Cheryl Blossom
Estávamos deitadas no sofá do meu escritório, sim, a gente tinha acabado de transar no meu escritório...eu estava em cima de Toni com minha cabeça escondida na curva do seu pescoço e ela estava fazendo um carinho em minhas costas.
Permanecíamos em silêncio a algum tempo, só curtindo uma a outra.-Cher,- Toni quebra o silêncio.
-Sim?
-Eu não queria mas, infelizmente vou ter que ir embora, tenho coisas pra fazer ainda hoje.- Ela fala se levantando ficando sentada no sofá, de modo que eu estava sentada em seu colo.
-Porque!? Fica mais um pouco...- Falo com uma voz manhosa entrelaçando meus braços em seu pescoço.
-Bem que eu queria Cher, mas não posso.- Ela fala e eu reviro os olhos a olhando novamente oque fez ela soltar uma risada.
Eu já estava devidamente vestida de novo, nesse momento estava em pé observando Toni colocar sua jaqueta.
-Eu já vou indo tá?- Ela fala se aproximando colocando as mãos na minha cintura.- A gente se vê hoje a noite?
-Claro.- Falo entrelaçando meus braços no seu pescoço lhe dando um beijo calmo, antes de nos separamos eu mordo seu lábio inferior o puxando de leve finalizando com um selinho.
-Tentador.- Ela fala e nós duas rimos.- Passo na sua casa as 20:00?
-Não, eu vou com meu carro mesmo.
-Ah, certo então nos vemos lá.- Ela fala me dando um selinho antes de nos separamos por completo.- Tchau.
-Tchau...
Algumas horas se passaram, estou agora revisando alguns projetos até alguém bater na porta.
-Entre.- Falo ainda prestando atenção noque estava fazendo.
-Oi filha, vejo que está meio ocupada.- Logo uma desanimação me bate quando escuto sua voz, levanto meu olhar já sabendo quem era.
-Sim papai estou, como eu lhe falei hoje de manhã, tenho muito trabalho.- Falo tirando minhas mãos do papel prestando toda atenção nele.
-Mas você não vai negar um tempo pro seu pai, vai?- Ele fala se aproximando, sentando de frente pra mim.
-Não pai, não vou.
-Foi oque eu pensei.
-Então,- Começo a falar jogando meu corpo pra trás, de modo que ficasse totalmente encostado na cadeia.- Qual o motivo de ter vindo aqui? Ou melhor qual o motivo de ter vindo aqui pra Los Angeles?
-Eu e sua mãe conversamos e decidimos que vamos passar um tempo por aqui, pensamos quem sabe até em morar aqui de repente.
Pera, como assim eles vão morar aqui? Eles não podem! Que dizer eles não devem.
-Como assim morar aqui? E os negócios em Riverdale?- Falo rindo nervosa.
-Os negócios de xarope de bordo estão ótimo, contratamos alguém para nos monitorarmos de tudo que acontece por lá não se preocupe.
Nossa preocupação agora é você, estou conversando com um amigo meu que mora aqui em LA e ele tem um filho da sua idade, ótimo pra você, além de é claro ter uma condição excepcional.Oi? Ele tá mesmo me falando isso?
-Você tá mesmo me dizendo isso? Quer me arranjar um marido?
-Claro, eu e sua mãe vimos que você está muito sozinha sem falar que já passou da idade de ser casar, Cheryl você já tem 25 anos.
Eu realmente não posso mais esconder isso dele
-Eu... tenho alguém.
-Sério? Que excelente, qual o nome dele?
-E ela.
-Cheryl você não pode tá falando sério.- Permaneço seria oque já diz tudo.
Vejo a feição do meu pai mudar na hora, mas não pra uma feição seria, pra uma expressão de raiva.
-Você não pode fazer isso, você já imaginou o quanto isso vai pesar no nome da nossa família? O quanto vai pesar na nossa vida? Você é uma mulher linda, bem sucedida precisa de um marido construir uma família normal!- Ele fala se levantando.- Eu não admito isso.
-Oque eu posso fazer?- Falo rindo irônica.- Eu tô apaixona pai!
-Não! Você não tá apaixonada, você só tá carente, é uma coisa de momento.- Ele fala já com a voz alterada oque me fez encher os olhos de lágrimas.- Você vai terminar oque sei lá que esteja acontecendo com essa garota. Filha minha não vai ser desse... jeito.- Ele fala aborrecido.- Eu vou pra casa, e eu espero que amanhã você já tenha terminado com essa garota.- Ele fala saindo do escritório.
Eu sei... eu já sou maior de idade, independente e tudo, mas quando se trata de decepcionar meus pais, ser o desgosto da família. Mesmo sendo como eles são, eles me ajudaram a chegar onde estou hoje.
Assim que ele sai eu me permito chorar. Chorar o tanto que tava guardado dentro de mim. Escuto a porta se abrir mais pouco me importo com quem quer que seja.
-Cheryl?- A voz, aparentemente de Verônica me chama e depois um silêncio toma conta do lugar.
Sinto braços me abrasarem de lado, eu viro me permitindo aquele abraço.
-Ele tá aqui Verônica! Aqui...
-Ei!- Ela me chama me separando do abraço segurando meu rosto com suas duas mãos.- Ele quem?
-Meu pai... tá qui pra me fazer infeliz como ele sempre faz...
-Calma, tá tudo bem tá?- Verônica fala me abraçando de novo.
Eu estava com Verônica, sentada no sofá do meu escritório.
-Agora me explica, porque ele tá aqui?
-Segundo ele, veio pra cá pra cuidar de mim, quer arrumar um marido pra mim.
-Como assim? Quem faz isso em pleno século 21?
-Pelo visto ele... eu contei a ele sobre estar com uma menina...e...
Silêncio de novo.
-E...- Verônica quebra o silêncio tentando me fazer continuar.
-E...-Minha voz já começa a fraquejar e eu sinto meus olhos se encherem de lágrimas.- Ele explodiu comigo... disse que eu não podia fazer isso, que iria pesar muito no nome da nossa família, na vida deles. Me mandou terminar oque quer que estivesse acontecendo com Toni...- Falo limpando onde algumas lágrimas tinham descido.
-E oque você vai fazer sobre isso?- Verônica pergunta tirando uma mechar de cabelo do meu rosto.
-Eu... vou terminar com a Toni.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A farsa
FanfictionCheryl Blossom uma arquiteta e decoradora famosa por seus projetos e bem sucedida é chamada para decorar a casa de uma atriz famosa chamada Toni Topaz, mas quem diria que isso iria ser muito mais que outro projeto para nossa querida Cheryl. Onde seg...