XVII

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Pov Valentina Albuquerque Mazzaro.

Desde que chegamos na casa de praia eu comecei a acreditar mais ainda naquela frase, "um dia pode mudar toda a sua vida".

No momento em que chegamos lá, consegui sentir que entrei em uma bolha que tinha contagens para ser estourada. Toda a relação com a Luiza, os momentos bons com o Nick, as risadas com a Priscila e o Ricardo... porque a vida não poderia ser apenas isso? Porque tínhamos que passar por tantas dificuldades e complicações?

Hoje era segunda feira, a noite já se aproximava e estávamos dentro do carro indo rumo a minha casa na capital.

Ontem quando saímos da piscina, Nick pediu para que estendêssemos nossa estadia na casa por mais um dia pois ele queria brincar na praia; então assim fizemos. Como Luiza iria trabalhar apenas na terça, ela aceitou ficar também.

Passamos o dia na praia. Ricardo, Nick e Luiza correram com o Duque no mínimo uma hora, oque resultou no pequeno apagando no colo da Luiza quando vieram sentar onde eu e Priscila estávamos.

Eu e Luiza passamos o dia grudadas praticamente. Depois que ela colocou o Nicolas na cama ficamos na sala de cima assistindo filme. Claro que durante alguns momentos trocamos alguns beijos, nada além disso.

Durante a noite Priscila e Ricardo chamaram nós três para irmos até o centro da cidade em um barzinho. No início eu relutei um pouco por conta do que Luiza havia falado sobre a imunidade do Nick, mas ela me confortou e disse que não precisava me privar por isso, apenas viver com mais cuidado do que eu tinha antes. E confesso que foi melhor do que eu imaginava. A companhia deles era incrível. Eu e Luiza riamos o tempo todo enquanto Nick assistia alguma coisa no celular (e obviamente que ele quis sentar no colo da morena).

Saímos de Angra por volta das 16h. Já que durante a manhã Nicolas quis ir no mar e brincar um pouco na areia, nós resolvemos almoçar por lá mesmo.

Sem dúvidas a parte que eu mais odiava quando saíamos da casa de praia era deixar o Duque lá. Quando ganhei ele, a condição combinada com o Gustavo foi que o cachorro teria que ficar na casa de praia porque segundo meu esposo ele não queria ninguém "bagunçando a casa dele". Três vezes por semana um caseiro vai lá para olhar como ele está, passear, limpar e trocar a água e comida. Um dos meus maiores sonhos é trazer ele para morar comigo.

Estávamos presos no trânsito. Eu estava no meio, entre Luiza e Nick que dormiram quando saímos de lá e estão assim até agora. Nick estava agarrado no ursinho e com a cabeça escorada na cadeirinha, Luiza estava com a cabeça deitada no meu ombro e nossas mãos estavam entrelaçadas.

Pedi para Ricardo que fosse direto até a minha casa alegando que mais tarde eu levaria a morena até a casa dela, mas tenho que confessar que não passava de uma desculpa para convidar ela pra dormir lá em casa.

O caminho que normalmente durava entre 2h/2h30 hoje durou um pouco mais de 3h, o trânsito nesse Rio de Janeiro é doido.

— Vou deixar as malas lá dentro. - Ricardo diz e sai do carro, antes de ir até o porta mala ele abre a porta do lado que Luiza estava.

— Quer que eu leve o Nick? - Priscila diz.

— Não precisa, vou acordar a Lu e já pego ele. - ela concorda e vira a cabeça.

Durante o caminho eu avisei que os dois poderiam ir pra casa e aproveitar o resto da noite. Também avisei que eles não precisariam vir amanhã já que eu iria passar boa parte do dia no hospital com o Nick.

Agora eu teria que acordar essa pedra, no caso a Luiza.

— Lu, acorda. - com a minha mão livre eu começo a passar a ponta das unhas pelo rosto dela. Eu estava na esperança que ela acordasse mas ela se encolheu mais ainda, não aguentei e soltei uma risada. - Linda, chegamos.

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