talvez eu solte mais um ainda hoje, mas se não, boa noite!! 🦊 (amo raposas, elas tem todo o meu coração)
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..Ainda naquela mesma noite, estavam deitadas uma ao lado da outra. Annelise estava com o rosto escondido sobre o rosto de Billie, que parecia estar pensativa. Annelise se culpava por aquilo.
- Billie? - A mesma apenas murmurou em sinal para prosseguir - Você entendeu o que eu quis dizer com deixar meus pais pra ficar com você... Né?
- Acho que sim - Disse baixo.
- O que eu quis dizer é que - Suspirou - Crescemos, eu e Sam, muito unidas porque não tínhamos tanta atenção dos nossos pais. Eles sempre trabalhavam muito, brigavam muito. Viamos eles praticamente só nos finais de semana, que era quando eles não estavam tão ocupados com as brigas deles ou com o trabalho.
Se endireitou, tirando seu rosto do pescoço de Billie e apoiando em seu ombro.
- Pra ser sincera com você, ao menos sei qual a personalidade verdadeira deles. Só sabemos o quão bravos são uns com os outros. Eles eram muito neutros com a gente, não demonstravam muita coisa. Depois que me mudei, pensei que eles sentiriam minha falta e me ligariam mais vezes. Mas não.
Mordeu os lábios e engoliu em seco, porque havia um nó em sua garganta.
- Nunca tive confiança neles, para contar qualquer coisa que fosse. Nem Sam. Era como se fôssemos só nós duas. Então eu não sei como vai ser depois... quando eu contar sobre nós duas. Eu já não tenho o amor deles direito, porque eles podem falar isso pra mim: que me amam. Mas eles nunca demonstraram. Mas eu não quero perder o pouco da atenção que eles começaram a me dar por agora.
- Não quero que faça nada por impulso - Disse Billie - Se não quer falar agora, está tudo bem. Mas eu queria te tivesse me falado antes sobre tudo isso. Eu queria estar preparada.
- Me desculpe - Foi o que conseguiu dizer.
Se agarrou a Billie, deitando no peito de Billie. Gostava de ouvir seus batimentos cardíacos, aquilo lhe acalmava.
Sentiu beijos de Billie serem depositados em sua testa, fechou seus olhos e aproveitou aquilo. Em seu coração tinha amor, tinha alegria, mas também tinha uma pequena escuridão.
Annelise ainda não havia contado sobre Oliver a Billie, e fora o medo que tinha da reação de seus pais sobre seu relacionamento com ela. Aquilo lhe embarcava para um mundo fictício de sombras e escuridão.
- Como se imagina daqui a 10 anos, Ann?
- E-eu não sei...
Mentiu. Porque ela sabia sim. Se imaginava com Billie ao seu lado, talvez em um casamento, com filhos e animais de estimação. Se imaginava feliz ao seu lado, com visitas repentinas de Sam.
- Nunca pensou nisso? - Annelise negou. Mentiu novamente.
Tinha vergonha de falar a Billie sobre como as imaginava no futuro.
- E você? Como se imagina?
- Bom, eu vou ter 32 anos - Pensou um pouco - Me imagino casada, com filhos talvez, em uma casa grande com bastante espaço pra eles. Me imagino dando aulas gratuitas para pessoas que não tem condições de fazer aula de música, me imagino dando aula numa faculdade renomada - Disse - Imagino várias coisas.
Annelise sentiu seu coração pesar, porque Billie disse parte do que ela queria dizer. Mas em nenhum momento tocou em seu nome, e aquilo lhe deixou insegura.
Por isso, Annelise ficou calada.
- Você tem vontade de ter filhos? - Perguntou Billie.
- Sempre quis ser mãe - Admitiu - Sempre imaginei diversos nomes com significados bonitos.
- Seria mãe dos meus filhos?
Aquela pergunta fez com que Annelise sentisse um frio na barriga, seu coração deu uma pequena pausa e ela pôde sentir suas mãos suarem.
- O-oque?
- Todo o futuro que me imagino é ao seu lado - Respondeu - Casada com você, morando com você e acordando ao seu lado todos os dias.
- Você me pediria em casamento? - Sentiu seus olhos arderem.
- Você aceitaria?
- Sim.
Billie buscou por sua mão, segurando-a e levando até seus lábios, dando beijos leves e e doces.
- Eu sempre quis ter filhos, mas nunca quis gerar um - Começou Billie - Então essa decisão seria totalmente sua.
- Eu geraria nossos filhos - Disse - Prefiro morrer do que nunca ver um teste de gravidez com um positivo diante de meus olhos, sabendo que aquilo seria de nós duas.
Sentiu Billie a apertar mais contra si.
- Você quer mesmo se casar comigo? - Perguntou Billie.
- Esse já é um pedido? - Sorriu.
- Se você quiser que seja, pode ser.
- Sim.
- Sim o quê? O pedido ou sobre se casar comigo?
- Os dois - Encarou Billie, que abriu um sorriso tímido - Mas não vamos nos casar agora.
- Não, agora não. Termine a faculdade, vamos nos estabilizar, depois vamos casar. Mas você é minha noiva a partir de agora - Annelise sentiu um nó em sua garganta.
- Sou sim - Sua voz embargou.
Billie se inclinou para baixo, beijando seus lábios docemente. Annelise sentiu que suas lágrimas poderiam cair a qualquer momento.
Annelise sentia uma chama em seu coração. Sentia amor. Sentia paixão. Era como se seus sentidos tivessem vida própria, e naquele momento ansiavam mais e mais por Billie.
Billie era seu vício. Annelise a via como uma droga, porque tinha se viciado nela. Precisa dela a todo momento. E se ficasse longe dela por um mínimo tempo, poderia entrar em abstinência.
- Eu te amo tanto - Disse Annelise contra seus lábios - Tanto, Billie.
- Eu amo você com toda a sinceridade do meu coração, Annelise. Não sei o que você fez comigo. Não sei ao menos o que fazer com todo esse amor que sinto você, porque não consigo demonstrar ele o suficiente, só com palavras e coisas bonitas. Tenho tanto amor pra te dar.
- Me dê ele. E eu vou te dar o meu. Meu coração grita por você a todo momento. Fique comigo pra sempre, por favor. Preciso de você o tempo todo.
- Qual o seu planeta favorito? - Annelise a encarou confusa - Qual?
- Saturno.
- Sabe qual é a distância de nós até ele? - Annelise lhe fitou com um sorriso torto nos lábios - Ann, por favor, não estrague o clima.
- É porque eu realmente não sei onde quer chegar com isso - Riu sendo acompanhada por Billie.
- Eu esperava que você soubesse a distância exata. Eu ia falar pra você triplicar o número dessa distância, seria o quanto eu amo você.
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..olha só, noivas!!
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Everywhere, Everything - Billie Eilish
Fiksi PenggemarAnnelise sempre encontra uma mulher com belos olhos azuis na biblioteca dos rolinhos de canela e café bom, onde costumam frequentar. Mesmo sem nunca terem trocado palavras, seus sorrisos tímidos e olhares rápidos não passam despercebidos. Annelise t...