vinte e oito: posse

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olá! espero que estejam bem e tomando cuidado com os mosquitinhos da dengue! também espero que estejam gostando da fic e possam curtir o cap de hoje. adoro saber o que estão achando do enredo e dos personagens, então me contem, tá bem? <3 bjs!

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Jeongguk contava as horas para que Kim Taehyung aparecesse na casa de Jihyun. O escritor havia prometido que viria naquela noite para jantar e vê-lo sob a vigilância da mãe, e embora odiasse a ideia proposta, Jeongguk não tinha outra opção a não ser aceitar, pois, do contrário, não o veria. Segundo o estabelecido — que nunca levou em conta sua vontade —, encontrarem-se fora de casa estava fora de cogitação. Atribulado como estava, Taehyung nem mesmo lhe enviava mensagens nos últimos dias, e Jeongguk nem sequer tinha conhecimento de seus compromissos. Além disso, os encontros com Yoongi demandavam tempo e energia do violoncelista, de modo que só lhe restava esperar obediente e pacientemente por Taehyung.

Mas paciência era uma qualidade que havia desaprendido por completo desde que se envolvera com o escritor, e a menor das esperas era-lhe um sacrifício inexplicável. Estar separado de Taehyung chegava a lhe provocava reações físicas. Ele podia sentir por todo o seu corpo uma sensação estranha de ansiedade, como se sua pele estivesse pronta para se descolar de sua carne e procurar por si mesma o toque de Taehyung. Jeongguk sentia o cérebro anestesiando-se cada vez mais conforme as horas se estendiam sem sua presença, como se nada mais lhe fosse interessante, ou como se precisasse parar de sentir a dor causada pela ausência.

Nem mesmo os livros lhe eram agradáveis. Aos poucos, ler tornava-se uma atividade enfadonha e muito mais exigente do que antes. As palavras, as linhas, as páginas, tudo levava uma eternidade para ser alcançado, e o que antes ele amava e se dedicava por horas a fio, agora lhe parecia terrivelmente impossível. E dedicar-se a quatro leituras do mesmo livro, então, como costumava fazer antes, parecia-lhe ainda mais impensável.

Ele tentava se dedicar à leitura quando Kim Taehyung finalmente chegou à casa de Jihyun. Mãe e filho estavam na sala de estar, cada um em um sofá, lendo livros diferentes. Jihyun passava as páginas com rapidez, mas Jeongguk não conseguia sair da mesma página há longos minutos, lendo e relendo o mesmo parágrafo porque em nenhuma das leituras conseguia prestar atenção ao que estava escrito. Quando Taehyung apareceu acompanhado de uma das empregadas, Jeongguk saltou do sofá, jogando o livro para o lado, e correu até ele.

Jihyun avisou a empregada para arrumar a mesa de jantar enquanto Jeongguk abraçava Taehyung sem conseguir soltá-lo.

— Senti sua falta! — sussurrou o mais novo.

— Eu também — Taehyung passou a mão por seu cabelo. — Mas agora estou aqui.

Jeongguk assentiu com força, estreitando os braços ao redor de seu corpo.

— O que está fazendo aqui? — perguntou Jihyun.

— Vim conforme nosso acordo! — respondeu Taehyung, sorrindo. — Combinamos que eu encontraria Jeongguk apenas na sua casa, já esqueceu?

— Quem disse que concordei em ficar aqui vigiando vocês? — Jihyun franziu a testa com desgosto, mas não se levantou do sofá. — Francamente, quantos anos você tem, Kim Taehyung?

Apesar do que disse, a pianista estava curiosa com o que o escritor pretendia com toda aquela ideia, então ficou no mesmo lugar, sem largar o livro.

— E mesmo assim vai nos vigiar, não é? — Taehyung deu uma risada ao constatar que ela não sairia do lugar.

Os dois homens se sentaram no sofá onde Jeongguk estava antes. Sabendo que tinha os olhos vigilantes e curiosos de Jihyun sobre si, Taehyung apertou o joelho do violoncelista com seus dedos longos, subindo-os pela coxa.

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