O parque de diversões

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—Um convite para ir ao parque?

—Sim. Cláudio e eu ficaríamos muito felizes se pudesse nos acompanhar. Também comprei para Alice e Pirulito.

Por um instante, Araújo pensou que ela fosse recusar o convite, seu coração quis ficar apertado, mas logo ela respondeu:

—Como eu poderia recusar um convite tão especial? —Ele sorriu aliviado — Cláudio finalmente irá realizar o sonho de ir ao parque. Será um enorme prazer estar ao lado dele nesse momento.

—Você me deixa ainda mais emocionado —Disse em voz baixa, se segurando para não lhe roubar um beijo. Tinha certeza de que faria isso se ela não estivesse com seu neto no colo. —Fico ainda mais feliz que tenha aceito o convite. —Disse por fim, bem próximo ao seu ouvido, lhe causando um pequeno arrepio no mesmo.

—Tenho certeza de que as crianças irão se divertir bastante.

—Espero que a senhora também possa se divertir na minha companhia —Sussurrou atraente por trás dela, passando a mão discretamente na sua cintura e lhe dando um beijo delicado no rosto.

—Sogra, aqui está a mamadeira do Candinho!

Ao ouvir a voz de Filomena, Araújo se afastou rapidamente e Anastácia sentiu o coração disparar.

Ao se virar em direção a voz de Filomena, Anastácia suspirou com alívio, pois pôde notar que ela ainda estava a alguns metros de distância do local onde estavam parados, e além do mais haviam algumas plantas à frente deles, o que lhes fora sua salvação.

—Ah, Filomena muito bem! Pelo jeito esse rapazinho deve está faminto...

—Oh, tadinho está mesmo —Concordou Filomena, logo cumprimentando doutor Araújo,  enquanto pegava o bebê no colo para lhe dar a mamadeira.

—...veja só, já está até chupando os dedinhos —Observou Araújo vendo Filomena e Anastácia sorrirem concordando.

Logo em seguida, Filomena se sentou no banco ao lado da fonte dando a mamadeira ao filho, nesse momento viram Candinho chegar com Pirulito e Alice após um passeio na praça.

Aproveitando que já estava vendo as crianças, Dr. Araújo lhe entregou os convites do parque, os deixando eufóricos.

***

As horas correram tranquilamente.  Quando Anastácia se deu conta, faltava apenas uma hora e cinco minutos para as sete da noite. Logo apressou-se a ir escolher uma roupa. Ao abrir seu closet e se deparar com uma fileira de vestidos pretos, soltou um suspiro desanimado. Passando as mãos pelas peças, acabou encontrando um belo conjunto azul marinho que havia usado a muito tempo, uma única vez.

Logo separou a roupa, torcendo para que a mesma ainda servisse em seu corpo. Então colou-a em cima da cama, e foi tomar seu banho.

***

Maria foi surpreendida também com um convite de Celso, e como Candinho também adorava o parque, decidiu levar também Filomena, aproveitando que Quitéria ofereceu para ficar olhando o bebê.

Então combinaram ir no carro com Celso e Maria, e Anastácia foi com Dr. Araújo e as crianças, chegando um pouco mais cedo que os quatro.

***

—...Pai, nós já chegamos no parque? —Indagou Cláudio ansioso sentindo as mãos do pai cobrirem seus olhos enquanto o guiava com cuidado em direção ao parque.

Anastácia, que estava ao lado deles com Pirulito e Alice os acompanhava também muito ansiosos.
Até que finalmente Cláudio ouviu o pai lhe dizer que já podia abrir os olhos, e quando ele abriu lentamente, não conteve as lágrimas de emoção.

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