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Pablo Gavi

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Pablo Gavi.
Junho, 2024.

A bebida nem é mais tão amarga assim. Eu não sei para onde meus problemas foram, mas eles sumiram. E quando eu fui reparar, a garota que está comigo tem os olhos verdes, mas eles não são da Aitana. Onde eu estou?

(...)

Minha cabeça está latejando, meu corpo inteiro está dolorido e até para abrir meus olhos, eu sinto uma dor gigantesca, parece que eu dormi uma semana inteira e acordei com aquele sentimento ruim, onde você fica suando e nada faz sentido. Estou enjoado, minha cabeça está doendo como nunca doeu antes e parece que está tudo rodando, sem eu ao menos abrir meus olhos. 

Quando finalmente abri meus olhos, a luz fez com que minha cabeça doesse mais, porém meu cenho franziu, porque eu não faço a mínima ideia de onde eu estou. Estou em um quarto, deitado em uma cama de casal e sem camiseta, tem um grande guarda roupa branco aqui e em um canto, um cabideiro com algumas peças de roupas femininas.

Que merda eu fiz na noite passada? 

Levantei o edredom rapidamente e vi que continuo vestido, pelo menos isso, mas eu realmente estou me sentindo culpado, porque eu não lembro de absolutamente nada. Eu bebi demais, essa é a única certeza que eu tenho, porque pelo o meu estado, apenas o álcool deve ter me causado isso. 

Quando fui tentar me levantar da cama, meu estômago doeu e eu senti ânsia de vômito, mas foi apenas ânsia, quando fui dar continuidade no meu movimento, vi a porta do quarto se abrindo e uma garota, vestida com pijama ainda, entrando. 

Ela me lançou um sorriso. 

— Onde eu estou? — sussurrei, com o cenho franzido. 

— Você não se lembra de nada da noite passada? — a garota perguntou, com a voz calma.

— Eu deveria lembrar de alguma coisa? — indaguei, engoli em seco quando percebi que fui muito grosseiro — nós… nós fizemos alguma coisa?

— Não, não transamos e nem chegamos perto disso, você namora e não faz meu tipo, sinto muito — soltou uma risada baixa, então se encostou na porta do guarda-roupa e eu respirei um pouco aliviado — mas a noite passada, foi realmente tensa. 

— Eu não me lembro de absolutamente nada e me sinto muito impotente por conta disso — resmunguei, passei a mão pelo meu cabelo, um pouco desesperado — pode me contar o que aconteceu? 

— Olha, você bebeu muito, muito mesmo, extrapolou, mas eu não sou nada sua para te proibir, mas eu tenho um longo histórico com problemas gerados pelo álcool e então continuei puxando conversa com você. Gavi, você chorou muito e disse muitas coisas também e eu sinto muito por tudo — começou dizendo, sua atenção era toda em mim e eu tentava manter meus olhos abertos, assumo que estou com vergonha — quando o bar foi fechar, você se levantou e não conseguia parar em pé, então eu te trouxe para minha casa, desculpa, mas eu não poderia deixar dirigir naquele estado e nem ficar sozinho e você chorou dizendo que não tinha ninguém para ficar com você. 

Remember Me || Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora