Os dias de férias se passaram rapidamente, assim como papai e pulga, eu e mamãe também tínhamos que voltar a trabalhar.Eram por volta das 17:45 horas quando chegamos em casa, desfizemos nossas malas, pedimos uma pizza e ficamos conversando por algum tempo, após uma viagem um pouco longa e dias bem agitados, era uma paz ter uma noite tranquila.
—Dorme aqui hoje, Pulga—Mamãe o chamou, um sorrisinho se formou em seu rosto.
—Eu bem queria, mas tenho que ir em casa, os gatos deve' ta' sem ração—Minha mãe apenas assentiu.
—Posso ir na sua casa com você? to com saudades dos meus filhos—Perguntei para o mais velho.
—Vamo lá, a pizza vai demorar chegar—Nos levantamos e caminhamos até a porta.
—Não é pra demorarem—Falou papai em tom sério—Escutou né, Isadora?—Assinto e reviro os olhos.
—Vamo logo—Tomei a frente, saindo de pressa.
—O que que foi?—Perguntou desentendido.
—Esse cara me estressa, me trata feito uma criança—Bufo e continuo andando em sua frente.
—Nois' acabou de chegar de viagem, dá uma segurada ai—Repreendeu minha atitude.
—Meu pai é outro, ta?—Vejo seu balançar de cabeça e olhar de "tanto faz".
—Se for pra ficar com essas atitudes de criança ai é melhor nem começar—Respondeu direto e um pouco irritado.
Seguimos o caminho em silêncio e ambos estavam irritados, sei que tratar meu namorado desta forma não é o correto, mas em certos momentos não consigo deixar de ser ignorante, esse é com certeza o meu maior defeito.
Assim que chegamos na porta da casa de Pulga o homem pega suas chaves e começa a destrancar o portão, logo dando espaço para que eu passa-se, e assim fiz, logo consigo ver os pequenos filhotes de gatos brincando pelo quintal.
—Lindinhos—Chamo os filhotes com uma voz fina e me agacho para brincar com eles—Olha amor, que bebezinhos!!—Nossos olhares se cruzam e o mais velho sorri.
—São fofos, parecem um pouco com você—Sua voz em tom baixo e suave entrou em meu ouvido, sorri para ele e voltei a olhar os filhotes.
Fiquei por um bom tempo cuidando dos filhotes, dando ração e trocando suas águas, enquanto Pulga fazia qualquer outra coisa dentro da casa, me peguei pensando em nossos momentos juntos, sorrisos, seus carinhos, nossas brigas, até finalmente deixar o orgulho de lado e chamá-lo para conversar.
Caminhei pela casa em passos lentos, não demorei para encontrá-lo, eles estava na cozinha, sentado em uma das cadeiras e tomando um copo d'água, segui o caminho até ele até finalmente parar em sua frente.
—Você tá bem?—Perguntei com a voz suave, logo seu olhar pairou sobre mim.
—To sim, vida—Assentiu e segurou minha mão, pude sentir meu coração acelerar, como se fosse a primeira vez que nos vimos.
—Quero te pedir desculpas, você tava certo sobre as minhas atitudes serem infantis—Puxei a cadeira que estava ao seu lado e me sentei.
—Relaxa, a viagem foi estressante pra você e também to ligado que seu pai chapa demais você—Sua mão passou em meu cabelo, deixando um carinho ali.
—Realmente, mas não é justo eu descontar meus problemas em você, você não merece isso—Entrelaçamos nossas mãos e um beijo é distribuído em minha testa, por ele.
—Fica suave, eu conheço seu jeitinho e sua marra, Eu amo você independentemente das suas atitudes—Respondeu com a voz baixa—Mas a gente vai resolvendo isso ai—Se referindo a eu descontar as coisas nele.
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CRIME E AMOR - PULGA
FanfictionOnde Pulga torna Isadora sua "protegida", cuidando dela como pode e a deixando longe de seu envolvimento com o crime.