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Aitana López

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Aitana López.
Janeiro, 2024.

Recebi a pior notícia do mundo ontem, soube que meu pai não vai viver por muito tempo e que não tem nada para reverter essa situação. Eu era realmente a mais esperançosa, mas depois de ontem, um balde de água frio foi jogado em mim e todas as esperanças foram embora, ou melhor, foram arrancadas de mim da maneira mais cruel. 

Depois que deixei o cachorrinho na casa de Gavi, fomos para a minha casa. Fermín estava arrumando tudo, enquanto Sabina estava na cozinha fazendo bolo. Gavira arrumou a compra na dispensa e eu fui ajudar meu irmão, assim foi nosso final de dia. 

É estranho ter Gavi por perto, dessa maneira, eu ainda não suporto olhar para a cara dele, porque toda vez que o encaro, lembro de todas as merdas que dissemos e fizemos um para o outro, é impossível passar uma borracha em tudo aquilo que aconteceu, e é mais difícil estar perto dele. Mas eu estou em um momento tão delicado, que estou engolindo todo o ódio que sinto por ele. 

— O pai está chegando! — Fermín disse com uma voz empolgada, voltei para alguns anos atrás quando meu irmão dizia isso quando nosso pai estava voltando do trabalho. 

Pablo e Sabina estão aqui também. 

E por alguns segundos novamente, eu caí na realidade, é a última vez do meu pai na sua própria casa e isso é tão estranho e triste. 

Escutamos a campainha tocando, eu estava nervosa, triste, mas feliz ao mesmo tempo, não conseguia descrever minhas emoções de uma forma plena. Fermín se levantou indo abrir a porta, eu fui logo atrás, eu terei que ser forte e não chorar. 

— Oi pai! — Fe disse logo quando abriu a porta. 

Meu pai estava sentado em uma cadeira de rodas e uma enfermeira logo atrás, mas soltou um sorriso tão grande quando nos viu, que parecia que tudo estava normal novamente, às vezes eu sou egoísta e penso que se eu fosse no lugar dele, seria a melhor coisa. 

— Filhos — sua voz é falha e baixa, mas dá para saber o que diz — não acredito que estou em casa novamente. 

— Nem nós acreditamos — eu estava com um sorriso doce estampado no rosto. 

— O resto da família está aqui também? — perguntou, logo quando finalmente entrou em casa — porque se Gavi e Sabina não estiverem aqui, vocês vão ligar para eles e terão que vir para cá. 

— A chata da Sabina está aqui e o Gavi está aqui também — Fermín soltou uma risada baixa com sua própria resposta. 

Dessa forma, entramos na sala, os dois estavam com um sorriso gigantesco no rosto e Sabina segurava a forma do seu bolo, com o bolo dentro, segurei uma risada com aquele gesto, porque estava parecendo uma criança. 

— Tio Rubim! — exclamou empolgada, então se aproximou mais — fiz seu bolo preferido e não deixei nenhum desses animais provarem antes. 

— Incrível que pode se passar anos, mas você sempre terá o jeitinho da mesma Sabina de sempre — meu pai soltou um sorriso com aquilo — obrigado pelo bolo, deve estar delicioso. 

Remember Me || Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora