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Algumas horas após o almoço começo a me preparar para sair, meu namorado desentendido me olha confuso, apenas ignoro e continuo a me arrumar

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Algumas horas após o almoço começo a me preparar para sair, meu namorado desentendido me olha confuso, apenas ignoro e continuo a me arrumar.

-Vai pra onde assim?-Se sentou na cama me olhando pelo reflexo do espelho.

-Não te interessa-Continuei a ajeitar meus cabelos e dou uma olhada para ele pelo reflexo.

-É assim agora?-Bufou ainda me olhando.

Decidi não falar mais nada, apenas terminei de me arrumar e chequei o horário, tinha um compromisso mas nada importante.

-Beijos!-Mandei beijo pelo ar e me vire para vê-lo.

-Sai daqui-Diz bravo comigo, levei uma mão até meu peito, fingindo um drama.

-E eu vou-Levanto os ombros e sigo até a garagem.

-Não vai falar pra onde vai?-Questionou ainda bravo.

-Ai como você é insistente, garoto!-Me virei cruzando os braços.

-Insistente nada, quero saber pra onde minha mulher ta indo ué!-Ele estava certo, bufei e descruzei os braços, cedendo a falar.

-Vou fazer compras-Me encarou com tédio e raiva.

-Era isso?-Assenti e ele balança a cabeça.

-Porra, pensei que era qualquer outra coisa, achei até que tava indo ver outro cara-Falou enquanto eu andava até meu carro, destravando e adentrando no mesmo.

-Acorda né, não dou conta nem de você, quem dirá de mais um!-Sorriu ao ouvir minha frase e se aproximou.

-Posso ir contigo?-Confesso que fiquei surpresa com sua pergunta.

-Pode, mas quer ir porque?-Questiono e ele levanta os ombros.

-Vou ficar aqui sozinho e o Nando não precisa de nada por agora..-Segurou a porta de meu carro e eu concordo em deixá-lo ir.

-Se troca, não vai querer ir assim né?-Deu um sorrisinho ao perceber que estava sem camiseta.

-Tá muito afiadinha você!-Semicerrou os olhos e apenas desviei o olhar, ligando o carro em seguida.

Estávamos a caminho do supermercado, conversávamos o trajeto todo, as piadas de quinto ano e o humor ácido não podia faltar, chegamos no estacionamento e estacionei em algum lugar por ali e descemos, travo o carro e fomos andando até a porta do supermercado.

-Amor, eu tava pensando da gente ir pra praia-Me olhou pensativo por alguns segundos.

-Não sei se ia dar-Segurou minha mão enquanto caminhávamos para dentro do local.

-Porquê?-Procuro por um carrinho de supermercado e logo avisto um.

-Meu trampo-Solto sua mão para empurrar o carrinho, sentindo sua presença ao meu lado.

-Entendi-Caminhamos juntos ao lado direito do mercado, fui pegando algumas coisas importantes para a casa e também consumo.

-Eu posso ver com o Nando-Dei os ombros e continuei a andar.

-Vai ficar puta comigo agora?-Questionou e me virei para ele.

-Vou, porra, você quase não tem tempo pra nós!-Bufou e o encaro.

-Se envolveu comigo já sabendo-Deu os ombros e saio andando em sua frente.

Continuei as compras e quando percebi que tinha pegado tudo o que eu queria, fui até o caixa, onde tinha uma fila um pouco grande, pego meu celular e vejo que eram três e trinta e oito da tarde, estava ignorando Pulga por algumas horas, tentando esquecer a raiva que eu estava.

-Amor, vai pegar doce?-Perguntou com três barras de chocolate em mãos.

-Não-Diz ríspida implorando pra fila andar.

-Ainda tá puta?-Ignoro sua pergunta ficando de costas para ele.

-Porra..desculpa, tá?-Se desculpou pela sua fala de algumas horas atrás e dei os ombros.

-Tudo bem, esquece isso-Minha voz sai calma e sua mão acaricia meu cabelo.

-Demora de fila-Reclamou e dei uma risadinha.

Alguns minutos se passam e finalmente a fila andou, chegando minha vez, com a ajuda de Pulga fui colocando as compras em cima do balcão, a atendente foi bem simpática e ágil, as coisas ficaram um pouco cara, mas nada demais, apenas paguei e saímos com as sacolas dentro do carrinho de compras.

-Tá ligando pra quem?-Olhei para ele que estava com o celular na orelha.

-Com o Nando-Dei os ombros continuando a andar.

Deixei ele conversar com o Nando pelo telefone, enquanto colocava as sacolas de compras dentro do porta malas do carro, assim que terminou de conversar veio me ajudar, assim que acabamos fecho e tranco o porta malas, meu namorado leva o carrinho de compras de volta para o mercado enquanto eu esperava por ele dentro do carro.

-Uma senhora caiu dentro do mercado-Falou assim que abriu a porta do carro.

-Tadinha!-Seguro a risada por imaginar a cena, me olhou com julgamento e não aguentei.

-Você é ruim, isadora!-Deu risada, colocou o cinto de segurança e me olhou.

-Você ajudou ela a levantar?-Perguntei me recompondo.

-Ajudei, mas quando eu sai do mercado comecei a rir-Balanço a cabeça com um sorriso no rosto.

-Coitada da senhora-Dou partida no carro e saio com o mesmo.

-Eu conversei com o Nando-Dei uma olhada para ele, que colocava uma música.

-Sobre o que?-Imagino que seja assunto do "trabalho" dele.

-Queria saber se ele ia precisar de alguma coisa por essa semana e na próxima-Levanto as sobrancelhas e assinto.

-Entendi.-Ajeitei o cinto de segurança enquanto dirigia.

-Ele disse que não vai precisar, me deu meio que uma folga, vamo descer pra praia!-Dei um sorrisinho olhando para ele, porém não criei tanta expectativa.

-Podemos chamar meus pais?-Perguntei receosa, sabia que ele e meu pai não se davam muito bem.

-Pode ué-Pousou a mão em minha coxa, dando um aperto na mesma.

-Mas em qual praia a gente podia ir?-Fico animada.

-Em casa a gente vê isso, tá?-Perguntou e assenti.

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CRIME E AMOR - PULGAOnde histórias criam vida. Descubra agora