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Aitana López

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Aitana López.
Maio, 2024.

Estou dirigindo em direção a casa do Pablo, Fermín disse para seu amigo dormir em casa, mas ele não quis e como ele veio comigo, eu teria que o deixar em sua casa. Ele está inquieto no banco do passageiro, escuto o barulho dos seus pés batucando contra o chão, como percebo que roe suas unhas, desde quando saímos do restaurante, o jogador está assim, não sei como não saiu nenhum resquício de sangue ainda. Mas eu também estou um pouco nervoso, pareço uma criança nesse exato momento.

— Chegamos, Pablo — estacionei o carro em frente ao condomínio, e virei um pouco do meu tronco, o encarando. 

— Eu sei — respondeu, mas Pablo nem se moveu, apenas apoiou sua cabeça no encosto estofado — eu deveria ter escolhido um apartamento menor, para piorar, Sabina vai dormir com o Pedri na casa dele. 

— Complicado — rebati, totalmente sem jeito, eu não sei a coisa certa para se responder nesse exato momento.

— Enfim, amanhã passo para te buscar na sua casa depois da fisioterapia, se não estiver acordada, eu espero — me encarou, escutei o barulho do cinto sendo aberto, então colocou a mão na maçaneta — boa noite, Aitana. 

— Boa noite, Gavira — balbuciei as palavras rapidamente. 

O garoto saiu do carro, ele colocou o capuz do seu moletom e atravessou a rua rapidamente, assim parando em frente ao grande portão que dá acesso a parte interna do condomínio. Mas eu pensei por alguns instantes e talvez eu vá fazer outra merda, mas eu já estou cansada disso tudo, eu só quero ser feliz, pelo menos uma vez na vida com alguém e Gavira estava fazendo eu me sentir feliz.

Comecei a buzinar para chamar a atenção do Gavira, abri o vidro e coloquei a mão para fora, o chamando. O jogador fechou o portão novamente, se virou e atravessou a rua, vindo até o lado do motorista, como a janela está aberta, ele se debruçou ali, me encarando, totalmente confuso. Só com essas buzinas que eu dei, devo ter acordado a rua inteira. 

— Vou dormir com você — afirmei rapidamente, mas franzi minha testa, porque minha frase pareceu um pouco estranha — tipo, não vou te deixar sozinho. 

— Eu entendi o que quis dizer — um pequeno sorriso surgiu no rosto do garoto, que abaixou o olhar encarando chão — guarda o carro na garagem. 

— Não dá — sorri mostrando os dentes, porque foi algo totalmente forçado.

— Por que não dá? — indagou, me encarando novamente.

— Eu tenho medo de estacionar o carro em vagas pequenas e se eu riscar seu grande amor, já era — justifiquei, ainda com a voz baixa mas levemente com vergonha dessa minha confissão. 

— Relaxa, você não vai conseguir se riscar, pode guardar na garagem, não tem nenhum carro por perto, a não ser o meu outro — deu de ombros, as palavras saíram de uma forma tão natural, que meus olhos ficaram um pouco espantados — desconsidera o que disse. 

Remember Me || Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora