|| Aitana cresceu sendo irmã do jogador Fermín López do Barcelona. Mas sua imagem de certa forma, nunca esteve vinculada a ele. Seus sonhos são gigantescos, mas os dramas da vida, ainda a prendem no chão.
|| Pablo Gavi é o famoso meio campista do ti...
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Pablo Gavi. Junho, 2022.
Estou dormindo na casa do meu melhor amigo, eu estou apenas deitado no quarto de visitas, que já considero como meu próprio quarto, eu ainda moro com minha tia, mas daqui um mês completo dezoito anos e já me imagino morando sozinho, mas não me imagino parando de vir aqui. Me considero da família, já que a minha é extremamente complicada.
Mas tenho um problema, a irmã do meu melhor amigo, a conheço desde quando sou criança, por um período fomos amigos, hoje em dia, não podemos se ver, que já estamos discutimos da pior maneira possível, nós fizemos merda e pagamos por isso até os dias atuais e do pior jeito.
Desci para pegar um copo d'água, todos já estão dormindo, porque claramente passa das duas da madrugada, mas Aitana não está em casa, ela saiu com seu namorado esquisito, ninguém gosta dele, mas quem sou eu para julgar alguma coisa?
Escutei um barulho quando sai da cozinha, fiquei de longe e observei Aitana entrando, ela não conseguia parar em pé direito, seus pés enroscavam um nos outros, dei mais uma olhada e percebi que Juan, o namorado dela, não estava ali. Vi que a garota fechou a porta com dificuldade e depois lutou para conseguir ficar de pé.
— Você bebeu? — perguntei, me aproximando, sei que vou receber uma resposta grosseira, porque sóbria ela já é extremamente estúpida comigo, imagina bebada.
Mas o olhar da garota veio para mim, aqueles olhos verdes me encararam de uma maneira tão singela, que os olhos dela começaram a se encher de lágrimas. A mão que antes ela estava apoiando na parede, agarrou meu braço de uma maneira tão forte que até me assustei.
— Gavi — sua voz totalmente embargada me chamou a atenção, ela nunca me chama dessa maneira — não conte para Fermín e meu pai que estou assim.
— Não vou contar — resolvi tratar a garota da mesma maneira que estava sendo tratado, de uma normalidade absoluta — vou te ajudar a subir.
Acho que agora vamos esquecer que somos Pablo e Aitana, que se odeiam e vamos passar a ser Gavi e Aita, como éramos quando tínhamos dez e onze anos.
Com dificuldade, levei Aitana até o primeiro degrau da escada, vi que ela segurou o corrimão mas não passou disso, a garota continuou encarando aqueles degraus e não fez absolutamente nada.
— Eu não vou conseguir subir Pablito — sua voz se enroscou, eu levantei meu olhar rapidamente, meu cenho franziu quando escutou do que ela me chamou — não consigo.
Aitana me chamava assim quando era criança.
— Posso te pegar no colo? — eu estava atônito, não sei que merda está acontecendo agora, mas parece que tudo mudou entre nós nesta noite.
— Pode.
Eu estava com as mãos trêmulas quando peguei a garota nos braços, parecia que a qualquer momento, eu iria deixar ela cair e cairia junto. Aitana escondeu seu rosto na curvatura do meu pescoço e conseguia sentir a respiração dela contra meu pescoço, foi involuntário quando meus pelos se arrepiaram com tal ato.
