Uma mulher cai ao Inferno devido aos seus estudo de bruxaria e ocultismo. Lá, em meio ao seu crescimento, ela começa a fazer perguntas e questionar estranhezas, buscando a ajuda do próprio Rei do Inferno, mas acabando por ser aquela que o ajuda ao...
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Lúcifer conseguiu a reunião. Charlie iria para o Céu daqui a três dias e o rei mal estava lidando com o medo pela filha que preenchia seu peito. A procura pelo contrato continuou, ambos esperando que houvesse algo lá capaz de ajudar com a situação.
Enquanto isso, Ylwa fez um pedido na Empresa de Carmilla: um par de garras de aço celestial. A gata tem uma mira ruim demais para armas de fogo e se sente mais confortável com as próprias garras; então, para o caso de ser necessário, é melhor cobrir essas garras com o material capaz de ferir anjos. Se chegar o momento em que a princesa se ver em uma situação ruim, na qual o pai não pode ajudar, o melhor que Ylwa pode fazer é estar lá pelo amigo. Com esses pensamentos em mente, ela reserva um tempo com algumas de suas almas treinadas em combate para polir as poucas habilidades físicas que tem.
Ela não menciona nada disso para Lúcifer, não querendo que seu pessimismo o deixe mais ansioso. Ao invés disso, ela o direciona para a Biblioteca das Almas, dando a ideia de encontrar algumas almas menos violentas e complicadas para apresentar à princesa como um estudo de caso. Se for possível para o Céu aceitar a ideia, terá de ser com os pecadores menos problemáticos primeiro.
O dia da reunião chega e a gata está na Biblioteca com o rei, tentando apressá-lo.
— Lúcifer, nós vamos perdê-las se não formos agora.
— Só um minuto! Eu preciso dar as melhores opções, mas não consigo me decidir. — Disse o rei, angustiado entre duas pilhas de livretos. Ele olha, testa franzida em concentração, antes de pegar uma. — Acho que é essa! Podemos ir agora!
Ele abre um portal, pronto para passar, antes de hesitar e olhar para trás, murmurando "mas e se aquela for mais convincente", antes de ser empurrado pela abertura na realidade, tropeçando no saguão do Hotel e sendo seguido por Ylwa.
O local está vazio, nenhuma alma a ser vista em lugar algum.
— Parece que perdemos a hora. — diz a gata com um suspiro, já tendo esperado isso.
— Mas... — o rei murcha, decepcionado consigo mesmo.
— Vamos lá, anime-se. Você sabe que esses livretos só seriam úteis se o Céu ouvisse os argumentos iniciais da princesa, o que já é duvidoso. Você pode dá-los quando ela voltar.
O diabo resmunga baixinho, ainda decepcionado. A pecadora dá um tapinha consolador no topo do chapéu antes de olhar ao redor. Ela puxa as sombras, curiosa, quando sente um puxão de volta, seguido pelo cheiro de sangue e tempero surgindo ao lado dela.
— Ora, ora! Eu estava me perguntando quem entre meus colegas tinha descoberto uma afinidade com sombras, quem diria que era a gatinha! — A voz coberta de estática diz, com um sorriso se alargando. — Não acredito que fomos devidamente apresentados! Alastor, um prazer! E você?
