XLVI

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Pov Valentina Albuquerque.

O frio na barriga que eu tinha com a Luiza era algo que eu nunca senti na vida. Ter nossos lábios grudados era como colocar mil borboletas agitadas na minha barriga.

Ficamos durante um tempo apenas com os lábios grudados até que Luiza se afastou, interrompendo o contato.

— Eu não vou te pedir desculpas. - Eu disse. Nossos rostos continuavam praticamente colados. Uma lágrima solitária desceu. - Ou eu vou. - ela riu e eu acompanhei.

— Agora é de felicidade. - eu limpei a lágrima dela e permaneci segurando o rosto dela. - Eu esperei tanto tempo pra te beijar de novo.

Luiza não me deu tempo nem pra pensar e me beijou. Caramba, o beijo dela é melhor do que eu lembrava.

Nosso beijo se iniciou sem pressa, nossas línguas estavam em perfeita sincronia. Não tinha malícia, ali estavam duas mulheres que se amavam e sentiam falta desse contato.

Depois de um tempo assim, Luiza finalizou o beijo com uma série de selinhos. Quando abri os olhos, encontrei o meu par de olhos favoritos.

— To com vergonha agora. - Luiza se afastou um pouco e tampou o rosto com as mãos, eu apenas ri.

— Cadê a Luiza atacante? - Eu fiz cócegas na barriga dela, a mulher logo tirou a mão da cara e começou a ri. Eu não parei.

— Valen, para. - ela disse entre risadas. - Por... favor! - ela disse ofegante e eu resolvi dar uma trégua.

— Só porque eu gosto um pouquinho de você. - eu fiz um gesto com a mão representando o pouco.

— Ae senhora Albuquerque? - ela se aproximou de mim mais uma vez. - Gosta só um pouquinho?

— Hurum. - eu cruzei os braços.

— Engraçado que na minha memória você disse que me amava a poucos minutos! - ela deixou nossos rostos próximos, bem próximos!

— Engraçado menina, eu não me lembro de nada. - eu desci a mão até a cintura da morena e segurei a região.

— É, acho que o acidente não te fez muito bem mesmo. - ela negou com a cabeça e se afastou do meu toque, ficando de pé. - Já que você não me ama eu vou embora.

— NÃO! - eu segurei a mão dela e a puxei pra cama. Luiza desequilibrou e acabou caindo por cima de mim, oque me fez ter uma crise de riso (e óbvio, sem soltar ela).

— Se você continuar rindo de mim, eu vou embora! - ela disse tentando levantar, mas nada.

— Ai que drama. - aproveitei que nossos rostos estavam pretos e deixei um selinho nela. - Eu te amo. Satisfeita? - Luiza sorriu.

— Fala mais uma vez? - ela se arrumou na cama e deixou praticamente em cima de mim.

— Eu te amo, eu te amo, eu te amo. - dei vários beijinhos nela em seguida. - Quer que eu fale mais algo?

— Não pre

— EU TE AMO LUIZA CAMPOS. - eu dei um grito e ela começou a rir.

Eu não me importava se alguém fora do quarto iria escutar, eu só precisava dizer aquilo.

Eu amava a Luiza e iria fazer questão de demonstrar isso todos os dias da minha vida!

UMA SEMANA DEPOIS

Finalmente, casa!

Fiquei o tempo necessário pra observação no hospital, mas ser amiga da médica me ajudou a ter uma saída mais rápida.

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