XLVII

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Pov Valentina Albuquerque.

Meu corpo inteiro gelou.

— Luiza. - ela levantou devagar e me olhou. - Sobe e deixa que eu falo com ele.

— Não vou te deixar sozinha. - ela diz visivelmente travada.

— Vocês querem oque, palmas? - ele começou a bater palma. - Que nojo!

— Não sai daqui. - eu sussurrei pra Luiza e me levantei. Caminhei até o Gustavo e parei de frente pra ele. - Que merda você tá fazendo aqui?!

— Que eu saiba essa casa aqui é minha e eu moro aqui.

— Não mora mais. Amanhã de manhã eu quero você no escritório pra assinar os papéis do divórcios. - Gustavo começou a rir. Eu odiava essa risada.

— Você tá pensando que é quem? - a voz dele ficou séria. - Uma vagabunda de merda?

— Lui - escutei uma voz atrás dele e nós dois viramos ao mesmo tempo.

— OQUE ESSE MENINO TÁ FAZENDO AQUI? - ele gritou e se virou pra mim.

— Léo, volta pro quarto. - Luiza levantou e caminhou até onde eu e Gustavo estávamos. - Por favor. - ele não se mexia.

— Gustavo. - foi a única coisa que ele disse.

— Oque você tá fazendo aqui? Cadê a porra da Vanessa?

— Léo, vamos. - Luiza tentou passar pelo Gustavo mas o mesmo segurou seu braço.

— Solta ela! - Léo chegou perto do Gustavo e começou a bater nele, eu me aproximei pra tirar ele dali mas foi tudo muito rápido. Gustavo empurrou o pequeno fazendo com que ele caísse pra trás.

— FILHO! - Luiza puxou o braço com força e conseguiu se soltar, eu corri até o Gustavo e entrei na frente dele.

— Vai embora Gustavo.

— Que merda essa criança tá fazendo aqui?

— VAI EMBORA GUSTAVO! - eu gritei e ele só revirou os olhos.

— Eu não vou embora, to na minha casa porra! - ele passou a mão pelo cabelo. - Quero esses dois fora daqui!

— Sai daqui você! Eles não vai sair. - eu disse.

— Valentina, você tem dois minutos pra tirar esses dois daqui. - ele segurou meu braço e apertou o mais forte que conseguiu. - Se não, eu não me responsabilizo pelo oque eu posso fazer.

No fundo eu escutava Luiza sussurrando que tudo ficaria bem e que o Léo não precisava ter medo.

— Gustavo, tá me machucando. - eu tentava me soltar mas era impossível. - Me solta.

— Você escutou oque eu mandei você fazer? Vai logo sua piranha. - ele me jogou pra perto deles com uma força bruta.

— Nós já vamos. - Luiza se levantou com o Léo no colo. O pequeno estava com o rosto enfiado no pescoço o dela. - Eu volto pra buscar vocês. - ela sussurrou e nesse momento meus olhos encheram de lágrimas.

O medo e o desespero tomaram conta de mim. Eu sabia muito bem oque o Gustavo era capaz de fazer.

— UM MINUTO! - Gustavo gritou e eu fechei os olhos.

— Vai. - abri os olhos e encarei a morena. - Se cuida. Eu te ligo assim que conseguir.

— Vai com

— POLÍCIA! - um grito. Luiza se virou e atrás dela, Giovanna entrava segurando uma arma.

— Merda. - escutei Gustavo atrás de mim, me virei e foi o suficiente pra ver ele correndo.

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