—Doutor Araújo? Me perdoe! —Disse assustada —Eu... eu não deveria... Eu acabei me deixando levar pela preocupação e... —Ai, que vergonha!
—Se virou cobrindo os olhos.—Não precisa se desculpar, a-a senhora não viu nada demais.
Se aproximou, deixando-a ainda mais nervosa ao sentir a aproximação.
—Como não? Eu fui completamente invasiva! Ai, me desculpe!
—Dona Anastácia...
Viu a porta se fechar e suspirou com ar preocupado. Mas ao lembrar da cara de Anastácia, que ficara mais vermelha que um pimentão, um pequeno sorriso escapou de seus lábios.
***
Anastácia suspirou espantada com aquele pensamento. Fechou depressa o livro que estava a ler, como se aquilo fosse capaz de apagar aquela cena da cabeça.
Começou a se repreender abismada. Aquilo não podia estar acontecendo. Não era possível que após tantos anos, seu corpo havia lhe traído daquela forma.
***
—Claudinho? —O menino sorriu ao ouvir aquela doce voz. —Meu filho, você estar andando, como eu estou orgulhosa de você.
Cláudio se virou em direção à voz, e viu uma bela mulher de cabelos negros entre as flores do jardim de sua casa. Era a mesma que via nas fotografias que seu pai costumava lhe mostrar com tanto carinho. Sim. Só podia ser ela. Sua doce Mãe, como seu pai costumava chamar.
—Mãe? —Disse Cláudio emocionado, vendo ela se aproximar com as mãos estendidas para abraçá-lo.
—Sim, meu Claudinho! Sou eu, sua mãe. Vem? Me deixe te dar um abraço?
—Mãe, eu sempre quis te dar um abraço!
Disse Cláudio a abraçando fortemente, deixando as lágrimas escorrer em seu rosto com a sensação de que já havia sentido aquele mesmo abraço tão recentemente.
E ao se afastar para olhar no rosto da mãe, seus olhos a olharam com admiração.
—Dona Anastácia?
***
—Dona Anastácia? —Disse Cláudio ao abrir os olhos rapidamente e se sentar na cama olhando a sua volta.
—Mãe?
—Meu, filho? O que aconteceu? Eu vinha ver se você já estava dormindo e acabei ouvindo você chamar pela Dona Anastácia e por sua...
—Papai, eu sonhei com a minha mãe, ela me abraçava e... e eu sentia que...
—Espera, meu filho... eu quero que me conte esse sonho com mais calma...
—Se sentou ao lado do filho, que começou a lhe contar seu sonho de forma emocionada.
Notas da autora: Gente, me perdoe pelo tamanho do capítulo. Sei que ficou beem curtinho, mas eu não queria demorar muito para postar, aí resolvi postar assim mesmo. Prometo escrever mais cenas no próximo. Se puder, deixem seus comentários!