oito: ardor

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aviso da namsahi: agora eu vou começar a descrever coisas realmente estranhas e obscenas :D

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"Podia-se ser violado sem o menor contato. Violado por palavras mortas que se tornam obscenas, e por ideias mortas convertidas em obsessões", D. H. Lawrence, O Amante de Lady Chatterley.


Amarrada com os braços para trás e nua, Jihyun estava encolhida no canto daquela cama enorme. As lágrimas e o esperma seco em suas bochechas começavam a irritá-la enquanto ela ouvia o som dos sapatos de Sungwoong pelo chão de madeira. Ele havia dispensado e pagado a outra garota, tomado banho e se arrumado completamente para voltar à sua casa e à sua família.

Jihyun se sentia humilhada como Sungwoong nunca fizera até então. Ela viera àquela casa escondida nas montanhas à espera de encontrá-lo carinhoso e sorridente, mas o que encontrara ao abrir a porta fora uma prostituta bonita e vulgar demais, que fora paga para não olhar para Sungwoong em momento algum e torturar Jihyun do jeito que ele a mandasse.

Ele fizera a garota de programa amarrar Jihyun, tocá-la e excitá-la com vibradores. Deixara que ela batesse em Jihyun, que enfiasse seus dedos nela e que arranhasse sua pele de um jeito doloroso. Depois de assistir a tudo com diversão, Sungwoong se juntara para foder a garota por trás, em cima do corpo amarrado de Jihyun, obrigando-a a assistir tudo e a chupar a prostituta. Jihyun havia implorado a ele para que não fizesse isso, mas seu choro era fonte inesgotável de prazer para Sungwoong. Ela sabia bem que chorar não adiantava nada. Sabia também que podia dizer uma única palavra e ele pararia tudo aquilo, mas ela não conseguia. Não podia. Sungwoong a odiaria por interromper seu prazer. E tudo que Jihyun mais queria era que ele se sentisse preenchido com tudo aquilo que somente ela podia lhe dar.

Então ela o obedecera pacientemente. E no final, fora esquecida no canto da cama enquanto os dois se arrumavam para ir embora e deixá-la ali.

Jihyun não entendia por que Sungwoong comprara aquela casa para se encontrarem se nunca ficavam mais do que três horas ali. Ultimamente ele apenas vinha, a tomava com violência e ia embora. Ela sentia falta dos dias em que ele apenas a abraçava e cuidava dela como se ela fosse uma criança que precisava de ajuda para fazer qualquer coisa. Jihyun amava tanto Sungwoong que suportava qualquer humilhação para tê-lo, mesmo não gostando daquilo tanto quanto ele queria que ela gostasse. Ou talvez ele tivesse tanto prazer com aquilo exatamente pelo fato de Jihyun não gostar — ela não tinha tanta certeza...

Ela fechou os olhos quando ouviu o som dos sapatos dele se aproximar.

— Jihyun-ah — ele falou com a voz grossa e estranhamente doce. Ela continuou de olhos fechados, humilhada. Sungwoong colocou as mãos nas cordas que a amarravam e a puxou para cima, obrigando-a a se sentar. Ele desfez todos os nós e retirou a corda, apreciando as marcas que havia deixado em seu corpo por todos os caminhos que ele fizera.

— Por que fez isso comigo? — Jihyun sussurrou, chorando. — Por que trouxe outra garota para cá? Não sou mais suficiente para você?

Ele sorriu, acariciando seu cabelo.

— É claro que é — ele a pegou no colo com cuidado e a levou até o banheiro. Jihyun amava aquele lugar porque se parecia com um onsen. Toda a parede em frente à banheira era feita de vidro, de modo que quem estivesse ali podia ver as árvores e o céu. — Você é a única garota para mim, Jihyun-ah.

Ela continuou a chorar enquanto ele a colocava na água quente da banheira quadrada. Chorou enquanto ele a ensaboava, lavava seu cabelo e tirava a sujeira de seu rosto. Não parou de chorar enquanto ele a ajudava a se secar, colocava uma toalha em seu cabelo, nem quando ele a ajudou a se vestir.

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