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Aitana López

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Aitana López.
Abril, 2024.

Quando sai do banho, coloquei o pijama, mas me assustei quando escutei um falatório no andar inferior, já estou me sentindo íntima da casa do Gavira, sendo que alguns meses atrás eu não pisava nesse lugar nem se me pagassem. Paguei com a língua e paguei realmente feio, parece que tudo o que eu havia dito que jamais iria fazer na vida, eu acabei fazendo e isso chega a ser revoltante para mim. 

— É melhor arrumar as malas, Pablo — Marc estava sentado na frente do Gavira, com as mãos entrelaçadas — recebi um comunicado justicial que você tem que se apresentar em Madrid, até amanhã à noite. 

— Isso não significa coisa boa né? — o garoto perguntou, com a voz baixa.

— Não, não significa — ele coçou a testa, parecia que também estava cansado — eu queria se seu julgamento fosse em Barcelona, porque não seria algo tão sério, mas eles te querem na capital. 

— Meu pai disse alguma coisa?

— Ninguém disse nada ainda, seu pai está com um advogado super renomado, Andreas e Pau também — afirmou, vi que passou a mão por seus joelhos — isso não faz o mínimo sentido, Gavi. Não tem porque eles terem colocado seu nome no meio, de tantas pessoas que eles poderiam ferrar, por que justo você? 

— Meu próprio pai não gosta de mim, a vida inteira cresci escutando coisas horríveis saindo da boca dele, nossa última conversa não foi amigável e ele desejou nunca mais me ver na vida, mas eu sabia que Gerard estava com raiva, porque eu tinha largado Emma para ficar com a Aitana — pareceu que Gavi havia desabafado de todas as formas.

— E mesmo assim, isso não justifica — Marc respondeu. 

— Gerard e Pau queriam que eu e Emma casássemos, de todas as formas possíveis, assim os meios empresariais dos dois iriam se fundir. Eu não quis casar com a Emma, meu pai ficou puto de todas as maneiras possíveis —  Gavi continuou dizendo, essa história sempre me traz uma grande revolta — mas eu quis ficar com Aitana, e meu pai não gosta dela e nem da família dela, porque eles não tem o dinheiro que ele queria que tivessem.

— E a história acaba de ficar mais difícil, seu pai não vai testemunhar a seu favor, Gavi — Marc trouxe fatos no momento, isso jamais iria acontecer — sua ex namorada não vai te ajudar mesmo?

— Meu pai jamais vai dizer algo para me ajudar, e nem os amigos dele e pelo jeito, nem meu empresário — Pablo estava passando suas mãos por seu corpo de uma forma frenética, ele estava nervoso e ansioso — não vai. 

— Certo, os dias em Madrid serão longos, como deve saber, seu caso não vai para júri popular, então serão audiências fechadas, se chegarmos nessa parte — o senhor informou, ele se levantou, pegando suas coisas — Gavi, eu espero não chegar nessa parte. 

— Eu também espero não chegar nessa parte — rebateu, se levantando junto. 

Perdi ambos de vista, provavelmente foram para o elevador. Eu sai dali, já que ninguém havia me visto e fui diretamente para o quarto do Pablo, me sentei na cama, cruzando as pernas e peguei meu celular para disfarçar, e da mesma forma, em todo canto tem alguma coisa relacionada ao que aconteceu nesse dia, e pelo jeito as coisas continuarão assim por muito tempo.

Remember Me || Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora