XXXIII

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Pov Valentina Albuquerque Mazzaro.

Quando eu acho que a vida não pode me surpreender mais, o dia a dia me mostra o contrário.

Luiza sumiu tem uma semana. As únicas notícias que eu consegui dela foram através da Duda ou da Manu, mas também era o mínimo do mínimo.

Nicolas estava na mesma. Ele continuava "dormindo", depois de saber que a Luiza ficaria fora por um tempo a Bárbara resolveu tirar a sedação dele. Foram dois dias sem, mas ao ver o pequeno reclamar tanto de dor ela preferiu que ele fosse sedado mais uma vez.

Sobre o Gustavo, estamos praticamente juntos novamente. Depois do episódio do hospital ele pediu para me encontrar e nós conversamos sobre.

flashback on - 6 dias atrás.

Hoje completou dois dias da minha "briga" com a Luiza, desde então eu não tinha saído do hospital. A única coisa que me importava estava ali e não tinha sentido eu sair daqui.

— Filha? - desviei o olhar pra porta e vi minha mãe entrando.

— Mãe? - fechei o computador e fui até a porta. Ainda não estava liberado mais de um acompanhante no quarto, entao fui pra fora do quarto com ela. - Oque você tá fazendo aqui?

— Gustavo me pediu para vir aqui ficar com o Nick enquanto vocês conversavam. - Não é possível.

— Mãe, avisa para o seu genro que não é necessário pois não temos nada pra conversar. Mas obrigada por ter vindo. - me virei pra entrar no quarto de novo mas ela segurou meu braço.

— Filha, dá uma chance pra ele. - me segurei muito para não revirar os olhos. - Ele tá te esperando no estacionamento.

Com muito custo minha mãe me convenceu de sair. Deixei um beijo no meu filho e peguei minha bolsa indo até a porta do hospital. De longe vi o Gustavo encostado no carro enquanto falava no telefone. Caminhei até lá da forma mais lenta possível. Quando cheguei perto, ele desligou o celular e guardou no bolso. Ele sorriu e eu fui obrigada a fazer o mesmo.

— Fala. - parei a alguns passos dele e cruzei os braços.

— Oi Tina. - ela se aproximou de mim e deixou um beijo na minha bochecha. - Vamos almoçar?

— Gustavo, eu não quero deixar o Nick aqui sozinho.

— Sua mãe vai ficar com ele, vamos!

Por fim aceitei ir. Assim que entramos no carro, vi que Ricardo estava dirigindo. Com o Gustavo junto ele e Priscila se tornavam mais reservados, coisa que eu achava horrível.

O caminho foi em silêncio, ele usando o celular enquanto eu observava a cidade.

Paramos em um restaurante beira mar, um dos nossos favoritos. Gustavo pediu para que o Ricardo fosse buscar algo, então nós dois entramos e sentamos em uma mesa mais afastada.

Gustavo pediu uma garrafa de vinho branco e escolheu nossos pratos.

— E então? - Digo depois do garçom sair.

— Oque? - Gustavo toma um pouco do vinho e me olha. Ele tá zoando com a minha cara?

— Você me chamou pra conversar, eu que te pergunto oque!

— Ah sim. Fiz os exames pra ver a compatibilidade com o Nick, os resultados vão sair amanhã.

— Você quer que eu te agradeça por fazer o mínimo?

— Valen, - a mão dele segurou a minha por cima da mesa. - sei que errei.

— Gustavo, você sumiu sem falar um A! Nosso filho ficou doente e você não respondeu ao menos uma das mensagens que eu mandei. - eu já sentia vontade de chorar. - Você me deixou sozinha em dos piores momentos da minha vida.

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