disse que seria só mais tarde, mas aqui está ele 🥹 juro que a noite (ou no fim da tarde) solto mais um.
eu achei esse capítulo bem capenga pra falar a verdade. ainda não chegou na parte boa né, mas eu juro que essa parte já está chegando 😉
até mais tarde! ❣️
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..- Quer dormir agora? - Perguntou Billie.
As duas estavam assistindo um reality show, que dizia Billie ter assistido repetidamente algumas vezes.
- Tanto faz - Disse - Se quiser ir...
- É porque já enjoou - Apontou pra TV. Annelise apenas riu.
- Então pode ir dormir.
- E você? - Annelise a encarou.
- Durmo aqui, ué - Disse simplista.
- Claro que não. Vai dormir comigo, na minha cama. Esse sofá é duro, não vai dormir aqui.
- Billie, não quero incomodar - Murmurou - Durmo aqui mesmo, só preciso de um cobertor.
- Para de bobagem - Pegou em sua mão - Eu não mordo, Ann - Annelise pôde ouvir ela murmurar algo depois só pra ela - O máximo que eu vou pedir é pra você me abraçar durante a noite.
Annelise acabou rindo.
As duas foram dormir, Billie se deitou na cama e Annelise a acompanhou. Ficou estática por um tempo, porque não sabia o que fazer.
Se virou para o lado contrário de Billie, fechando os olhos e tentando dormir. Mas a ideia de ter ela ao seu lado, naquele momento, lhe deixava terrivelmente nervosa.
- Ann? Já dormiu? - Perguntou baixo
- Não - Respondeu na mesma altura.
- Não estava brincando quando disse sobre abraçar - Annelise não estava vendo seu rosto, mas apostava que tinha um sorriso curto ali - Posso?
Annelise, ainda de costas, apenas se aproximou mais, encaixando suas costas no peito de Billie. A mais velha a fechou num abraço, se aconchegando em seu toque.
Annelise suspirou, sentiu seus pelos se arrepiarem. Aquele toque era bom, tão bom. Pôde ouvir a respiração de Billie um pouco descompensada, mas não a julgava. A sua estava do mesmo jeito.
- Espero que não me ache estranha - Billie começou - Mas... Sou um pouco sozinha aqui na cidade, e eu me apego rápido às pessoas.
- Está tudo bem - Disse - Gosto disso.
Billie a apertou mais, pousando seu braço na cintura de Annelise, que o agarrou na intenção de se aproximar mais.
- Por que você nunca foi falar comigo? Sabe, na biblioteca - Perguntou Billie.
- Eu tinha vergonha. Nunca fiz amizades assim, sabe? Mas queria tanto saber seu nome e conversar com você.
- Eu não sou um bicho de sete cabeças, Ann. Poderia ter ido falar comigo, na verdade eu estava esperando por isso. Era bom sentir você me olhar quando eu fingia que não estava percebendo.
- Posso dizer o mesmo de você - Respondeu - Mas você não sabe disfarçar.
- Sou muito expressiva - Alegou - Seu cabelo é tão cheiroso, qual shampoo você usa?
- Qualquer um - As duas riram - Só tenho que gostar do cheiro e ver se é pro meu tipo de cabelo.
- Dá trabalho, Ann? Cabelo cacheado.
- Às vezes ele está de bom humor, mas às vezes não. Mas eu gosto dele, amo meu cabelo.
- Eu também.
Annelise raciocinou por um tempo, abriu a boca algumas vezes para falar algo mas acabou não dizendo nada.
Ficaram caladas por um tempo. Apesar dos braços de Billie serem extremamente confortáveis, houve um momento em que Annelise se sentiu desconfortável na posição. Por isso, ela se virou.
O quarto de Billie era escuro, completamente sem iluminação. Mas ela sabia que ela estava acordada, porque Billie ainda fazia um carinho em sua cintura.
Annelise levou sua mão até o cabelo curto de Billie, não sentiu vergonha por fazer aquilo. Acariciou seus fios sedosos, e depois de um certo tempo, a respiração de Billie se acalmou. Ela tinha dormido.
Na manhã seguinte, acordou mas não abriu os olhos, porque queria aproveitar mais o carinho que Billie fazia em sua cabeça. Mas teve que fazer isso.
Billie estava de olho fechado, enquanto acariciava o cabelo de Annelise. A mesma se esticou um pouco e alcançou um beijo em sua bochecha. Billie abriu os olhos e sorriu.
- Dormiu bem? - Lise assentiu - Espero não ter te chutado muito.
- Ah, não. Apenas tem o abraço muito apertado - Brincou.
- Que pena, desse jeito nunca mais vou te abraçar - Disse irônica.
- Em nenhum momento eu disse que não gostava de abraços apertados - As duas riram - Tenho que ir pra casa - Disse após um suspiro - Sam deve estar doida atrás de mim. Pelo menos é isso que espero - Murmurou.
- Então vá, e faça o que eu disse, Ann. Diálogo é importante, hm?
Um tempo depois, estava entrando em seu prédio. Andava lentamente, porque não queria saber o que viria a seguir.
Não queria conversar com Sam, mesmo que, por outro lado, quisesse aquilo. Quando abriu a porta do apartamento, avistou Sam sentada no sofá enquanto mexia no celular.
- Annelise - Começou, Lise apenas suspirou - Precisamos conversar, você sabe disso.
- Não precisamos, não.
- Lise-
- Para! - Se exaltou - Tenho que ter o meu tempo, não acha? Você teve o seu, você assimilou numa boa enquanto, provavelmente, eu estava aqui achando que quando reencontrasse você, tudo ia voltar ao normal.
- Você entendeu algumas coisas erradas, Lise - Murmurou.
- Ah, eu entendi? Você disse na minha cara, você, que nossas vidas eram diferentes e que não tinha que me contar tudo. Está tudo bem, Samantha, de verdade. Só preciso que me deixe em paz por um tempo.
- Lise, as coisas não assim...
- São, são sim. Você mesma disse isso. E está tudo bem. Você está namorando com o Henry, e pra isso acontecer é porque vocês estavam conversando há um tempo. Mas em nenhum momento você me falou sobre isso, Sam, e eu nunca, nunca faria isso com você.
- Eu te amo.
- Eu também - Sua voz embargou - Mas em algum momento os irmãos se afastam, né? Eu não queria isso. Mas acho que vou ter que me acostumar.
Saiu, sem deixar que Samantha falasse algo a mais. Se trancou em seu quarto e chorou. Chorou porque seu coração estava dolorido, porque sentia um vazio nele, e porque queria sua Sammy de volta.
Fique bem, por favor. Me ligue se quiser e quando quiser, estou aqui pra você.
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..sinceramente, se eu fosse a annelise... não sei oq eu faria. é horrível encerrar um ciclo, mas imagina com uma irmã?
eu já sou extremamente ciumenta com minhas amigas, imagina com uma irmã. mds.
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Everywhere, Everything - Billie Eilish
FanfictionAnnelise sempre encontra uma mulher com belos olhos azuis na biblioteca dos rolinhos de canela e café bom, onde costumam frequentar. Mesmo sem nunca terem trocado palavras, seus sorrisos tímidos e olhares rápidos não passam despercebidos. Annelise t...