Capítulo 7

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Capítulo não revisado, pfvr relevar os erros ortográficos...

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Harry voltou para a sala comunal em silêncio e passou por seus amigos — Hermione estava chorando e Rony a consolava desajeitadamente, esfregando suas costas distraidamente — sem demonstrar a menor hesitação.
As lágrimas de Hermione não o comoveram, ele não conseguia se sentir culpado por tê-la afastado bruscamente. Ele estava cansado de ver todos decidindo por ele, tanto o que ele deveria fazer quanto para quem ele deveria ou não olhar. Talvez tenha sido uma reação exagerada, mas ele precisava de liberdade, precisava escolher por si mesmo pelo menos uma vez. Ele decidiu com uma pontada no coração que se seus amigos não entendessem, então eles não eram realmente seus amigos...

Ele aproveitou a chegada de alguns alunos pouco antes do toque de recolher para sair da sala comunal, permanecendo no corredor por um breve momento antes de seguir lentamente em direção ao banheiro feminino no segundo andar.

Ele demorou para chegar lá, ocasionalmente olhando o mapa para ter certeza de que Malfoy não estava se movendo. Ele estava curioso para saber o que o sonserino poderia estar fazendo, sozinho no banheiro, e com medo do que poderia descobrir... Será que Malfoy estava pensando em abrir a Câmara Secreta? Será que ele descobriu que a entrada estava ali?

Na porta do banheiro, Harry aproveitou o tempo para murmurar “Malfeito Feito” enquanto tocava o Mapa do Maroto com sua varinha e tirava sua capa de invisibilidade, guardando-a cuidadosamente no bolso junto com o pergaminho agora em branco. Ele lambeu os lábios e avançou para ver o que estava acontecendo dentro da sala, tentando ser o mais discreto possível.

Malfoy estava de costas para ele, com as costas curvadas, encostado na pia de porcelana, a cabeça baixa. Sua postura expressava o mais profundo desespero e Harry permaneceu em silêncio, incapaz de falar, sem saber o que deveria dizer ou fazer. Certamente, Malfoy ficaria furioso por ser pego em uma posição tão fraca.

Harry teve que admitir que estava perturbado com o comportamento do sonserino. Ele nunca imaginou que seu rival pudesse ser tão vulnerável e seu desespero o tornava terrivelmente humano. Mesmo jurando que odiava Malfoy, Harry não conseguia permanecer indiferente à sua situação. Queria aproximar-se dele e estender-lhe a mão, oferecer-lhe ajuda espontaneamente.

De repente, o adolescente à sua frente soltou um soluço ao bater na beira da pia, visivelmente no limite dos nervos, perto de quebrar.

Fascinado, Harry entrou lentamente na sala, incapaz de desviar o olhar. Naquele momento, Malfoy não era mais um inimigo. Ele era tão vítima quanto ele próprio, preso por escolhas feitas muito antes de ele nascer. Ele não sabia o que dizer, mas tentaria fazer as pazes com ele. Harry sentiu que precisava dar o primeiro passo em sua direção, de uma forma ou de outra. Malfoy era orgulhoso demais para pedir ajuda, para admitir que estava impressionado com os acontecimentos.

Ele estava novamente na entrada dos banheiros quando tropeçou acidentalmente, revelando sua presença. Imediatamente, Malfoy pulou violentamente e enxugou os olhos com a manga da camisa quase freneticamente, antes de se virar, com a varinha na mão, uma careta de ódio distorcendo suas feições. Se não fosse alvo da fúria do sonserino, Harry provavelmente teria admirado seus reflexos e a fluidez de seus movimentos. Obviamente, Draco vinha treinando para lutar desde o ano anterior. Ele estava muito mais preparado do que durante os últimos confrontos...

Houve um breve momento de hesitação onde eles se encararam em silêncio, quase surpresos ao se encontrarem cara a cara. Eles se entreolharam, varinhas em mãos, desconfiando silenciosamente um do outro, um pálido reflexo do primeiro duelo que tiveram no segundo ano.

Houve um breve momento em que tudo estava pronto para mudar, onde eles poderiam decidir lutar ou... algo mais. Alcançando, entendendo que eles não eram tão diferentes. Harry estava prestes a falar, abrindo a boca para dar o primeiro passo.

Então o rosto de Draco se transformou em uma careta amarga, quase de raiva, e ele lançou o primeiro feitiço, um diffindo que Harry evitou facilmente. Ele respondeu com um expelliarmus e algo explodiu atrás dele, enquanto ele corria para se proteger, derrapando nos ladrilhos molhados, o coração disparado e a adrenalina correndo em suas veias.

Os feitiços voaram por alguns longos minutos, então Draco tentou lançar uma Maldição Cruciatus. Harry se esquivou facilmente e o olhar desesperado de Draco não escapou do grifinório, mas este só estava pensando em se defender e de repente se lembrou de um feitiço anotado no livro de poções do príncipe mestiço. Um feitiço “contra seus inimigos”. Sem pensar mas, Harry levantou-se para encarar Malfoy e lançou o feitiço com voz clara, franzindo a testa.

— Sectumsempra!

Ele não tinha ideia do que esse feitiço faria. Ele nem tentou entender o que esse feitiço realmente faria, ele apenas tinha se lembrado do feitiço no meio da luta, enquanto tentava desarmar Malfoy sem ser ferido. Foi totalmente estúpido lançar um feitiço desconhecido como aquele, sem saber as consequências. Pelo menos foi o que ele pensaria mais tarde, muito mais tarde...

O raio de luz roxo profundo explodiu de sua varinha e atingiu Draco bem no peito. O sonserino parou de repente, olhando para Harry com os olhos arregalados, antes de cair no chão como uma marionete desarticulada. Enquanto ele estava deitado de costas e imóvel, com a varinha fora de alcance, Harry avançou com cuidado, mordendo o lábio de medo.

Então, Draco fez um som abafado e gorgolejante e ao mesmo tempo, uma mancha vermelha apareceu em sua camisa branca, crescendo pouco a pouco, como o desabrochar de uma monstruosa papoula sanguínea.

Harry não entendeu imediatamente o que estava acontecendo. Ele franziu a testa, mas foi quando o líquido vermelho fluiu por baixo do corpo de Draco, espalhando-se em uma poça escura ao seu redor — contrastando com sua pele clara, seu cabelo claro e sua camisa branca — que Harry percebeu que era sangue. O sangue de Draco Malfoy, derramado por causa dele.

Promasse de Sang ( Tradução )Onde histórias criam vida. Descubra agora