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Aitana López

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Aitana López.
Abril, 2024.

Meu pai me ensinou a ser uma garota forte, a qual independente da situação, tinha que manter a esperança, porque sem ela, não somos ninguém. Me ensinou, que a vida vai tentar te ferrar e não apenas uma vez, mas vai ser uma coisa constante, porque se a vida não tem constância, ela não é uma vida. Me ensinou que existe diferença entre quem vive e quem respira, ou que alguns vivem como se nunca fossem morrer e outros morrem como se nunca tivessem vivido. 

Eu estou em choque. 

Eu estou me sentindo culpada. 

Eu estou em completo vazio, é como se minha mente não tivesse processado nenhuma informação.

Lembro dos lábios macios do Gavira contra os meus, mas lembro também de gotículas salgadas de água escorrendo por suas bochechas. 

Consigo lembrar das palavras desesperadas da Sabina e eu passando minhas mãos pelo rosto do Pablo, dizendo que tudo ia ficar bem. 

Pela madrugada, Gerard Gavi informou a polícia que Ander e Pablo Gavi estavam envolvidos no esquema. Ele “assumiu” que seu próprio filho cometeu um crime, que na realidade não cometeu, mas quem vai contrariar as palavras da principal cabeça do crime? Ninguém. O que tem até agora, mostra que realmente Gavi estava envolvido e não tem nada para se provar ao contrário.

6:17 AM, Ander foi preso.

6:48 AM, Gavi foi preso. 

Nós estávamos dormindo, Gavira me abraçava por trás, ele havia conseguido pegar no sono depois daquela nossa conversa na varanda. Mas acordamos com batidas bruscas na porta. Sabíamos o que era. Sabina atendeu. Eu liguei para Marc na hora. E Gavira, aceitou seu destino. 

— Eu deveria ter dado um jeito de gravar o que Gerard assumiu para mim! — exclamei, meus olhos estão vermelhos, mas eu não chorei, mas estão marejados e irritados há horas.

— É crime gravar uma conversa dentro de uma delegacia. Gerard iria te processar por danos morais. A defesa de Gerard iria constar que é um crime e a justiça teria que destruir a prova na hora, tudo iria para o ralo, da mesma maneira — Marc me encarou, ele está estressado há horas — ontem, quando eu conversei com Ander, ele disse nada com nada, mas eu sabia que estava do lado do Gerard e esperava que não fosse preso, vamos ver se agora alguma coisa muda. 

— Mas pelo menos iriam ver alguma coisa — dei de ombros, eu não pude nem entrar com meu celular, mas vai que — precisamos da Emma.

Sabina me encarou, minha amiga já chorou horrores, acho que ela é a mais desesperada entre todos nós. Pedri está vindo para Madrid, ele apresentou desconforto na coxa esquerda ontem pela tarde, por conta da situação, o clube o liberou para vir a Madrid. Fermín não conseguiu e continua lá. 

— Emma não vai ajudar — Sabina rebateu, com os braços cruzados — mas eu tenho como pedir ajuda a uma pessoa.

— Eu tenho que voltar para o tribunal, estou tentando passar o caso do Gavi para Barcelona — Marc pegou sua pasta e colocou seu celular no bolso — eu sei que estão de cabeça quente, mas nada de fazerem algo de errado, mais uma pessoa na cadeia, não vai nos ajudar. 

Remember Me || Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora