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Aitana López

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Aitana López.
Maio, 2024.

Estou segurando um bolo, com uma boa quantidade de velinhas acesas, Sabina queria colocar vinte e uma velinhas, Gavi queria esganar sua própria amiga, porque segundo ele, foi difícil acender dez, quem dirá vinte e uma. Gavira queimou a ponta de seus dedos duas vezes enquanto tentava acender todas, Pedri fez a questão de ficar rindo e eu fiz a mesma coisa, o que eu poderia fazer? Chorar? Melhor rir da situação mesmo. 

— Parabéns para você! — berramos em conjunto, logo quando entramos no quarto do meu irmão, que estava todo escuro. 

Ele levantou seu tronco assustado, fechou os olhos com força quando Sabina abriu a cortina e a luz lá de fora iluminou o quarto por completo. Sua cara estava amassada, se essa for uma boa forma de explicar, aos poucos ele foi abrindo os olhos e eu fui me aproximando com o bolo, tomando todo o cuidado possível para não deixar cair, porque além do problema do bolo caído, seria as velas acesas. 

— Assopra as velas e faça um pedido! — exclamei, esticando o bolo para meu irmão. 

Fermín fechou os olhos, ficamos em silêncio e depois de alguns segundos ele assoprou as velas, quando finalmente abriu os olhos novamente, me encarou e lançou um sorriso doce e gentil para mim. 

— Obrigado gente, mas vocês quase me mataram de susto — meu irmão reveberou, com a voz ainda carregada pelo sono — obrigado mesmo.

— Nós te amamos, mesmo com seu sonho em me castrar, eu te amo, jamais iríamos deixar você sem uma surpresa — Gavi soltou uma risada baixa e se aproximou ainda mais, e deu um abraço em meu irmão — parabéns cunhadinho.

— Prefiro que me chame de melhor amigo mesmo — Fermín soltou uma risada baixa e deu leves tapinhas nas costas do Gavira. 

Sabina deu um abraço em meu irmão logo em seguida e depois foi a vez do Pedri, quando eu fui o abraçar, ele me apertou fortemente e me puxou para cima dele, parece quando eu me jogava em cima dele para o acordá-lo quando nosso pai mandava. Nós dois soltamos uma risada baixa, porque sabemos do que exatamente lembramos. 

Há um ano atrás, eu teria acordado o Fermín no susto, ou melhor, pulando em cima dele, quando descesse, todos estariam o esperando na mesa do café da manhã e o nosso pai teria feito todas as comidas matinais que o Fer gosta. Mas esse ano não teve nada disso e tem um vazio tão grande dentro de nós, que realmente não sabemos como reagir. 

*

— Cadê o Pedro? — Sabina murmurou, andando de um lado para o outro — você fica reclamando que o seu namorado é lento, mas o Pedri ganha dele, puta que pariu! 

É tão estranho ter o nome do Gavira se referindo a meu namorado. 

Quando Sabina soube, ela realmente chorou, não foi nem brincadeira, ela chorou desesperadamente em nossa frente, depois pulou em meu colo me derrubando e nem o pobre do Gavi se salvou, porque ela o puxou para seu abraço esquisito e disse as seguintes palavras: “eu sempre acreditei!” “Eu sempre apoiei”. No fundo, Sab sempre soube também, na realidade, todo mundo sabia, inclusive nós dois, que não queríamos acreditar nisso de forma alguma. 

Remember Me || Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora