Aitana López.
Fevereiro, 2024.O aquecedor do quarto está ligado, estou usando uma camiseta grande com um shorts, fiquei com preguiça demais para procurar um pijama que preste. A luz do sol entra pelas frestas da janela, já são quase oito horas da manhã, mas não estou com sono, apenas cansada, meu corpo está cansado. Ao meu lado, está Gavira, com um shorts preto e sem camiseta, sua mão está em seu peito.
— Está acordado? — perguntei com a voz baixa.
— Uhum — murmurou, então virei para ele, o encarando.
— Vamos conversar? — eu estava curiosa para saber duas coisas, o que ele conversou com Emma e o que conversou com seu pai, sei que depois de hoje, vamos voltar a nos tratar com ignorância.
— Hm.
— Está com sono? — perguntei novamente, pelo jeito que está me tratando, muito provavelmente, é só dizer, que calarei a boca.
— Não.
— Então por que não está me respondendo direito? — bufei, ele apenas me encarou, dando de ombros, o Gavira da festa havia morrido e o Gavira chato assumiu o lugar de novo — vai me tratar assim? Já sei como chamar sua atenção.
A sobrancelha do garoto se arqueou com minha resposta, seus olhos fecharam um pouco, tentando entender a situação. Me virei rapidamente, me sentando sobre o colo do Gavira, eu realmente me sentei em cima dele. Os olhos do jogador abriram assustados, ele encarou todo meu corpo e engoliu em seco, totalmente sem jeito.
— Aitana — sua voz saiu sôfrega, eu estava com cada perna minha, nos dois lados do corpo dele, é tão estranho estar sentada no colo do Gavira dessa maneira, ele continua deitado — não faz isso, por que fez isso?
— Era a única maneira de chamar sua atenção — dei de ombros, relaxando meu corpo ali — peça para eu sair se estiver incomodando, mas realmente incomodando, que eu irei sair.
Gavira me encarou novamente, seu peito arfou, o mais estranho ainda, é que ele está sem camiseta, ainda bem que meu irmão não tem a chave desse quarto, porque se ele entrasse aqui e visse nós dois nessa posição, com toda certeza desse mundo, ele iria infartar.
— Não precisa sair — respondeu, sua voz estava seca, parecia que não bebia água há anos — mas vai ter minhas regras também.
Não entendi o que ele quis dizer com sua última fala, mas levei um leve susto, quando sua mão direita foi para minha coxa, e a mão esquerda para outra. Soltei um riso fraco vendo aquela cena, caralho, que mãos bonitas que o Gavira tem, ou são elas em cima das minhas coxas, que ficam mais bonitas.
— Pegou pesado colocando suas mãos aí — respirei fundo, o encarando, que soltou um sorriso de canto.
— Eu iria colocar em outro lugar — respondeu, no mesmo instante me espantei e meus olhos abriram mais, Pablo soltou uma gargalhada alta — eu ia colocar na sua cintura, tonta.
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Remember Me || Pablo Gavi
Fanfiction|| Aitana cresceu sendo irmã do jogador Fermín López do Barcelona. Mas sua imagem de certa forma, nunca esteve vinculada a ele. Seus sonhos são gigantescos, mas os dramas da vida, ainda a prendem no chão. || Pablo Gavi é o famoso meio campista do ti...