adiante, todas concentradas em uma apresentação que acontecia à beira de uma praça iluminada apenas pela luz dos postes.
Movido por uma curiosidade inexplicável, Felix se aproximou, os passos mais lentos e cuidadosos. À medida que avançava, a voz do cantor parecia preencher o ambiente, o embalando em um ritmo tranquilo e melancólico. A letra era de uma língua estrangeira, doce e estranha ao mesmo tempo, carregada de emoção e, de alguma forma, profundamente familiar, como se contasse uma história de busca e de reencontro. Ele não sabia o que as palavras significavam, mas podia sentir cada nota reverberando em seu coração.
Quando chegou mais perto, finalmente pôde ver o garoto que cantava. Ele tinha uma expressão serena, quase absorta em cada palavra que entoava, e dedilhava o violão com uma habilidade que parecia natural, como se a música fosse uma extensão dele. Seu rosto, parcialmente iluminado pela luz suave, emanava uma paz que contrastava com as sombras ao redor, e, por um instante, Felix sentiu como se todo o peso que carregava tivesse sido suavizado pela presença daquela melodia.
Felix parou na frente da roda de pessoas, e a sua tristeza parecia se dissolver um pouco com cada segundo que passava ali, com cada acorde que ouvia. E, como se soubesse que ele estava ali, o garoto ergueu o olhar e o encontrou. Seus olhos se cruzaram, e, enquanto continuava a cantar, o cantor esboçou um sorriso leve, quase tímido, mas repleto de ternura. Era como se aquela canção fosse só para ele, como se, naquele momento, o garoto entendesse o que ele sentia, o que ele estava passando.
Felix ficou paralisado. Ele já havia assistido a inúmeras performances, mas nenhuma havia tocado seu coração de forma tão intensa e íntima. Aquela música, aquela voz, parecia atravessar todas as suas defesas, desnudando seus sentimentos mais profundos. Havia algo nas palavras, no ritmo, que falava diretamente à sua alma, como se o cantor tivesse encontrado uma forma de dar voz ao que ele sentia, à dor e à solidão que o acompanhavam naquela noite.
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Imagines Stray Kids & TXT
FanfictionMALE READER (Fanboy ver) [mas se você é garota/pessoa inclinada para o feminino, fique a vontade para ler também 😉] Ei você 🫵🏻! Isso mesmo, você aí que vai ler minhas ilusões diárias! Se você é um Moa ou Stay (ou os dois porque eu também sou) sej...