- Filha você não acha melhor ficar em casa hoje? - perguntou apoiada na porta de meu quarto.
- Não, já combinei de ficar com pulga - digo simples e ela caminha até minha cama se sentando ali.
- Vocês estão namorando? - perguntou curiosa.
- Não sei, ele diz que sim porém, não ouve nenhum pedido da parte dele. - respondo e ela me olha.
- Você gosta desse rapaz? - continuou me fazendo várias perguntas.
- Gosto! Mas pra que todas essas perguntas? - cruzo os braços na altura de meus peitos e a olho.
- Por nada, só queria saber sobre seu sentimento por pulga, faz tempo que não conversamos. - respondeu e sinto um aperto em meu peito.
- Verdade, amanhã a gente pode fazer alguma coisa só nós! - sorrio de canto e ela concorda.
- Ele vai vir te buscar? - perguntou e confirmo.
- Ele deve tá vindo já são quase oito horas. - digo e fomos até a sala.
- Vai pra onde desse jeito? - perguntou meu pai me olhando de cima a baixo.
- Pra casa do pulga! - solto e o mesmo se engasga com os salgadinhos que ele comia, arregalo os olhos e tento segurar a risada.
- Inacreditável, perdi minha filha pra esse moleque! - disse olhando para minha mãe que deu os ombros.
- Acho que se inspirou em mim! - respondeu mamãe e a encaro com deboche.
- Coitada em dona Maria! - falo e a mesma ri de minha fala.
Fico alguns minutos na sala com eles e ouço uma buzina de moto, suponho que seja Pulga e rapidamente me levanto do sofá indo até o portão. Vejo o rapaz tirando seu capacete e saindo de cima da moto vindo em minha direção, assim que chegou perto de mim envolvo meus braços em seu pescoço enquanto suas mãos iam de encontro com minha cintura.
- Senti saudades suas! - Disse baixo perto de meu ouvido.
- Eu também senti! - Falei me separando de nosso abraço e o chamo para entrar.
- Só vou pegar a chave da moto e já entro! - Resolvo esperar o garoto que não demora nada.
Entramos e os olhos de meus pais foram diretamente para Pulga que manteve a postura firme.
- Boa noite! - diz assim que entramos.
- Boa noite, pulga! - Minha mãe sorri para ele que retribui com um leve sorriso.
- Eai, Pulga. - diz meu pai enquanto o olha.
- Vou pegar minha mochila e a gente já vai! - falo para ele que balança a cabeça em concordância.
- Ta com quantos anos, Pulga? - Ouço minha mãe perguntar assim que chego na sala novamente.
- Dezenove anos! - respondeu e minha mãe assente.
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CRIME E AMOR - PULGA
FanfictionOnde Pulga torna Isadora sua "protegida", cuidando dela como pode e a deixando longe de seu envolvimento com o crime.