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Aitana López

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Aitana López.
Janeiro, 2024.


Minha vida mudou de uma hora para outra e mudou na minha fase mais difícil, a fase dos dezoito anos. Estou no carro de Gavira, o jogo já havia acabado e quando fomos para o carro, havia alguns fotógrafos no estacionamento, passamos por todos com a cabeça baixa e passos rápidos, também não tem como deixar algo muito evidente, porque qualquer coisa já é suficiente para as pessoas desconfiarem.

Gavira e Emma apareciam em todos os tabloides, mas isso era porque a garota gostava, ela gostava dessa atenção sobre ela, sempre foi dona de seu próprio nariz, de uma coisa eu posso assumir, Emma nunca teve vergonha de absolutamente nada. Mas, em todos os meios de fofocas, pelo menos uma vez por semana, tinha algo dos dois, às vezes dava até para desconfiar de algo. 

— Seu irmão não vai para casa — Gavira fez eu sair do meu transe, virei meu olhar que antes estava na janela do carro, para ele, estávamos no semáforo e ele encarava seu celular — está na casa do Yamal e mandou a gente ir para lá. 

— Não quero ir — respondi — só vai ter homem e eu sou a única garota, e também é para vocês comemorarem a vitória, eu não faço parte do time. 

— Como se você não vivesse na casa de Lamine — o garoto colocou o celular no meio das pernas e voltou a dirigir, sempre fico impressionada como a mão dele desliza no volante — estamos indo para lá. 

Juntei minhas sobrancelhas e cruzei meus braços no mesmo instante. 

— Vai me levar para casa antes. 

— Não vou não — me encarou por poucos segundos, até aumentar a velocidade um pouco mais — você vai comigo para a casa de um amigo nosso.  

— Eu vou pular do carro — respondi, agora eu estava fazendo birra mesmo. 

— Não vai pular do carro — respondeu, pelo movimento da sua perna, ele pisou mais fundo no acelerador. 

Coloquei a mão na maçaneta do carro e quando dei de abrir, o carro freou, Gavira me encarou feio, seu cenho franzido e olhos bem abertos e de certa forma assustado. 

— Eu estava falando sério. 

— Garota, você está ficando maluca, porra? — perguntou, com a voz levemente exaltada — porra, seu irmão quer você lá, o que custa ir? Mas sempre tem que fazer mais um poema motivacional para sair, larga a mão de ser assim, aproveita a vida enquanto dá, depois quando for mais velha, vai ficar chorando pelos cantos que nunca aproveitou a porra da melhor fase da sua vida. 

Fiquei em silêncio, realmente, não sei o que responder, porque todas as respostas formuladas em minha cabeça, foram extremamente grosseiras e sei que qualquer merda que eu vá dizer, vamos criar uma briga daquelas, mas também não queria dar algum tipo de razão para ele. 

Remember Me || Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora