vinte e nove: furtivo

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oi, queria fazer um capítulo melhor do que este, mas infelizmente sinto o bloqueio criativo chegando, então peço desculpas pela mediocridade... ;-;

ademais, espero que vcs imaginem o jk bem babygirl nessa fanfic pq o tanto que eu falo que ele parece com a mãe só faz sentido se ele for bem andrógino e parecer mais uma menina do que um cara de vez em quando kkkkkkkkkk foi mal ae, só percebi isso depois de escrever 29 capítulos ^^

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Kim Sungwoong não sabia o que era pior: a presença e as ameaças verbais de Taehyung, ou seu sumiço envolto em completo silêncio, causador de incertezas sobre o que estava fazendo e quando ressurgiria – ou pior, de que forma ressurgiria. Com um escândalo? Com uma morte? Quando se tratava do filho mais novo, Sungwoong não duvidava de absolutamente nada, a não ser de coisas boas.

Ao perceber que não conseguia trabalhar nem dormir em paz sem que as preocupações com Taehyung lhe dessem dor de cabeça, Sungwoong decidiu descobrir onde estava o filho e o que estava fazendo. Pensou em contratar um detetive particular outra vez, como fizera anos atrás, mas pensou que investigá-lo por si só, sem envolver terceiros, pudesse ser melhor. No entanto, sem saber onde o filho morava agora ou os lugares que frequentava, teve de apelar mais uma vez para os detetives, pensando em apenas descobrir seu endereço através deles. Poucos dias depois, Sungwoong estacionou o carro alugado perto da casa do filho e perdeu algumas horas observando a casa.

Podia ver que Taehyung estava em casa, já que as luzes estavam acesas, mas não havia nada para ver além disso. Vencido pelo frio e o tédio da quietude daquela casa, Sungwoong começava a pensar em voltar outro dia. Contudo, antes que pudesse ligar o carro, o portão se abriu e Taehyung saiu acompanhado de uma pessoa. De início, pensou que o filho estivesse com uma garota. A jaqueta preta comprida e grossa — que caía melhor para temperaturas bem mais frias do que daquela noite —, dificultava a visão de seu corpo e a gola mais alta cobria sua nuca. Era visível que seu cabelo era mais comprido do que normalmente usado por homens, mas não era uma visão boa o bastante para identificar qualquer coisa a respeito da pessoa com quem Taehyung estava. Além disso, usando aquela máscara preta, com somente os olhos à mostra, e a testa coberta por uma pequena franja bagunçada, tornava-se ainda mais difícil de entender quem era aquela pessoa ou qualquer característica física sua.

Os dois saíram pelas ruas, seguindo o mapa mostrado pelo celular de Taehyung. Conversavam em voz baixa, de modo que Sungwoong, que decidiu segui-los a pé, não conseguia ouvir. Depois de algum tempo, percebeu que estavam se deslocando até a feira noturna de artesanatos que acontecia de vez em quando em uma parte comercial da cidade. Cheia de luzes e comida, Sungwoong achava que devia ser um ambiente agradável para passeios e encontros.

A pessoa que acompanhava Taehyung andava alegremente ao seu lado. Pelo seu modo animado de andar e gesticular, Sungwoong supôs que ela fosse do tipo de jovem que vivencia tudo como se fosse a primeira vez. Eles pararam várias vezes para ver as barracas da feira, e Taehyung acabou comprando vários itens para a pessoa, itens que Sungwoong julgou femininos, como presilhas, laços de cabelo e pulseiras. Estava convencido de que era uma garota; talvez um pouco mais alta do que a média, mas era uma garota. Seria sua namorada...? Kim Sungwoong sempre acreditara que Taehyung jamais teria qualquer tipo de relacionamento amoroso, dada sua total falta de empatia e seu desinteresse em manter boas convivências sociais. Quando mandou que o seguissem logo após a saída da prisão, o filho nunca fora visto com alguém que não fosse Kim Namjoon, seu único amigo de infância que restou, e os colegas de trabalho, com quem raramente interagia. Taehyung havia trabalhado em lojas de conveniência, mercados, fábricas e feito bicos como entregador e até em barcos de pesca antes de ganhar muito dinheiro com seus livros, e mesmo tendo contato com uma gama diversificada de colegas de trabalho, nunca havia saído com ninguém, fosse homem ou mulher, fosse amizade ou interesse romântico. Por isso, o espanto de Sungwoong era enorme diante da afeição que Taehyung demonstrava pela pessoa com quem estava andando naquela noite.

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