Atenção: Nesse capítulo contém cenas fortes. Se tiver medo de sangue, eu não aconselho ler.
Bom, gente, estou de volta com mais um capítulo de "O Perdão," mas antes de tudo quero agradecer a minha amiga AmandaLuciano9 por ter escrito este capítulo pra mim. Há alguns dias eu tive a ideia, mas confesso que tava com um pouco de dificuldade, então lhe pedi ajuda e ela escreveu com muito carinho. Sou imensamente grata. Sem ela não teria ficado tão perfeito.
E para quem ainda não sabe, ela também escreve uma história da Anastácia. Eu super recomendo, é incrivelmente perfeita! Inclusive deixarei o link aqui para que possam acompanhar. Tenho certeza de que irão amar, principalmente se for fã de Anacrácio. 👇
https://www.spiritfanfiction.com/historia/nosso-amor-20163784
Ah! E eu falei que vocês teriam uma surpresinha neste capítulo não foi?
Pois aí está a "suspresinha" kkk, espero que não me matem!***
-É hoje que eu saio dessa espelunca. - falou Sandra para si mesma, após esperar o guarda sair da sala, vomitar seu comprimido e dar para o rato.
Já havia dias que Sandra havia parado de tomar os remédios que segundo uma conversa que ouviu, a tornaria mais calma.
"Eles vão ver quem está calma! Titia ainda vai me pagar por tudo que fez!" -Pensou com raiva.Hoje fazia mais ou menos um mês desde o dia que ela havia começado a pensar para escapar dali. Como sempre haviam paspalhos em todo lugar, e o seu paspalho era o segundo guarda que a vigiava no turno da noite. Um antigo colega de turma que ela não via a muito tempo, mas por ser bonita desde jovem, tivera uma paixonite por ela na adolescência. Sempre que ele a inspecionava, fazia-se de frágil e boa garota, como se tudo que falaram dela foi nada mais que um leviano engano.
Era quarta-feira a noite, e ela estava pronta para colocar seu plano em ação...
-Boa noite Sandra, seu jantar. -Falou após bater na porta fechada da solitária, para chamar sua atenção.
-Obrigada. -Respondeu mansamente antes de pegar o jantar pela pequena cavidade.
O guarda mal caminhou dois metros e foi capaz de ouvir um baque no chão, seguido de estrondo de metal.
-Oh, meu Deus... Sandra. -Falou o guarda desesperado ao correr até a porta e ver a moça desmaiada pela pequena janela na porta da cela.
Institivamente correu até a sala de primeiros socorros da prisão e pegou um pequeno kit para averiguar seu estado de saúde. Espiou a moça inconsciente e abriu a porta para ajudá-la. Passou a mão por seus cabelos loiros, já não tão brilhosos por ficar na cadeia, e virou-se para separar os equipamentos de pressão.
Enquanto estava virado, deixou a caixa medica aberta, já que a criminosa estava desmaiada. Em questão de segundos, Sandra abriu os olhos, pegou a seringa preparada com adrenalina e injetou na garganta do jovem sem dó, nem piedade.-Sandra. - falou o guarda com os olhos arregalados enquanto sentia o liquido descer entre as veias.
-Sinto muito, mas não falo com gentinha. -Terminou a moça, antes de ver seus olhos fecharem e dar-lhe um beijo em sua cabeça por ele ceder a vida em prol de sua liberdade.
Pegou a chave da prisão de dentro do bolso de seu uniforme e pegou uma tesoura afiada da maleta, apenas por precaução. Em seguida trocou-se no vestiário com um simples roupa de faxineira e saiu pela porta dos fundos.
Embora uma boa moça como ela, não devesse saber o mapa de qualquer prisão, seus antigos namorados não eram lá um poço de moral e boa índole.A caminhada entre a prisão e a casa de sua tia foi longa, se tudo saísse como o planejado, a encontraria de madrugada. A idiota de sua tia, e toda aquela gentalha que chamavam de família tinham o péssimo costume de não largar de velhos hábitos, seria fácil encontrar a chave de casa.
Pular o muro da mansão seria difícil, o que seria arriscado, mas completamente plausível, era atravessar a passagem no jardim que ligava a casa da tia com a do idiota do Dr. Araújo. Com o Cláudio sendo um invalido, ela já ouviu Ilde comentar que eles deixavam o portão da casa destrancado, pois não havia possibilidade do estrupício fugir na cadeira de rodas.
