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Aitana López

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Aitana López.
Abril, 2024.

Não sai daqui por nada, ninguém pode entrar no meu lugar e não quero deixar Gavi sozinho de maneira alguma. A médica realmente passou às nove horas da manhã, informou que Pablo passaria apenas uma noite a mais aqui e depois voltaria para a delegacia. Sobre o joelho e o tornozelo, será feito exames na parte da tarde para descobrir se a luxação foi muito grave.

Não identificaram quem machucou Pablo dentro da delegacia, isso era óbvio, se alguém foi pago para tal ato, jamais vai ser descoberto. Marc também não conseguiu transferir Gavi para Barcelona até agora, disseram que vão redobrar a segurança do Gavira lá dentro, mas que não vão mandar Pablo para Barcelona. 

Amanhã é o primeiro julgamento do Gavira e não se tem um caso direito, porque não tem provas além daquelas que o pai da Sabina deu. Que inclusive a defesa de Gerard pode dizer que foram forjadas, já que um estaria com ódio do outro, pelo fato de um ter ido à falência. Se isso acontecer, mais uma vez nossa esperança será perdida, porque serão mais longos dias para a análise de novos documentos.

— Estou com tantas saudades do Pablito — respondi, com a voz um pouco baixa, continuo deitada ao lado do Gavira — Lamine me mandou uma foto dele hoje mais cedo, não sei da onde ele tirou, mas nosso cachorro estava com um arquinho de coração que obviamente é três vezes maior que ele. 

— “Nosso cachorro” disse como se fosse realmente nosso filho — Gavi me encarou, ignorando tudo o que eu havia dito.

— Eu sou a mãe dele e você o pai… tecnicamente é nosso filho — dei de ombros, por um lado não gostei de assumir isso, mas fazer o que. 

— Finalmente aceitou que eu sou o pai do Pablito, os tempos estão mudando mesmo — respondeu, soltando uma risada baixa. 

E ficamos em silêncio, ambos com um pequeno sorriso no rosto. Me aproximei mais ainda dele, nossos olhares não estavam mais fixos um no outro, era perceptível que seu olhar caiu para meus lábios, como o meu também caiu. Coloquei minha mão gentilmente sobre a bochecha do Gavira e curvei um pouco do meu corpo, grudando nossos lábios novamente. Normalizamos nos pegar em qualquer lugar mesmo. 

Pela primeira vez desde que cheguei aqui e nos beijamos, o nosso beijo se aprofundou. A língua de Gavira entrou em contato com a minha e isso sempre faz eu me arrepiar, obviamente não consigo sentir seu toque em mim, mas eu realmente não me importo com isso. Eu fico desesperada para ter Pablo assim por perto, meu corpo chama pelo dele. 

Quando estou longe do Gavira, é como se o céu sentisse falta do sol em um dia nublado. 

Mas escutamos um barulho na porta e logo ela foi aberta, eu e Pablo nos afastamos na hora e minhas sobrancelhas franziram quando eu vi quem esta em minha frente.

— Vocês estão de brincadeira que agora se pegam em qualquer lugar? Agora, toda vez que eu for entrar em algum lugar que eu sei que vocês dois vão estar, eu tenho que rezar para não sair traumatizado — Fermín estava em nossa frente, com os braços cruzados, eu estava assustada de ver meu irmão aqui, mas seu momento de estresse passou, quando viu Gavi naquele estado — Gavi você está bem? Está melhorando? 

Remember Me || Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora