Everywhere, Everything - Billie Eilish

The key to my heart

tenho algo a dizer pra vcs:

essa fanfic já está completa porém os outros capítulos estão no rascunho. querem que eu poste tudo de vez ou que eu vá aos pouquinhos??
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- Semana que vem já tenho que voltar a trabalhar - Bufou - Queria que meu atestado durasse mais um pouco.

- Mas durou bastante, Ann - Disse Billie - Aliás, quer sair amanhã comigo?

- Pra onde? - Lhe fitou.

- Pra qualquer lugar. Amanhã não vou dar aulas, e como você ainda tá com atestado... pensei em passarmos a manhã juntas - Comentou. Annelise sorriu, assentindo rapidamente.

- Queria ir no parque, sei lá. Observar as crianças brincarem, os animais. Mas provavelmente amanhã vai chover - Espremeu os lábios, bufando.

- Pensei que gostasse de chuva.

- E eu gosto. Adoro chuva. Mas não dá pra sentar numa grama toda molhada, ou dá? - Arqueou a sobrancelha.

- Você já sentou em outra co-

- Ei - A interrompeu - Não ouse - Billie gargalhou.

- Me desculpe. Mas sim, espero que não chova pelo menos amanhã - Suspirou - Estou com sono.

- Eu tô sem sono nenhum, mas não dormi tanto - Comentou - Acho que quero muito ficar com você, do seu lado, e isso me deixa sem sono.

- Mas você me tem do seu lado sempre, não fique ansiosa. Venha cá, deite ao meu lado - Disse lado.

Annelise estava sentada na cama de Billie, que estava deitada enfurnada entre os cobertores quentes. Annelise fez o que Billie disse, entrou dentro de todos os cobertores que haviam ali e se ficou ao seu lado, tendo Billie lhe abraçando.

Annelise lhe selinhos doces na boca, juntando a testa das duas e sentindo a respiração de cada uma bater no rosto de ambas.

- Na sua casa parece fazer mais frio do que em qualquer outro lugar - Disse Annelise, se agarrando mais a Billie.

- É porque tem muitas árvores por aqui, e apesar de estarmos no outono as folhas delas não caíram totalmente.

- Não estou reclamando. É bom ficar aqui assim... grudadinha em você.

- Tudo bem. Mas se você quiser que eu te deixe mais quente - Abriu um sorriso curto, Annelise riu, lhe dando um tapa fraco no braço.

- O que está havendo com você hoje, hein?

- Me desculpe, estou no meu período - Sorriu amarelo - Quer que eu faça uma sopa pra você?

- Não precisa, estou sem fome.

- Certeza? Posso fazer chocolate quente também, já que não está frio. Aqui tem leite de amêndoas, mas se não gostar eu posso ir comprar o tradicional pra você.

- Billie, não precisa. Estou bem. Só quero ficar ao lado - Disse, lhe dando mais alguns selinhos na boca - Se continuar me paparicando desse jeito, vou ficar mal acostumada.

- Eu gosto de mimar você - Deu de ombros, se aconchegando mais em Annelise.

- Não te mimo tanto, né? - Perguntou tristonha - Me desculpe. É porque praticamente todo o meu dinheiro vai pra facul-

- Ei, Ann - A interrompeu - Pode parar, ok? Está tudo bem. Você me mima, sim. Toda vez que diz que me ama, que me enche de beijos do pescoço. Pra mim, isso tudo é mimo. Além de você cozinhar pra mim, se preocupar se estou bem ou não... são tantas coisas. Não precisa necessariamente ser presentes.

- Hm - Murmurou - Os presentes que posso te dar são cartinhas, coisinhas feitas a mão. Eu sei fazer flores de papel, sabia? Não posso te dar tantos presentes comprados.

- Quero que faça uma florzinha de papel pra mim, pode? - Annelise assentiu - E quero todos os presentes feitos a mão que você pensar. Vão ser os melhores que vou ganhar em toda a minha vida.

- Quando você me dar livros novos, presentes e essas coisas, me sinto mal, porque não posso retribuir da mesma forma - Suspirou.

- Não se sinta mal. Te dou porque eu te amo e porque é minha forma de amar você. Não precisa me retribuir em nada, minha vida. Eu já te disse, apenas me deixe te amar, te beijar e te dizer o quanto sou louca por você.

- Eu te amo tanto - Respondeu - Nunca vou me cansar de te dizer isso.

- Eu te amo mais, anjo. E pode me dizer quantas vezes quiser, eu adoro quando você me fala isso - Annelise sorriu, observando o sorriso tímido de Billie.

Reparou em seus detalhes, em como ela era linda. O quão perfeita era e o quanto era dela, só dela.

Todo o amor que sentia em seu coração, parecia aumentar quando via ela, quando a beijava, tocava, abraçava.

De uma hora para outra, uma curiosidade se despertou em sua cabeça. Suspirou, porque sabia que Billie não ia querer falar sobre aquilo. Seu segundo relacionamento.

- Ei, o que foi? - Perguntou Billie, Annelise negou - Me diz, o que houve, hm? Sabe que pode me contar tudo o que quiser.

- Não é nada demais - Sorriu fechado.

- Odeio quando faz isso - Comentou - Fala, Ann. Vou ficar curiosa.

- Queria te perguntar sobre seu segundo relacionamento - A expressão de Billie se tornou neutra - Mas sei que não quer falar sobre isso.

- Por que quer tanto saber sobre isso? - Annelise deu de ombros, desviando o olhar - Eu te deixei insegura em algum momento? Se sentiu mal com alguma coisa sobre isso?

- Não, Billie. Só fiquei curiosa - Sorriu fechado novamente - Está tudo bem. Não preciso saber.

- É tudo passado, Ann.

- Eu sei, não quero te forçar a contar.

- Talvez amanhã você saiba, ou depois, ou em breve - Disse, ainda com a expressão neutra - Mas um dia você vai saber. Só não agora. É sensível pra mim.

- Está tudo bem, me desculpe tocar nesse assunto. Não queria deixar você mal.

- Não se desculpe por isso, Annelise, nunca - Annelise lhe fitou, Billie lhe obervava - Está bem? Nunca me peça desculpas sobre esse assunto.

- E eu posso saber o porquê?

- Porque você me tirou disso - Respondeu - Foi com dezesseis anos, durou até os meus dezoito ou dezenove. Mas eu ainda pensava naquilo. Até conhecer você. Entende o que eu digo? Você me tirou daquilo.

Annelise continuou lhe encarando.

- Toda vez que eu te olhava, você me parecia me entender, mesmo nunca termos nos falado - Disse Billie - Era como se eu falasse por telepatia, para que você me tirasse daquilo. Daquele abismo que virou minha mente. Fico bem hoje por você.

- Eu não sabia disso - Murmurou - Sinto que conheço você a vida toda.

- Sinto isso. Te conheço pelo seu olhar, sei o que provavelmente pensa, o que quer. Sei que se sente insegura em relação ao meu antigo relacionamento por eu não ter te contado. Mas não precisa, Ann. Meu coração é só seu. E eu te amo tanto que esse amor leva toda a minha alma.

Annelise suspirou, desviando o olhar para outro canto. Estava envergonhada.

- Nunca se esqueça de que eu sou só sua - Acariciou a bochecha de Annelise docemente, e aquilo fez com que ela lhe encarasse.

- Eu te amo - Disse Annelise. Billie sorriu, lhe dando um selinho demorado.

- Eu sempre fui sua, Ann. Mas eu morava muito longe. O destino juntou a gente. Você sempre teve a chave do meu coração, mas ele sempre esteve aberto pra você então nunca precisou usá-la.