—Pai, eu não quero! Não quero que a Sarita volte a morar aqui!
—Meu filho, eu...
—Como pode ser tão cruel comigo...? —Interrompeu Sarita, se levantando com a mão na barriga. —Eu estou grávida do seu pai! Esse filho que carrego em meu ventre é seu irmão!
Há de rejeitá-lo?
Cláudio ficou calado por um instante, sem reação. Sarita deu um sorrisinho de satisfação olhando para ele. Sabia que suas palavras haviam mexido com o menino. Cláudio tinha um bom coração, mesmo que não a aceitasse como Madrasta, não teria coragem de desprezar um irmão.
—Já chega, Sarita. Deixe meu filho em paz! —A voz soou grave. —Você já foi longe demais com esse assunto!
Viu Cláudio sair aborrecido, indo em direção ao seu quarto, logo foi atrás do filho, deixando Sarita bufando na sala.
...
—Meu filho! Eu preciso que me responda uma pergunta! —Falou Araújo, se sentando ao lado de Claudinho na cama, com o coração apertado ao ver que ele chorava.
O menino ficou em silêncio, sem olhar em seu rosto.
—Por favor, meu filho. Olhe pra mim? —Pediu aflito.
Cláudio exitou por alguns segundos, antes de conseguir olhar no rosto dele.
—E-eu preciso saber como... como a Sarita se comportava na minha ausência? Por acaso ela... ela já te fez algum mal? —Perguntou um tanto inseguro, temendo a resposta do filho.
—Não —Respondeu o menino em um tom sério. Araújo suspirou aliviado. —Mas eu não gosto dela! Não quero que se case com ela!
—Isso não vai acontecer! Eu te prometo. —O abraçou, deixando o filho um pouco mais tranquilo.
—Eu só te peço que tenha um pouco de paciência... Sarita não tem pra onde ir, por enquanto terá que ficar aqui —Falou delicadamente. —Mas eu prometo que hei de resolver essa situação. —Deu um beijo no rosto do filho.