Uma mulher cai ao Inferno devido aos seus estudo de bruxaria e ocultismo. Lá, em meio ao seu crescimento, ela começa a fazer perguntas e questionar estranhezas, buscando a ajuda do próprio Rei do Inferno, mas acabando por ser aquela que o ajuda ao...
O hotel ficou pronto ao fim da semana, algo só possível graças aos poderes de Lúcifer. Era maior, mais moderno e cercado por uma barreira protetora montada pelo próprio rei, não que a princesa soubesse disso. Ylwa até conseguiu que um de seus pintores fizesse um lindo e impressionante quadro de Sir Pentious a tempo da abertura. Na inauguração, Alastor finalmente mostrou a cara, para alegria de Charlie e Nifty, assim como o desgosto de Husk. O demônio cervo não disse onde esteve, nem os dois que sabiam mencionaram alguma coisa.
Para grande alegria de Lúcifer, Charlie revelou que uma das suítes de cobertura estava reservada para ele. Não tão alegre foi saber que a outra suíte, no mesmo andar, era a de Alastor. A noite foi cheia de risos, bebidas, boa comida e comentários provocativos. Ninguém deixou de notar que o rei sempre se sentava ao lado da filha ou da 'secretária', e que ele era muito tátil com ambas. Felizmente, ninguém passou dos limites ou disse algo ofensivo, provavelmente se lembrando da reação da gata a um comentário na véspera da batalha.
O dia seguinte não foi tão feliz para o rei. Deixando Ylwa com pilhas de trabalho, tanto do seu papel como Overlord quanto de sua função como secretária. Lúcifer abriu um portal para uma parte quase nunca visitada do Anel do Orgulho.
Além das escarpas que cercavam a Cidade do Pentagrama, um deserto se estendia além do que os olhos podiam alcançar. As areias ferruginosas escondiam criaturas terríveis, seres bestiais que surgiram dos piores pecados humanos. Passando pelo deserto, continuando seguindo para o leste da cidade, se alguém fosse capaz de chegar tão longe, encontraria uma fazenda. Campos sem fim de trigo e cevada, pomares de frutas capazes de crescerem na terra inóspita e uma casa. Era lá que vivia Caim, uma das mais antigas almas humanas a entrar pelos portões do Inferno.
O primeiro assassino, assim chamado pela morte de seu irmão, Caim se manteve longe das brigas entre almas mais jovens, satisfeito em cuidar de seus campos. Quando Lúcifer chegou à fazenda, pôde ver a figura do pecador no meio de, ironicamente, um pomar de maçãs. Ele era alto, elevando-se muito acima do rei. Pele cinza levemente manchada, cabelos escuros e grossos e orelhas e calda de uma hiena, a única cor de destaque eram seus olhos rosas.
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Ao perceber a chegada de alguém, Caim se afastou do pomar, caminhando lentamente até o Rei.
— Lúcifer — cumprimentou o pecador. — Estive esperando.
— Caim — o rei passou os olhos sobre as manchas no rosto da hiena, sentindo, mesmo depois de todo esse tempo, o leve toque do poder de Deus nas marcas. — Me esperando? Então você sabe o que sua mãe tem feito?
— Hum — cantarolou o homem. — Vagamente. Venha, vou te levar até ela.
Lúcifer seguiu a hiena até a casa, relaxado, mas em guarda. Nem uma vez, em milhares de anos, ele esperou precisar se proteger de Eva ou Caim, mas os últimos dias o deixaram paranoico. Eles adentraram a casa, passando por uma sala de visitas e subindo as escadas até um quarto. Caim parou diante da porta, bateu de leve três vezes e a abriu, deixando espaço para o rei entrar na frente.
