Morte de Sandra

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Olá, meus queridos leitores. Aqui estou com mais um capítulo. Desde já peço desculpas por ter resumido um pouco algumas cenas. Além do tempo corrido por aqui, meu celular está com o teclado travando e bem lento. Tentarei resolver esse problema amanhã. Enfim, espero que gostem.

***

O relógio marcava 5:30h quando Anastácia acordou novamente. Na verdade não conseguira dormir completamente, embora estivesse exausta.
Logo lembrou-se de Sandra e seu coração se apertou. Seu sepultamento seria logo pela manhã, Celso havia decidido não prolongar aquela dor. Lembrou-se de que ainda não tinha avisado ao Dr. Araújo, devido o horário ocorrido.

Não podia se esquecer que Sandra quase havia o matado e que ele ainda estava se recuperando. Temia por seu estado de saúde.
Mas acabou pedindo a Quitéria para lhe dar a notícia, já que não se sentia muito bem.

***

Após descer e tomar um pouco do chá que Quitéria havia lhe preparado, Anastácia se lembrou novamente de Celso. Precisava saber como ele estava naquele momento. Mas antes de subir, ouviu a voz de Araújo e sentiu o coração disparar.

—Anastácia —Ele a olhou com a expressão aflita, antes de se aproximar e lhe dar um forte abraço.

Anastácia fechou os olhos, se permitindo ser consolada por aquele abraço.

—Quitéria acabou de me ligar... —Disse ele de forma preocupada.
—Eu sinto muito pelo que aconteceu com Sandra... porque não me avisou antes? —Indagou, lamentando não ter ficado ao seu lado no hospital.

Ela se afastou calmamente, e olhou em seu rosto ao responder em voz baixa:

—Eu não quis preocupá-lo, tudo ocorreu pela madrugada... e eu...

—Não importava a hora... eu não a deixaria sozinha nesse momento. —Segurou suas mãos de forma delicada.

Ela abaixou o olhar sem jeito, antes de dizer:

—Eu agradeço sua preocupação, mas achei melhor deixá-lo descansar. Não poderia ser tão indelicada com a sua saúde ao acordá-lo com uma má notícia...

Araújo esboçou um leve sorriso. Não havia dúvidas de que ela ainda se preocupava com ele.

—Está bem, eu vou perdoá-la só porque sei que ficou preocupada comigo... mas eu jamais iria deixá-la sozinha nesse momento, não se esqueça que... a-ainda somos amigos —Concluiu desconcertado. Esperava que ao menos ela ainda o considerasse um amigo.

Anastácia não disse mais nada, pois nesse momento viu Quitéria se aproximar.

—Doutor Araújo... Eu trouxe um cafezinho...

Disse ela gentilmente, se aproximando com a bandeja.

***

Após algumas horas, Celso e sua tia contavam com o apoio dos amigos mais íntimos, como Maria, Dr

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Após algumas horas, Celso e sua tia contavam com o apoio dos amigos mais íntimos, como Maria, Dr. Araújo, Dr. Lauro e Emma, que os acompanharam para dar o último adeus a Sandra. Em uma manhã fria e nublada, foram os únicos que se fizeram presentes naquele funeral. O que não era de se admirar, já que Sandra não era uma pessoa muito querida pela sociedade...

Anastácia recebia todo apoio de Dr. Araújo, que fez questão de acompanhá-la, ficando todo instante ao seu lado. O advogado deixou todos, principalmente Celso admirado com sua atitude. Apesar de quase ter morrido por causa de Sandra, ele estava ali, e não apenas como uma obrigação, mas sem dúvidas porque era um bom homem.

Por fim, Celso pronunciou suas últimas palavras diante do túmulo da irmã, e depositou uma flor sobre o mesmo, deixando cair uma última lágrima.

***

Algum tempo depois, Anastácia e Celso agradeciam o apoio dos amigos, que os acompanharam na volta até sua casa. Dr. Lauro se despediu, pois ainda voltaria ao seu consultório naquele dia, então Emma aproveitou para voltar com o Médico, que lhe ofereceu carona até a casa dela.

Antes de partir, a ruiva abraçou Anastácia e avisou que viria visitá-la mais tarde. Emma não deixou de notar a aproximação entre o advogado e sua melhor amiga, e é claro que ela não deixaria aquilo passar, aliás já estava a muito tempo com a pulga atrás da orelha, desde que soube que Dr. Araújo havia ficado na casa da viúva durante sua recuperação.

Anastácia tinha que lhe dar uma boa explicação...

***

Claudinho havia ficado na casa de Dona Anastácia, Quitéria fez questão de se oferecer para cuidar das crianças naquela manhã. Maria e Araújo agradeceram-na.

—Que isso... Essas crianças são uns verdadeiros anjinhos... Não me deram nenhum pouco de trabalho...

Os dois sorriram. Não podiam negar que Quitéria tinha razão.

Assim que viu Anastácia, Claudinho lhe deu um abraço, fazendo seus olhos se encherem novamente de lágrimas. Araújo sorriu triste enquanto olhava para os dois. Ao se afastarem, Anastácia ouviu Celso avisar que ia descansar um pouco e antes do sobrinho subir, lhe deu mais um abraço. Maria acompanhou o noivo até seu quarto, preocupada com o mesmo.

***

—Bem, eu vou deixar que a senhora também descanse... —Disse Araújo, se dirigindo a Anastácia, que o deixou surpreso ao lhe dizer que tinha algo a falar com ele naquele momento.

Os dois foram para o seu escritório, o lugar onde Anastácia se sentia mais a vontade para conversar.

***

Araújo estava um pouco nervoso. Não fazia ideia do que Anastácia tinha a lhe falar naquele momento. Com toda turbulência daquela manhã, os dois ainda não tinham tido a oportunidade de conversarem mais à vontade.

Assim que ficaram as sós, Anastácia resolveu desabafar, precisava lhe contar tudo que havia acontecido ontem a noite. Ele precisava saber que Sandra havia se arrependido e que tinha lhe pedido perdão.

Enquanto ouvia as palavras saírem delicadamente de seus lábios, Araújo ficou chocado. Não esperava que um dia Sandra fosse lhe pedir perdão. Anastácia já não conseguia conter as lágrimas, a cada palavra sentia a emoção tomar conta de si.

Quando se deu conta, estava chorando nos braços de Araújo, que novamente a envolveu em seus braços. E daquela vez com mais intensidade.


















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