XXIV

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Pov Luiza Campos.

— Vai ter que me tirar daqui! - Nicolas diz me mostrando língua e eu cruzo os braços para o pequeno.

— Você é um trapaceiro, não valeu!

Eu e Nicolas estávamos jogando dominó a um tempo, combinamos que quem ganhasse 5 vezes primeiro iria ter que fazer qualquer coisa que o outro pedir.

— Cheguei! - eu e Nicolas olhamos em direção a porta, naquele momento eu podia sentir a baba escorrendo. Valentina estava extremamente linda. - Luiza? - volto a realidade com a mulher estalando os dedos na minha frente.

— O-o-oi! - olho todo o corpo da garota e por fim volto a olhar para o rosto dela. - você tá linda!

— Obrigada. - Valentina sorri tímida. - E você garotão, se comportou? - Ela pega o pequeno no colo e beija a bochecha do mesmo.

— Sim! Mamãe, você sabia que a tia Lu vai me levar embora daqui? - Ela me olha com uma cara de confusa e eu nego com a cabeça.

— Ei, eu não disse isso! - me levanto e me aproximo deles.

— Disse sim! - o pequeno cruza os braços. - você disse que se eu ganhasse ia me tirar daqui.

— Ganhar oque? - Valentina pergunta.

— 5 partidas no dominó. - Valentina começa a rir. - oque foi?

— Sério que ele te dou o golpe do dominó? - Valentina pergunta ainda rindo.

— Mamãe, não conta! - Nicolas diz tampando a boca da mulher, agora eu que estava confusa.

— Como assim? - eu pergunto.

—Primeiro que ele nem sabe como jogar dominó, por isso sempre fala que você tem que começar. - Valentina começa. - Segundo que ele vai conversando com você e guardando as peças dele pra acabar mais rápido. Por isso ele sempre ganha.

— Você é um safado! - digo fazendo cócegas no pequeno que começou a rir no colo da mãe.

Nós ficamos por ali durante uns 30 minutos até que Igor chegasse para ficar com o pequeno. Nicolas ficou super feliz quando descobriu que o tio iria ficar com ele, mas também se chateou ao saber que a mãe iria embora.

— Te prometo que amanhã cedinho eu trago ela de volta, tudo bem? - Digo para o pequeno que agora estava no colo da outra mulher. Nós três estávamos juntos, praticamente abraçados, enquanto Igor estava sentado na cama.

— Você vem também? - eu olho pra Valentina que concorda.

— Óbvio príncipe. Mas o senhor não cansou de ficar comigo não? - ele nega. - então ta certo, amanhã to aqui com você mais uma vez.

— Te amo! - ele diz soltando Valentina e pulando para o meu colo.

— Eu também te amo, meu amor. - beijo a bochecha do pequeno.

— Vem também mamãe. - Nicolas diz puxando Valentina para o nosso abraço.

Depois de uma série de beijos e abraços, eu e Valentina finalmente saímos do quarto. O caminho até o carro foi em silêncio, Valentina abriu a porta do passageiro pra mim e voltou a caminhar até o banco do motorista.

— Tá tudo bem? - pergunto quando Valentina entra. Não sei porque mas algo me dizia que tinha alguma coisa errada.

— Preocupada. - ela diz começando a dirigir.

— Vou ser muito invasiva se perguntar com oque? - Valentina solta uma risada fraca e nega com a cabeça.

— Óbvio que não. Mas não é nada demais, coisa boba do trabalho. Inclusive, será que você me manda o número da sua irmã? - ela diz e eu a olho.

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