Olá, meus queridos. Dessa vez não vou pedir desculpas pela demora, pois diante de tudo que aconteceu nesses últimos dias, eu não teria condições de estar aqui hoje, mas como prometi, jamais iria abandoná-los.
Enfim, mesmo com coração sangrando, o capítulo saiu. Não sei se ficou bom, mas espero que gostem, e se puder deixem seus comentários. As vezes não consigo responder todos, mas leio sempre e gosto de saber a opinião de vocês.***
—Pode entrar, Dona Anastácia —Araújo disse em voz baixa.
Ao abrir a porta, viu ele arrumar sua mala, e olhou surpresa, antes de se aproximar a passos lentos.
—Perdoe-me, mas não posso... Permanecer aqui.
—Disse com a voz embargada.Ela suspirou, antes de dizer em voz baixa:
—O senhor disse que não deixaria isso interferir na nossa amizade.
—É exatamente isso que estou tentando evitar —Respondeu.
—Se distanciando?
—Eu só não quero te causar nenhum tipo de desconforto com a minha presença, agora que sabe... dos meus sentimentos.
Por isso talvez seja melhor não nos vermos por um tempoAmbos engoliram em seco.
—Eu compreendo —A voz soou fraca.
—Se acha melhor assim, irei respeitar o seu tempo.Ele se aproximou ao vê-la ficar de costas. Podia sentir ela segurar uma lágrima naquele momento.
Ela permaneceu em silêncio por algum tempo e sentiu ele tocar seu ombro por trás ao sussurrar:—E-eu não queria que as coisas estivessem acontecendo dessa forma, m-mas não pude evitar.
Ele fechou os olhos sentindo o delicado aroma de seu cabelo, que mesmo estando preso a deixava muito bonita. Anastácia por sua vez, respirou fundo sentindo a respiração quente tocar sua nuca. Suspirou mais uma vez aliviada ao senti-lo se afastar um pouco.
Então ela se virou novamente para ele ao indagar:
—Quem há de cuidar de vocês nesse momento?
Araújo respirou fundo, antes de responder:
—Comigo não precisa se preocupar, eu só preciso conseguir alguém que me ajude com o meu filho, principalmente quando voltar a trabalhar.
—É claro que eu também me preocupo com o senhor, também há de precisar de ajuda, ainda mais agora que estar a se recuperar.
Ele abaixou a cabeça sem jeito. Não queria lhe dar mais preocupações.
—Eu hei de resolver isso, por enquanto tenho a Antônia que me ajuda com a casa, ela pode me ajudar com o Cláudio enquanto consigo alguém para cuidar exclusivamente dele.
Anastácia ficou um segundo pensativa e logo lembrou-se de Dona Camélia. A Dona da Pensão poderia lhe indicar alguém de confiança, já que conhecia muitas pessoas. Então deu a ideia ao Dr. Araújo, que concordou com a mesma, sabendo que poderia confiar plenamente em suas sugestões.
—Não precisa agradecer por nada —
Pegou na mão dele de forma amigável.
—Já disse que estarei aqui para o que precisar.Araújo deu um leve sorriso e soltaram as mãos lentamente.
—Bom, eu... posso pedir a Quitéria que arrume as coisas do meu filho? Acho melhor fazer isso enquanto ele estar a
brincar com a Alice...—Claro... M-mas... o que há de dizer a Cláudio?
—Indagou. Não queria que o menino soubesse o que fez o pai tomar aquela decisão.